ADRs da Eletrobras sobem até 7% no after-market de Nova York após aprovação no Senado de MP da privatização

Investidores estrangeiros já estão repercutindo o resultado da votação; texto da capitalização vai para a Câmara agora

Ricardo Bomfim

(Eletrobras)

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SÃO PAULO – Os ADRs, na prática as ações da Eletrobras (ELET3; ELET6) negociadas nos Estados Unidos, sobem forte depois da aprovação do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 7/2021, proveniente da Medida Provisória (MP) 1.031/2021, que permite a privatização da empresa.

Às 18h38 (horário de Brasília), a EBR, correspondente aos papéis ordinários da elétrica, avançavam 7,41% a US$ 9,28 e a EBR-B, corresponde aos papéis preferenciais, subiam 3,27% a US$ 8,83, ambas no after-market da Bolsa de Valores de Nova York (Nyse).

É bastante provável que amanhã as ações da companhia subam na B3 para fechar o gap em relação ao valor dos papéis negociados nos EUA.

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O projeto foi aprovado por 42 votos a 37 e, há pouco, o Senado derrotou por 42 a 31 o último destaque. O texto agora será enviado para a Câmara dos Deputados, que analisará as alterações feitas pelos senadores à privatização. Depois dessa etapa, o projeto é enviado para sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro.

A expectativa é que a sessão na Câmara aconteça já na segunda-feira (21), às 15h.

A equipe de análise da XP Política ressalta que uma das emendas derrotadas foi a do senador Tasso Jereissati, que derrubava os “jabutis” do relatório, como a inclusão da exigência de contratação de térmicas a gás. Outro destaque derrubado foi o apresentado pelo PT, que tentava suprimir o trecho que mantém as garantias da União para empréstimos da Eletrobras.

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O modelo de privatização prevê a emissão de novas ações a serem vendidas no mercado sem a participação da empresa, resultando na perda do controle acionário de voto mantido atualmente pela União. A projeção é de que o governo reduzirá sua fatia nas ações com direito a voto de 61% para 45%. O aumento do capital social da empresa será por meio da oferta pública de ações.

Apesar de perder o controle, a União terá uma ação de classe especial (golden share) que lhe garante poder de veto em decisões da assembleia de acionistas a fim de evitar que algum deles ou um grupo de vários detenha mais de 10% do capital votante da Eletrobras.

Na avaliação do governo, a privatização da Eletrobras pode reduzir a conta de luz em até 7,36%, enquanto algumas entidades do setor elétrico afirmam que a conta pode ficar mais cara para os consumidores.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.