Ação do Itaú sobe e Cielo cai após balanços; Pague Menos salta 4%, Marcopolo cai 6%, enquanto Vale avança com minério

Confira os destaques da B3 na sessão desta terça-feira (3)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta terça-feira (3) foi bastante movimentado, com destaque para a temporada de resultados. O Itaú (ITUB4, R$ 30,77, +0,98%) abriu com ganhos, chegando a ter alta de cerca de 2% de sua ação após o balanço do segundo trimestre, em que apresentou lucro de R$ 6,54 bilhões.

Contudo, ao longo do dia, e também com os investidores pesando os riscos no Brasil, assim como a abertura no negativo em Wall Street, os papéis zeraram a alta, para então, durante a tarde, voltar a ganhar força com novidades sobre a reforma do Imposto de Renda.

Já a Cielo (CIEL3, R$ 3,45, -0,58%), que chegou a subir 3,75% na máxima do dia após dados do período também considerados positivos, virou de sentido e fechou em queda.

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A PetroRio (PRIO3, R$ 17,90, +1,76%), após um susto durante a tarde, voltou a subir após ter reportado bons resultados, mesmo com um dia de nova baixa do petróleo, com os principais contratos do brent e do WTI em baixa de cerca de 1% seguindo a queda da véspera.

As preocupações com as restrições ao coronavírus, combinadas com a desaceleração da atividade fabril nos principais mercados, afetam o mercado da commodity. As ações da Petrobras (PETR3, R$ 27,70, +1,69%; PETR4, R$ 26,85, +1,67%) abriram com baixa de cerca de 1%, amenizaram e, posteriormente, viraram para alta.

Voltando à repercussão dos balanços, Copasa (CSMG3, R$ 14,03, +0,72%) fechou com leve alta enquanto que, fora do Ibovespa, Pague Menos (PGMN3, R$ 12,59, +4,14%) avançou mais de 4% e Marcopolo (POMO4, R$ 2,95, -6,05%) caiu cerca de 6%.

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No radar de fusões e aquisições, a Locaweb  (LWSA3, R$ 25,36, +0,32%) anunciou a compra por R$ 102 milhões da plataforma Octadesk, enquanto a Petz (PETZ3, R$ 24,94, +5,63%) saltou mais de 5% após informar a compra da Zee.Dog.

A Vale (VALE3, R$ 112,64, +3,41%) teve alta de mais de 3% com os contratos futuros do minério de ferro negociados na China avançando nesta terça-feira, impulsionados por especulações de uma flexibilização aos cortes de produção de aço no país asiático.

“Afetado pelo aviso de retificação dos esforços para redução das emissões de carbono em ‘estilo de campanha’, o mercado espera uma desaceleração nos cortes de produção de aço, e a demanda por minério de ferro pode se recuperar em estágios”, disse a SinoSteel Futures em nota. O contrato mais ativo do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em setembro, fechou em alta de 2%, a 1.063 iuanes (US$ 164,41) por tonelada.

Ainda no radar da companhia, o  relator do projeto do Imposto de Renda, Celso Sabino (PSDB-PA), informou vai propor o aumento de 4% para 5,5% na alíquota da CFEM, compensação financeira pela exploração de recursos minerais. O parecer vai propor que toda arrecadação da CFEM fique para Estados e municípios. Hoje 10% ficam com União e o restante é dividido entre os demais entes.

Sabino disse que essa é uma medida federativa que vai atender os anseios de muitos Estados e municípios. A arrecadação desses recursos e a fiscalização do pagamento desses recursos passarão para as secretarias estaduais de Fazenda.

“As grandes mineradoras têm apresentado altos lucros e uma grande companhia aqui, por exemplo, no segundo trimestre desse ano, anunciou um lucro de R$ 40 bilhões e tem um preço de equilíbrio do minério de US$ 45 dólares por tonelada, e o valor do minério está US$ 200 por tonelada”, disse ele. Os papéis chegaram a amenizar no intraday, mas logo voltaram a ter ganhos mais fortes.

Confira mais destaques:

Locaweb (LWSA3, R$ 25,36, +0,32%)

A Locaweb anunciou a compra por R$ 102 milhões da plataforma Octadesk, de gestão de conversas. A principal função da empresa é ajudar empresas em geração de leads, vendas e atendimento, conectando consumidores a empresas nos canais digitais.

Esta é a décima segunda aquisição da Locaweb desde sua abertura de capital na B3, em fevereiro do ano passado.

Petz (PETZ3, R$ 24,94, +5,63%)

A Petz anunciou a compra da Zee.Dog numa transação que avalia a empresa em R$ 715 milhões e traz para dentro de casa uma empresa com know-how de produto, pegada digital e penetração internacional.

A Petz fará o pagamento de R$ 615 milhões no fechamento da operação — 87% em ações e 13% em dinheiro. Outros R$ 100 milhões serão pagos em dinheiro daqui a cinco anos.

Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 30,77, +0,98%)

O Itaú Unibanco, maior banco privado do País, anunciou na segunda que teve lucro de R$ 6,54 bilhões, alta de 55,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

Já o retorno recorrente sobre o patrimônio líquido (indicador que mede como os bancos investem os recursos de seus acionistas, chamado de ROE) foi de 18,95%, alta de 5,4 pontos percentuais ante o segundo trimestre de 2020 e leve melhora de 0,4 ponto sobre o período entre janeiro e março deste ano.

Enquanto isso, a carteira de crédito ajustada do maior banco privado do país avançou 12% ante o um ano atrás, para R$ 909,05 bilhões, ficando praticamente estável ao que estava no primeiro trimestre de 2021.

“O avanço reflete o desempenho das carteiras de crédito de pessoas físicas e de micro, pequenas e médias empresas, que avançaram 22,2% e 23,4%, respectivamente, no mesmo período”, avalia o Itaú.

A XP destacou que, embora o resultado tenha sido em linha com o que os analistas da casa esperavam, observaram uma melhora na qualidade geral dos resultados, com a inadimplência abaixo do esperado apoiando o melhor desempenho.

“No entanto, os investidores devem observar que, no semestre, a margem financeira foi positivamente impactada por menores despesas de recursos de mercados interbancários, que vieram abaixo do esperado devido às variações cambiais. Dito isso, reiteramos nossa classificação neutra e preço alvo de R$ 28 para o incumbente”, afirmam.

A iniciativa Ivarejo do Itaú segue avançando no seu esforço de integrar as agências físicas do banco com o seu superapp. O banco atingiu a maior pontuação de NPS em seu aplicativo, o que os analistas veem com bons olhos, já que o mundo digital será o principal campo de batalha para absorver novos clientes no futuro.

O Credit Suisse também destaca que os números vieram sólidos, com uma forte performance de receita puxada por  maior margem financeira (NII) e taxas. O ROE de 18,9% deve ser visto como positivo. O Itaú comentou que espera uma aceleração nos empréstimos com melhora do ambiente para o custo de risco.

O portfolio de crédito consolidado deve avançar entre 8,5%-11,5% (versus 5,5% -9,5% anteriormente). “Destacamos que a o crescimento de empréstimos em todas as linhas e nas pequenas e médias empresas deve pavimentar o forte ambiente de receitas para os próximos meses com NII acelerando ainda mais no segundo semestre”, aponta o Credit, que reitera recomendação outperform destacando valuation atrativo, forte momentum  para lucros.

O Bradesco BBI apontou que o Itaú apresentou um conjunto sólido de resultados e com melhor qualidade, além de emitir uma revisão positiva do guidance.

“Continuamos a ver tendências positivas para a receita líquida de juros nos próximos trimestres, à medida que o crescimento dos empréstimos continua a acelerar devido a uma melhor combinação, enquanto as receitas de tarifas também foram uma
surpresa positiva”, apontam os analistas do BBI.

Eles mantêm recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 38, pois acredita que o Itaú está bem preparado para apresentar forte crescimento de lucros e expansão do ROE no futuro, enquanto negocia com uma avaliação atrativa.

Cielo (CIEL3, R$ 3,45, -0,58%)

A adquirente de pagamentos Cielo registrou lucro líquido de R$ 180,4 milhões no segundo trimestre deste ano. Há um ano, a companhia registrava o primeiro prejuízo de sua história, de R$ 75,2 milhões, combalida pelos efeitos iniciais da pandemia de covid-19.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 580,8 milhões, alta de 145,9% na base anual, mas queda de 5,3% frente o primeiro trimestre de 2021.

A receita operacional líquida foi de R$ 2,812 bilhões, alta de 14,8% na comparação com igual período de 2020 e variação positiva de 2,2% frente os primeiros três meses desse ano.

O Itaú BBA apontou que a Cielo reportou resultados referentes ao segundo trimestre melhores do que a expectativa dos analistas para volume transacionado, receita e lucro líquido.

“No entanto, apesar dos bons sinais no balanço, continuamos acreditando que os desafios da companhia no longo prazo são significativos. Dessa forma, mantemos nossa visão cautelosa para investimento nas ações da Cielo”, apontam.

O volume transacionado na Cielo Brasil atingiu R$ 165 bilhões, 4,3% acima das projeções do BBA, evidenciando uma recuperação sequencial e anual influenciada pela reabertura dos pontos de venda físicos. Além disso, a companhia mostrou recuperação sequencial nos volumes transacionados na Cateno (negócio de gestão de cartões) de 7,0%, número também marginalmente superior à expectativa.

Os resultados também foram melhores do que o esperado tanto em volume financeiro quando em receita líquida levaram a
uma surpresa positiva no lucro líquido da Cielo do segundo trimestre, dessa vez 6,4% acima da projeção do BBA.

“Ainda que haja sinais positivos no resultado trimestral da Cielo, continuamos acreditando que a companhia enfrenta uma batalha complexa, que passa pela competição com players que têm mostrado um nível de dinamismo maior em seus negócios. Além disso, vemos a atual estrutura acionária da companhia como um limitador de velocidade para as mudanças estratégicas necessárias. Por isso, mantemos nossa recomendação de Market Perform (desempenho em linha com o mercado) para as ações da empresa”, apontaram.

A XP destacou que os números foram positivos e os principais destaques foram: i) volumes, impulsionado pela retomada da atividade econômica; e ii) queda de gastos, com a companhia seguindo com a agenda de ganho de eficiência operacional. Porém, os analistas seguem com recomendação neutra com preço alvo de R$ 5 por ação, devido ao cenário competitivo ainda desafiador para a companhia.

PetroRio (PRIO3, R$ 17,90, +1,76%)

A petroleira PetroRio registrou lucro líquido de R$ 304,6 milhões no segundo trimestre de 2021, revertendo o prejuízo de R$ 76,2 milhões apurado em igual período do ano passado, informou a companhia.

De acordo com a empresa, os principais fatores que impactaram no desempenho financeiro no período foram o volume de “offtakes” realizados, totalizando 2,8 milhões de barris vendidos, e a recuperação do preço do petróleo Brent, com média de US$ 69,08 por barril no trimestre.

O Ebitda ajustado da PetroRio atingiu R$ 642,9 milhões no trimestre encerrado em junho, salto de 267% na comparação anual.

A companhia destacou que a valorização do real frente ao dólar no segundo trimestre gerou um impacto não-caixa positivo de R$ 265 milhões, o que também contribuiu para o resultado líquido do período.

A PetroRio disse ainda que a receita líquida alcançou no segundo trimestre R$ 1 bilhão, aumento de 228% no ano a ano e maior patamar da história da companhia, também impulsionada pelo crescimento nas vendas e pelo preço maior do Brent.

O caixa líquido foi mantido praticamente estável em relação a igual período do ano passado, a US$ 210 milhões, acrescentou a empresa, que disse manter “diligente trabalho de controle” no indicador de alavancagem.

De acordo com o Bradesco BBI, a PetroRio continua a entregar iniciativas importantes para aumentar a produção e
melhorar a eficiência, o que aumenta a confiança em nossa tese de investimento. Desta forma, segue com recomendação de compra e introduziu novo preço-alvo para 2022 de R$ 25,00 por ação. “Esperamos que a empresa continue apresentando um forte momento operacional no segundo trimestre de 2021 e esperamos que alguns gatilhos importantes se materializem neste ano”, apontam.

Pague Menos  (PGMN3, R$ 12,59, +4,14%)

Já a rede de farmácias Pague Menos registrou um salto de 683% do lucro líquido ajustado no segundo trimestre de 2021 na comparação anual, indo de R$ 9,1 milhões para R$ 71,6 milhões, o maior lucro trimestral de sua história.

O Ebitda foi a R$ 192,3 milhões entre abril e junho deste ano, aumento de 37,7% em relação ao segundo trimestre de 2020. As vendas mesmas lojas apresentaram crescimento de 19,7% e de 18,9% em lojas maduras.

A margem Ebitda foi de 9,4%, incremento de 1,1 ponto percentual em relação ao segundo trimestre de 2020.

Segundo a companhia, no segundo trimestre de 2021, a Pague Menos acelerou o crescimento de vendas e registrou faturamento recorde de R$ 2,0 bilhões, alta de 20,6% na base anual. A categoria de produtos de marcas próprias totalizou R$ 125,2 milhões em vendas no trimestre, aumento de 22,5% na comparação ano a ano, representando 6,2% das vendas totais.

A XP destacou que os resultados foram acima do esperado nos principais indicadores (com o Ebitda vindo 7% acima do esperado pela XP).

Os principais destaques do resultado foram o sólido desempenho de vendas mesmas lojas, beneficiadas pela base de comparação mais fraca e pelo reajuste de preços dos medicamentos, e a rentabilidade, com as margens Ebitda (9,4%) e líquida (3,5%) atingindo níveis recordes para a companhia. “Mantemos nossa recomendação de compra e preço alvo de R$ 13,0 por ação para o fim de 2021”, aponta,.

Copasa (CSMG3, R$ 14,03, +0,72%)

A Copasa teve lucro líquido de R$ 237,12 milhões no segundo trimestre de 2021, alta de 62% na comparação com igual período do ano passado.

O Ebitda subiu 30,1% no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período do no passado, quando totaliza R$ 492,37 milhões.

Entre abril e junho de 2021, a dívida líquida da companhia encerrou em R$ 2,61 bilhões, pouco mais de 8% em relação ao mesmo intervalo de 2020. Já o índice de alavancagem, medido pela relação Dívida Líquida/Ebitda dos últimos 12 meses ficou, em junho, no mesmo valor registrado em 2020: 1,3 vez.

Ao final do trimestre, a companhia possuía 640 concessões de água e 310 concessões a prestação dos serviços de esgotamento sanitário. Já a receita líquida de água, esgoto e resíduos sólidos totalizou R$ 1,30 bilhão no período, 9,9% superior ao volume do segundo trimestre de 2020.

A XP afirmou ter uma avaliação negativa dos resultados dado que vieram abaixo das estimativas da casa e do consenso de mercado. “Além disso, continuamos a enxergar um cenário complexo para a concretização de uma eventual privatização da companhia nos ambientes estadual e municipal. Assim sendo, continuamos a acreditar que há poucos motivos para se investir nas ações da Copasa, e mantemos recomendação de venda, com preço-alvo de R$ 15 por ação”, apontou.

Marcopolo (POMO4, R$ 2,95, -6,05%)

A Marcopolo teve lucro líquido consolidado de R$ 200,9 milhões, ante lucro de R$ 1,3 milhão em igual período do ano passado. Essa linha do balanço foi beneficiada pelo resultado financeiro líquido positivo em R$ 182,7 milhões, revertendo o resultado negativo de R$ 16,9 milhões em igual trimestre de 2020. O principal impacto positivo veio da atualização monetária incidente sobre os valores em discussão no processo de exclusão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na base de cálculo do PIS/Cofins, o que contribui positivamente com R$ 166,2 milhões.

Já o Ebitda alcançou R$ 140,5 milhões de abril a junho, ante R$ 40,9 milhões no segundo trimestre de 2020.

A empresa destacou que os resultados continuaram pressionados pela pandemia de covid-19, refletindo, no segundo trimestre, as vendas realizadas em um período de aumento do número de casos da doença nos principais mercados, especialmente entre fevereiro e abril.

Segundo o Itaú BBA, os resultados do segundo trimestre de Marcopolo seguiram a tendência já vista nos três primeiros meses do ano: produção em níveis baixos, um mix pior de produtos e margens comprimidas. No entanto, um ganho fiscal não-recorrente acabou ajudando a companhia. A despeito dos números considerados fracos, a empresa se mostrou confiante de que a demanda será retomada ainda em 2021.

Gafisa (GFSA3, R$ 3,77, +1,89%)

A Gafisa informou que foi aprovada a venda de terrenos no valor agregado de R$ 200 milhões para fundo de investimento imobiliário.

A estruturação desta operação visa reciclar capital próprio investido em terrenos que já estão no balanço da companhia, mantendo, no entanto, a empresa como incorporadora dos projetos.

“Este é o primeiro passo para a Gafisa atuar diretamente no mercado de Fundos de Investimentos Imobiliários e pavimentar o caminho para um novo modelo de atuação imobiliária e financeira. Nesse contexto a Companhia anuncia a criação Gafisa Capital, que será liderada por Ian Andrade na qualidade de CEO da Gafisa Capital em complemento às suas atribuições atuais como Diretor Financeiro e de Relações com Investidores”, afirmou.

Soma (SOMA3, R$ 17,91, +0,06%)

O Grupo Soma anunciou nesta terça-feira o encerramento das operações da marca A. Brand. Segundo a varejista, a companhia não vinha apresentando a performance esperada e, desde abril de 2020, já haviam sido encerradas doze lojas da marca.

O grupo encerrou a operação das duas últimas lojas da marca na sexta-feira (30) e o estoque premium será disponibilizado no site da Off Premium.

Enauta (ENAT3, R$ 14,76, -0,34%)

Além da temporada de resultados, a petroleira Enauta informou nesta segunda-feira que irá devolver à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) o bloco CE-M-661, localizado na Bacia do Ceará, após o final de seu primeiro período exploratório no local, em novembro deste ano.

A companhia havia adquirido 25% de participação no ativo em rodada de licitações realizada em 2011. No entanto, “baseada em análises geológicas e econômicas, e na busca contínua da otimização de seu portfólio”, decidiu pela devolução do bloco.

Segundo a Enauta, o valor dos compromissos assumidos pela empresa no Programa Exploratório Mínimo do bloco é de R$ 26,9 milhões, enquanto o bônus de assinatura atinge R$ 10,1 milhões.

O valor total de R$ 37 milhões, acrescentou a empresa em fato relevante, será registrado como gasto exploratório no resultado do segundo trimestre deste ano.

Petrobras (PETR3, R$ 27,70, +1,69%; PETR4, R$ 26,85, +1,67%)

A Petrobras assinou nesta segunda-feira carta de intenção com a holandesa SBM Offshore para afretamento e prestação de serviços da plataforma do tipo FPSO Alexandre de Gusmão, a quarta a ser instalada no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos.

A plataforma, cujo início de produção está previsto para 2025, terá capacidade de processamento de 180 mil barris de óleo e 12 milhões de m³ de gás por dia. Os contratos de afretamento e de serviços terão duração de 22 anos e 6 meses, contados a partir da aceitação final da unidade.

A companhia detalhou que o projeto prevê a interligação de 15 poços ao FPSO, sendo 8 produtores de óleo, 6 injetores de água e gás, 1 poço conversível de produtor para injetor de gás, através de uma infraestrutura submarina composta por dutos rígidos de produção e injeção e dutos flexíveis de serviços.

Mero é o terceiro maior produtor do pré-sal e está na área de Libra, operada pela Petrobras (40%) em parceria com a Shell RDSa.L (20%), TotalEnergies (20%), CNODC Brasil Petróleo e Gás (10%), CNOOC Petroleum Brasil (10%) e Pré-Sal Petróleo S.A.(PPSA), que exerce papel de gestora desse contrato.

Ainda em destaque, a Petrobras comunicou o início da fase vinculante para a venda de 100% de sua participação em concessões localizadas em terra na Bacia do Paraná.

As concessões PAR-T-198_R12 e PAR-T-218_R12, situadas no extremo oeste de São Paulo, foram adquiridas na 12ª Rodada de Licitações em 2013 e estão atualmente no primeiro período exploratório.

A concessão PAR-T -175_R14, localizada na porção leste de Mato Grosso do Sul, foi adquirida na 14ª Rodada de Licitações da ANP em 2017.

Telefônica Brasil (VIVT3, R$ 41,94, +1,16%)

A Telefônica Brasil anunciou na segunda-feira que seu conselho de administração autorizou a venda de 20% ações da Telefônica Cloud e Tecnologia para a uma controlada indireta da espanhola Telefónica, por R$ 22 milhões. Além disso, a compradora subscreveu 190 mil ações da CloudCo Brasil por R$ 76 milhões, em duas parcelas. Com isso, 50,01% do capital da CloudCo se mantém com a Telefônica Brasil, com o restante detido pela compradora.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.