Amazon abre loja que pode ser imune ao apocalipse do varejo físico

Seleção de produtos “quatro estrelas“ ocupa prateleiras da loja que espelha o site  

Paula Zogbi

Publicidade

SÃO PAULO – Nem livraria, nem supermercado sem funcionários no caixa: a Amazon acaba de abrir, em Nova York, uma loja física diferente, visando espelhar com fidelidade seu site ao vender “tudo”. O nome é Amazon 4-star e o conceito está claro logo de início: os melhores produtos disponíveis na plataforma juntos.

A loja, que não aceita dinheiro em espécie, tem preços dinâmicos atualizados em tempo real. A seleção de produtos é realizada pelo algoritmo da empresa através de toneladas de dados coletados todos os dias com o uso dos clientes.

Graças à inteligência da empresa, é possível colocar em destaque itens cuja popularidade é restrita à área onde a loja se encontra. Em NY, estão em destaque um liquidificador de R$ 240 e a trilogia “Crazy Rich Asians” (Podres de Ricos).

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Localizada no luxuoso bairro Soho, a loja não é inovadora como a Amazon Go, que usa câmeras e sensores para cobrar os clientes sem a necessidade de passar por caixas tradicionais.

Ainda assim, é inovadora por sua semelhança com o marketplace online da empresa ao vender desde brinquedos e roupas até drones e computadores. Com isso e toda a tecnologia envolvida na curadoria, pode estar blindada contra o chamado Apocalipse do Varejo, que fecha milhares de lojas todos os anos nos EUA.

Ao Financial Times, a empresa disse que a experiência não é uma loja pop-up (que existe por período limitado), mas a abertura de outros endereços com o mesmo conceito está sujeita à aceitação do público.

Continua depois da publicidade

Inovação no varejo brasileiro

No Brasil, o conceito de “apocalipse” parece distante do varejo, mas já se observa a tendência de perenidade entre empresas que se dispõem a inovar.

Não à toa, a Via Varejo anunciou recentemente uma série de inovações que prometem elevar o patamar da empresa – que até então vinha sendo engolida pela concorrente Magazine Luiza. Enquanto isso, a B2W criou a Ame Digital para concorrer em meios de pagamento com o Mercado Livre e até o shopping mais antigo do país, o Iguatemi, já anunciou planos de ter um e-commerce próprio.

Invista com corretagem ZERO. Abra uma conta na Clear.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney