Ação do GPA dispara 13% com rumor sobre venda de fatia na Cnova; SulAmérica salta 24% e Magalu cai mais de 9% na semana

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta sexta-feira (19)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O destaque do Ibovespa na sessão desta sexta-feira (19) ficou para o Pão de Açúcar (PCAR3, R$ 28,31, +13,24%). As ações chegaram a saltar 17% e entraram em leilão. Segundo operadores de mercado, a alta é decorrente de rumores de indicações de que a empresa está reforçando a vontade de desinvestir a sua participação na Cnova, algo já almejado por um tempo pela companhia e pelos investidores.

A participação do GPA é de 34% da Cnova (listada na Euronext), com valor de mercado de cerca de R$ 5,4 bilhões. A companhia já vocalizou seu interesse em desinvestir nesse ativo; Contudo, analistas viam um entrave de liquidez para que isso seja concretizado.

Ainda no radar da empresa, a Bloomberg informou ontem, citando fontes,  que o Casino Guichard-Perrachon, controlador do GPA, estuda uma oferta pública inicial da empresa de energia renovável GreenYellow em meio aos planos da varejista francesa para reduzir a dívida. O IPO da GreenYellow está entre as várias possibilidades em consideração, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas. O Casino avalia realizar a oferta na Bolsa de Paris, disse uma das fontes.

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A matéria também destaca que o Casino também estuda reduzir sua participação na Cnova. Embora o Casino veja o comércio eletrônico como parte fundamental de sua estratégia e planeje manter o controle da unidade, poderia vender uma parte de sua participação, de acordo com as pessoas.

Já as ações de Vale (VALE3, R$ 94,78, -1,44%) voltaram a registrar baixa na sessão desta sexta, com desempenho negativo de mais de 1%. As ações da CSN (CSNA3, R$ 35,61, -3,86%) ainda em alta expressiva de cerca de 12% no ano, fecharam em queda de cerca de 4%.

Os contratos futuros de minério de ferro e coque negociados na China tiveram forte queda já que os traders se preocupavam com as perspectivas de novos cortes de produção na importante cidade siderúrgica de Tangshan. Um aviso emitido pelo governo de Tangshan que circulou na indústria do aço na sexta-feira mostrou que as restrições à produção poderiam durar ao longo deste ano, com a produção na maioria das usinas locais reduzida de 30-50%.

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Os preços das matérias-primas para siderurgia caíram devido às preocupações com a demanda, já que Tangshan respondeu por quase 14% da produção total de aço bruto da China. Os futuros de minério de ferro de referência DCIOcv1, para entrega em maio, fecharam em queda de 3,5%, para 1.042 iuanes (US$ 160,16) por tonelada na sexta-feira, resultado em perda semanal de 2,8%.

O noticiário corporativo também teve como destaque a troca de comando do Banco do Brasil (BBAS3, R$ 30,70, +0,85%): após abrir em leve alta com a avaliação de que a mudança já estava precificada, as ações BBAS3 passaram a oscilar entre leves ganhos e perdas, mas conseguiram fechar em leve alta em uma sessão positiva para o Ibovespa.

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No radar de resultados, a Cyrela (CYRE3, R$ 24,92, +2,55%) teve alta de cerca de 2% de suas ações após divulgar o resultado do quarto trimestre.

A Embraer (EMBR3, R$ 14,51, +4,01%) também viu suas ações em alta após o resultado do quarto trimestre. Apesar da alta do prejuízo no acumulado de 2020, no quarto trimestre a companhia teve recuperação, com prejuízo líquido de US$ 3,3 milhões no período, reduzindo significativamente o resultado negativo em relação ao mesmo período do ano anterior, em resultado beneficiado por mais entregas de jatos comerciais e aviões militares.

Em teleconferência, Francisco Gomes Neto, presidente-executivo da companhia, afirmou que está trabalhando ativamente em novas parcerias de desenvolvimento de produtos e espera fazer um anúncio em breve.

Voltando ao radar de commodities, as ações da PetroRio (PRIO3, R$ 93,93, +6,50%) subiram forte com a alta do petróleo de mais de 2% e após o tombo de 8,6% dos ativos PRIO3 na véspera. Contudo, na semana, o petróleo tem queda de cerca de 7%, com uma nova onda de infecções por coronavírus em toda a Europa diminuindo as expectativas de qualquer recuperação iminente na demanda por combustível.

Enquanto isso, os papéis da Petrobras (PETR3, R$ 23,52, +2,39%;PETR4, R$ 24,00, +3,27%) registraram avanço, mas menos intenso, entre 2% e 3%. No radar da companhia, ela reduziu o preço da gasolina em 5% nas refinarias, com novo valor válido a partir de sábado, em meio à queda recente do preço do petróleo.

Também entre as altas, está a SulAmérica (SULA11, R$ 39,55, + 8,71%), com ganhos de mais de 8% ainda digerindo o cenário de aumento da taxa Selic na noite da última quarta-feira, de 2% para 2,75%. As seguradoras são beneficiadas uma vez que, além da receita operacional que vem da venda de seguros, elas têm como outra fonte relevante de receita as aplicações feitas no mercado financeiro. Como uma grande parte dessas aplicações são em renda fixa com rendimentos atrelados à Selic, uma alta na taxa básica de juros leva a maiores retornos sobre o capital investido. Na semana, os papéis saltaram 24,57%, mas ainda acumulam baixa de 10,47% no ano.

Por outro lado, tanto impactada pela alta da Selic quanto pela alta do rendimento dos Treasuries, que impactou as techs em Wall Street, as ações de varejistas caíram forte na semana, com destaque para o Magazine Luiza (MGLU3, R$ 22,29, +0,04%), em baixa de 9,28% no período.

Sobre a Selic, a Rico Investimentos aponta que as empresas de varejo tendem a ser negativamente afetadas por uma Selic maior. Isso porque a taxa de financiamento mais alta tende a pesar mais no bolso dos clientes, que passam a evitar gastar quando possível.

Já a alta do rendimento dos Treasuries tende a afetar mais fortemente o setor de tecnologia, que possuem fluxos de caixa mais longos e são mais impactadas pelo aumento nas taxas de juros de longo prazo, para ações de empresas em setores mais tradicionais, que são mais expostas ao ciclo econômico e, portanto, ganham mais com o reaquecimento da economia.

Confira os destaques:

Banco do Brasil (BBAS3, R$ 30,70, +0,85%)

O Ministério da Economia indicou na noite de quinta-feira (18) Fausto de Andrade Ribeiro, atual diretor da BB Administradora de Consórcios, para a presidência do Banco do Brasil, que assume o cargo no lugar de André Brandão, que renunciou na véspera. A saída terá efeito a partir de 1 de abril.

A saída de Brandão marca o desfecho de um desgaste do executivo com o presidente Jair Bolsonaro após o BB ter anunciado em janeiro um plano para fechar 361 agências e abrir um programa de demissão voluntária para 5.000 funcionários, com objetivo de economizar R$ 2,7 bilhões até 2025. A mudança pode reforçar a percepção de investidores de ingerência do governo federal em estatais, cujas ações têm registrado grande volatilidade no mercado nas últimas semanas.

O executivo havia assumido o comando do BB em setembro, depois de uma carreira internacional no HSBC, substituindo Rubem Novaes, que também fora indicado pelo governo Bolsonaro.

O BB passou as últimas semanas negando que tivesse havido pedido do governo federal, controlador do banco, para uma troca no comando e que o mal estar teria sido apenas um problema de comunicação.

No entanto, o próprio Brandão vinha manifestando a interlocutores desconforto em permanecer no cargo, após Bolsonaro ter anunciado a troca do comando da Petrobras.

Escolhido para substituir Brandão, Fausto de Andrade Ribeiro é funcionário de carreira no BB desde 1988, e desde o ano passado presidente da BB Administradora de Consórcios.

“Acreditamos que a notícia seja negativa devido tanto a perda de um executivo relevante, quanto pelo possível aumento na percepção de risco político por investidores. Porém acreditamos que o evento já era esperado há algumas semanas;
Por fim, reiteramos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$ 43 devido a percepção de que o evento já esteja precificado e que existe margem de segurança no atual patamar de preço das ações”, destaca a XP Investimentos.

Petrobras (PETR3, R$ 23,52, +2,39%;PETR4, R$ 24,00, +3,27%)

A Petrobras  recebeu indicação do candidato Pedro Rodrigues Galvão de Medeiros para o Conselho de Administração da companhia, cuja eleição ocorrerá na Assembleia Geral Extraordinária de 12 de abril de 2021, caso adotado o procedimento de voto múltiplo. A indicação ocorre em meio a uma mudança na cúpula da empresa, com a anunciada troca do presidente-executivo Roberto Castello Branco, após descontentamento do presidente Jair Bolsonaro com a política de preços de combustíveis da empresa.

A União já indicou outros oito conselheiros para as vagas no conselho, enquanto minoritários haviam feito outra indicação.

Medeiros, outro candidato dos acionistas minoritários, foi indicado pelas gestoras Absolute Gestão de Investimentos, AZ Quest Investimentos, Kapitalo Investimentos, Moat Capital, Navi Capital, Oceana Investimentos e Solana Gestora de Recursos.

Ele tem 17 anos de experiência no mercado de capitais é sócio co-fundador da gestora de recursos Atalaya Capital, disse a Petrobras em nota na noite de quinta-feira. O candidato também atuou em múltiplas aberturas de capital de empresas nos setores de Commodities, Saúde, Infraestrutura e outros, dentre elas a abertura e subsequente pulverização do capital da BR Distribuidora.

Ainda no radar da companhia, petroleiros do Norte Fluminense, que atuam na Bacia de Campos, pediram ao Ministério Público do Trabalho que a Petrobras seja chamada a prestar esclarecimentos sobre o avanço da Covid-19 em plataformas de óleo e gás, após uma disparada de novos casos em unidades de produção desde o início de março, revertendo um movimento de queda visto no início do ano, apontaram dados da reguladora ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Além disso, a Petrobras aprovou, em conjunto com suas parceiras Repsol Sinopec e Equinor, o conceito de desenvolvimento do bloco BM-C-33, localizado no pré-sal da Bacia de Campos e operado pela companhia norueguesa, informou a estatal na quinta. Segundo a Petrobras, foram descobertas três acumulações de gás e condensado (óleo leve) no bloco, a cerca de 200 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, denominadas Pão de Açúcar, SEAT e Gávea.

Por fim, a Petrobras informou o início da fase vinculante de venda da totalidade de suas participações em um conjunto de 28 concessões de campos de produção terrestres, localizadas na Bacia do Recôncavo e Tucano, no Estado da Bahia (Polo Bahia Terra). O polo, situado em diferentes municípios da Bahia, inclui acesso à infraestrutura de processamento, logística, armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural.

Adicionalmente, o ativo possui estações coletoras e de tratamento, parques de estocagem e movimentação de petróleo, gasodutos e oleodutos, além da UPGN Catu e outras infraestruturas associadas ao processo produtivo. A produção média do polo em janeiro e fevereiro de 2021 foi de cerca de 13,5 mil barris de óleo por dia e 660 mil m3/dia de gás, disse a Petrobras, operadora com 100% de participação.

A Petrobras informou ainda que as concessões relacionadas aos Polos Recôncavo e Miranga não foram incluídas no processo de cessão do Polo Bahia Terra, uma vez que os respectivos contratos de venda já foram assinados.

Embraer (EMBR3, R$ 14,51, +4,01%)

A Embraer teve prejuízo líquido atribuído aos acionistas de R$ 3,6 bilhões em 2020, alta de 174,5% ante 2019, com perdas de R$ 1,3 bilhão.

No ano passado, houve queda de quase 35% na entrega de aeronaves executivas e comerciais, com 130 aeronaves entregues, 68 a menos do que em 2019, quando foram entregues 198 jatos. O maior impacto ocorreu na aviação comercial, com queda de 51%, enquanto a aviação executiva teve redução de 21% das entregas em relação ao ano anterior.

A fabricante de aeronaves informou que não vai publicar as estimativas financeiras e de entregas para 2021 por causa da incerteza causada pela pandemia da Covid-19.

A Embraer está trabalhando ativamente em novas parcerias de desenvolvimento de produtos e espera fazer um anúncio em breve, disse o presidente-executivo, Francisco Gomes Neto, nesta sexta-feira.

Embora o executivo não tenha especificado quais novos produtos estão envolvidos nas discussões, ele disse no passado que a empresa espera desenvolver um novo avião turboélice, mas que não pode fazer isso sozinha.

Cyrela (CYRE3, R$ 24,92, +2,55%)

A Cyrela registrou lucro líquido de R$ 261 milhões no quarto trimestre, um salto de 75% ano a ano, resultado de crescimento das vendas e de efeitos ligados à venda de participação em companhias que estrearam na bolsa paulista no ano passado. Já a receita líquida do período cresceu 12,9% ante o quarto trimestre de 2019, a R$ 1,057 bilhão, performance apoiada no avanço de 34,1% das vendas, para R$ 1,86 bilhão.

Enquanto isso, os lançamentos totalizaram R$ 2,87 bilhões, 105,6% a mais do que um ano antes. A Cyrela atribuiu essa expansão à queda da taxa básica de juros para a mínima histórica de 2% ao ano no Brasil, que criou “melhores condições de compra e acesso ao crédito”, afirmou a companhia, apontando ainda perspectivas positivas para 2021.

No terceiro trimestre, a Cyrela vendeu participações nas construtoras Lavvi (LAVV3), Cury (CURY3) e Plano&Plano (PLPL3), que fizeram suas ofertas iniciais de ações (IPOs).

Se por um lado essas operações tiveram resultado positivo no lucro, por outro o impacto líquido na geração de caixa foi de 40 milhões de reais negativos, já que os impostos das operações foram pagos no quarto trimestre.

A geração de caixa foi de R$ 439 milhões entre outubro e dezembro, menos do que os R$ 745 milhões do trimestre imediatamente anterior.

Já a Cury lucrou R$ 68 milhões nos últimos três meses do ano, alta de 34,9% frente igual período de 2019.

Valid (VLID3, R$ 8,20, +5,81%)

A Valid divulgou na quinta os resultados para o quarto trimestre e para o ano de 2020. A empresa informou prejuízo líquido de R$ 54,1 milhões no quarto trimestre, e de R$ 202,4 milhões no ano. A receita operacional líquida caiu 1,8% a R$ 538,7 milhões. No ano, caiu 3,4%, a R$ 1,9 bilhão. O lucro Ebitda ajustado caiu 37,5%, a R$ 50,4 milhões. A margem Ebitda ficou em 9,4%. Em 2020, o gasto com despesas de capitais atingiu R$ 128,6 milhões, frente a R$ 114,9 milhões no ano anterior.

Light (LIGT3, R$ 19,09, +1,65%)

A elétrica Light apresentou um lucro líquido recorrente de R$ 235 milhões no quarto trimestre de 2020, revertendo prejuízo de R$ 48 milhões no mesmo período do ano anterior, contando com a ajuda do reconhecimento de montantes de um acordo relacionado ao déficit hídrico com o governo.

Na unidade geradora de energia da Light, houve aumento relevante no lucro, em razão do reconhecimento do registro do ativo intangível referente ao acordo, no valor de R$ 433,8 milhões. Empresas que aderem ao pacto têm obtido prorrogações de concessões e lançado valores positivos nos balanços referentes a receitas futuras.

Já a unidade distribuidora da Light registrou um lucro de R$ 41 milhões, frente a um prejuízo de R$ 46 milhões no mesmo período de 2019.

Entre os destaques operacionais, a Light encerrou o quarto trimestre com perda total sobre a carga fio (12 meses) em 25,92%, 0,07 ponto percentual abaixo do resultado observado em setembro de 2020.

Com relação ao volume de perdas (12 meses), observa-se uma queda de 95 GWh no quarto trimestre. O volume de perda total no ano de 2020 apresentou “importante” redução de 744 GWh, disse a Light.

A carga fio caiu 2,9% em relação ao quarto trimestre de 2019, explicada, principalmente, pela redução da energia transportada para outras concessionárias que fazem fronteira com a Light. A elétrica disse que está observando aumento de demanda nos segmentos residencial e industrial, contrabalançando o comercial, que segue impactado pelos efeitos da pandemia, com recuperação mais lenta.

Even (EVEN3, R$ 10,21, +2,20%)

A construtora Even registrou prejuízo líquido de R$ 89,273 milhões no quarto trimestre de 2020, revertendo o lucro de R$ 30,580 milhões no mesmo período do ano anterior.

Por outro lado, a companhia somou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 133,830 milhões, com crescimento de 3,36 vezes o indicador do mesmo intervalo de 2019.

Segundo o balanço divulgado nesta quinta-feira, 18, a companhia realizou três lançamentos no trimestre, com valor geral de vendas (VGV) de R$ 482 milhões. No total, o VGV entregue foi de R$ 28,274 milhões, 24,8 vezes menor que no mesmo período de 2019.

As vendas contratadas somaram R$ 658,784 milhões no último trimestre de 2020, queda de 2,82% em relação ao mesmo intervalo de comparação. As vendas sobre ofertas (VSO) consolidadas foram de 26,6%, ante 22,7% no mesmo período de 2019.

O Bradesco BBI avalia que os resultados da Even indicam uma estratégia de sucesso em monetizar projetos para um equilíbrio maior. O banco diz que ainda busca uma visão mais clara sobre a estratégia de usar o excesso de caixa, que poderia ser devolvido aos acionistas como dividendos ou na aceleração das operações.

O banco reforçou a avaliação de outperform (expectativa de valorização acima da média do mercado) para a Even, com preço-alvo de R$ 15, frente aos R$ 9,99 negociados na quinta (18).

O Credit Suisse classificou os resultados da Even para o quarto trimestre como neutros e manteve a recomendação  outperform da empresa, destacando que a empresa zerou sua exposição no Rio de Janeiro. O banco espera que a empresa gere dados mais fortes no futuro, e mantém preço-alvo de R$ 17.

Hapvida (HAPV3, R$ 15,28, +0,79%)

A Hapvida teve lucro líquido de R$ 94,3 milhões no trimestre, queda de 55,2% em relação ao lucro líquido de R$ 210,6 milhões registrado nos últimos três meses de 2019.

A receita líquida foi de R$ 2,27 bilhões no trimestre, 27,3% superior ante o resultado de um ano antes. O Ebitda totalizou R$ 431,8 milhões, alta de 15,2% sobre o mesmo trimestre de 2019.

A Expert XP classificou o desempenho quanto à receita no quarto trimestre como sólido, mas ofuscado por provisões do SUS acima do esperado. Ainda assim, a Hapvida apresentou um forte desempenho no ano, diz a XP, com um aumento de 64% no lucro Ebitda e uma expansão de 1,7 ponto percentual nas margens.

A XP também destaca que a geração de caixa livre totalizou R$ 1,5 bilhão em 2020, aumento de 52% em relação a 2019. Na avaliação da XP, isso confirma a forte capacidade operacional da empresa. Mas a XP diz que o foco de curto prazo deve ser na fusão com a Notre Dame, que deve criar valor por meio de sinergias. O banco reiterou a recomendação de compra para a ação e preço-alvo de R$ 21 por ação.

C&A (CEAB3, R$ 10,94, +2,72%)

A varejista de moda C&A teve queda de 38% do lucro no quarto trimestre, indo para R$ 109,3 milhões, enquanto a receita ficou praticamente estável a R$ 1,74 bilhão.

A companhia teve queda de 2,4% nas vendas na categoria de vestuário, a R$ 1,39 bilhão, enquanto as dos “Fashiontronics” (celulares, acessórios eletrônicos) tiveram alta de 13,3%, para R$ 301,2 milhões. A receita com serviços financeiros avançou 3,1%, para R$ 49,1 milhões.

A empresa destacou no release de resultados que houve uma “recuperação gradual e consistente” das vendas até o fim de novembro, mas que, com o aumento do número de casos da covid-19, o mês de dezembro foi negativamente impactado.

Grupo Soma (SOMA3, R$ 14,11, +2,77%)

O Grupo Soma, dono de marcas como FARM e Animale, teve alta de 3,1% no quarto trimestre de 2020 na comparação anual, passando de R$ 39 para R$ 40 milhões. A receita líquida, por sua vez, subiu 28,8%, indo de R$ 369 milhões para R$ 475 milhões.

“O Grupo Soma reportou sólidos resultados referentes ao quarto trimestre de 2020, com a receita acima das nossas estimativas, devido a um crescimento de vendas mesmas lojas de 7,6% ao ano, e Ebitda em linha, devido a uma margem bruta menor do que nossa estimativa. A companhia também anunciou a criação da Soma Ventures e de seu primeiro investimento através dela: a LAUF – a primeira marca do segmento fitness no portfolio da companhia”, destaca a XP Investimentos.

Biosev (BSEV3, R$ 9,10, +2,02%)

O  Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu aprovação final para a venda das usinas da Biosev à Raízen, informaram as companhias nesta quinta-feira em comunicados separados.

Neonergia (NEOE3, R$ 16,59, +0,79%)

Segundo o jornal Valor, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) aceitou pedido de produção de provas em um processo que apura responsabilidades sobre três aumentos de capital promovidos na distribuidora de energia Coelba, da Bahia, controlada pela Neoenergia. O pedido foi feito pela gestora de recursos Argucia, que questiona os valores praticados nessas operações, realizadas em 2017 e 2018. A Superintendência de Relações com Empresas da CVM concluiu que irregularidades nas operações causaram prejuízo de R$ 59 milhões a acionistas minoritários. Dezenove administradores da Coelba, entre conselheiros e diretores, são citados no processo.

brMalls (BRML3, R$ 9,57, +6,10%)

A Suno Asset, em carta aberta ao Conselho de Administração da brMalls propôs uma cisão de ativos para “destravar” valor aos acionistas da empresa. De acordo com a proposta, os ativos da companhia seriam detidos por um ou mais fundos imobiliários. A empresa se tornaria, prioritariamente, uma administradora de ativos imobiliários

(com Reuters e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.