Gol, Azul, Petrobras e mais 6 ações saltam mais de 10% no Ibovespa com notícia sobre vacina; Magalu, B2W e Via Varejo caem 3%

Confira os destaques da B3 na sessão desta segunda-feira (9)

Lara Rizério

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – A sessão foi de disparada para o Ibovespa com a confirmação da eleição de Joe Biden nos EUA e após a farmacêutica americana Pfizer e a empresa de biotecnologia alemã BioNTech afirmarem que sua vacina contra o coronavírus teve uma eficácia de 90% na prevenção de covid-19 entre aqueles sem evidência de infecção anterior, de acordo com dados publicados nesta segunda-feira (9) baseados em seu teste de fase três. Entre as maiores altas, estiveram papéis das maiores quedas do índice no acumulado do ano, enquanto os destaques de queda ficaram com as ações que mais subiram no ano (também impulsionadas pelo cenário durante a pandemia).

As maiores altas ficam para os papéis de aéreas como Azul (AZUL4, R$ 30,71, +18,43%) e Gol (GOLL4, R$ 21,05, +19,94%), além de CVC (CVCB3, R$ 14,99, +10,46%). As companhias são as que mais sofrem com a pandemia do coronavírus, em meio às restrições de mobilidade, que voltaram ao radar com o aumento dos casos na Europa e nos EUA; assim, o avanço da vacina dá alívio para os investidores sobre a volta à normalidade das operações das empresas. Os papéis, contudo, ainda registram forte queda no acumulado do ano.

Também em alta de mais de 10%, para depois amenizarem os ganhos para variação de cerca de 9%, estão os papéis de Petrobras (PETR3, R$ 21,90, +10,22%;PETR4, R$ 21,61, +9,42%) com a notícia da eficácia da vacina, levando à disparada do petróleo.

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Os contratos futuros saltaram impulsionados pelo otimismo do mercado para a recuperação na economia, após a divulgação da eficácia da vacina. Ao longo da sessão, a euforia diminuiu, assim como para outros ativos, mas ainda houve importantes avanços nos preços. O petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 8,41%, em US$ 40,29 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para janeiro subiu 7,48%, a US$ 42,40 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O ING projeta que o petróleo passe por um movimento de acentuada alta, com a recuperação da demanda. No entanto, o banco indica que ainda há perguntas sem respostas a respeito do imunizante, como a logística por trás da vacinação em massa de toda a população mundial.

Empresas do setor de shopping, varejistas de vestuário e bancos, com queda expressiva no acumulado do ano na B3, também dispararam, caso de Multiplan (MULT3, R$ 24,52, +14,05%), brMalls (BRML3, R$ 10,14, +12,04%) e Iguatemi (IGTA3, R$ 38,17, +12,33%), enquanto Lojas Renner (LREN3, R$ 47,98, +14,51%) e Cia. Hering (HGTX3, R$ 19,05, +7,26%) subiram forte. Bancos saltaram entre 7% e 9%, caso de Banco do Brasil (BBAS3, R$ 32,70, +7,25%), Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 27,63, +8,10%), Bradesco (BBDC3, R$ 20,73, +9,11%;BBDC4, R$ 22,94, +9,50%) e Santander Brasil (SANB11, R$ 34,22, +7,61%).

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Entre as altas acima de 10% do Ibovespa, além de Gol, Azul, Renner, Multiplan, Iguatemi, brMalls, CVC e papéis ON da Petrobras, também estiveram os ativos da Embraer (EMBR3, R$ 7,14, +13,13%), que ainda caem 62,44% no ano.

Já entre as maiores quedas dessa sessão, estiveram as varejistas de e-commerce, acompanhando o movimento de baixa das empresas do setor no exterior (veja mais clicando aqui). As companhias de e-commerce nacionais tiveram fortes altas neste ano, beneficiadas pelo avanço das vendas online durante o período da pandemia.

Magazine Luiza (MGLU3, R$ 26,45, -3,22%) – que divulgará resultado hoje após o fechamento – e B2W (BTOW3, R$ 79,69, -3,15%) viram suas ações em expressiva baixa, assim como a Via Varejo (VVAR3, R$ 18,54, -3,54%).

A Via Varejo informou ter firmado os documentos definitivos para aquisição de 16,67% da Growth Partners, controladora da startup Distrito, sem detalhar os valores envolvidos na operação. A Distrito foi fundada em 2014 e conecta grandes empresas, startups, investidores e acadêmicos, afirmou a Via Varejo em comunicado ao mercado, acrescentando que o negócio representa “um salto na estratégia de transformação digital” da empresa. A aquisição “permitirá à companhia estar conectada a um dos principais hubs digitais do país, possibilitando acessar o universo de startups e viabilizando projetos de transformação e aceleração digital”, afirmou a Via Varejo.

Em destaque no noticiário do setor, a Amazon anunciou nesta segunda-feira o lançamento de três novos Centros de Distribuição (CDs), localizados na cidade de Betim (MG), Santa Maria (DF) e Nova Santa Rita (RS). De 2019 para cá, a companhia passou de um para oito centros logísticos no País (veja mais clicando aqui).

Mesmo após o dólar ter registrado apenas uma leve queda, de 0,04%, a R$ 5,39 na compra e R$ 5,391 na venda, depois de chegar a atingir R$ 5,22 na mínima do dia, os papéis de empresas exportadoras, como Suzano (SUZB3, R$ 48,68, -2,44%) e Klabin (KLBN11, R$ 23,54, -0,93%), tiveram baixa.

Maiores altas

Ativo Variação % Valor (R$)
GOLL4 20.17094 21.09
AZUL4 18.62707 30.76
MULT3 14.18605 24.55
LREN3 13.86635 47.71
EMBR3 13.74046 7.45

Maiores baixas

Ativo Variação % Valor (R$)
B3SA3 -5.45744 53.53
TOTS3 -5.14966 29.47
BTOW3 -4.16869 78.85
MGLU3 -3.07355 26.49
VVAR3 -3.06972 18.63

Confira os destaques:

Enjoei (ENJU3, R$ 9,76, -4,78%)

Nascido como um blog em 2009, pelo qual eram vendidas roupas usadas a amigos, num modelo de brechó virtual, a startup Enjoei.com estreou a sua ação ENJU3 em queda nesta segunda-feira após a abertura de capital na B3.

A oferta movimentou R$ 1,1 bilhão em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) e a startup estreia com um valor de mercado de R$ 2 bilhões. A ação foi precificada na oferta em R$ 10,25, piso da faixa indicativa de preço.

IRB (IRBR3, R$ 6,65, +1,53%)

O Morgan Stanley colocou a recomendação e o preço-alvo do IRB em revisão após atualização do modelo. Anteriormente, a expectativa era de recomendação overweight (exposição acima da média do mercado) com preço-alvo de R$ 34, com a última atualização tendo sido feita ao final de março deste ano.

“Nossas expectativas anteriores para o IRB, estabelecidas no nosso modelo de atualização trimestral, baseavam-se na premissa de que o guidance para 2020 seria mantido conforme expresso pela nova administração durante sua teleconferência em 5 de março de 2020. Além disso, nossa previsão presumia que as demonstrações financeiras publicadas refletiam verdadeiramente o poder de ganhos subjacentes da empresa – também como alegou a gestão anterior e a nova. Dito isso, a nova gestão mudou o guidance para 2020, fez atualizações significativas para baixo no histórico de demonstrações financeiras históricas e a empresa relatou grandes perdas líquidas nos dois trimestres após a mudança da gestão e do conselho”, apontam.

Assim, de uma estimativa de lucro por ação de R$ 2,02 em 2020 e de R$ 2,42 para 2021, houve uma revisão para R$ 0,87 em 2020 e para R$ 0,22 em 2021. “A visibilidade dos ganhos é muito limitada, dadas as várias mudanças, o processo de estágio inicial de estabilização das operações, a pendência legal e regulatória e a falta de guidance da administração. É possível que nossas novas estimativas requeiram ajustes significativos no futuro”, avaliam.

Assim, o analista do Morgan destacou revisão da recomendação e do preço-alvo. “Não está claro como as coisas irão evoluir a partir daqui e a gama de resultados é muito ampla”, avalia.

Ânima (ANIM3, R$ 31,63, -1,83%)

A empresa de educação Ânima Holding registrou lucro líquido de R$ 1,8 milhão no terceiro trimestre de 2020, revertendo prejuízo de R$ 2,5 milhões obtido no mesmo período do ano passado. No critério ajustado, o lucro líquido foi de R$ 20,1 milhões, ante R$ 11,5 milhões no terceiro trimestre de 2019. Já no acumulado de nove meses, a empresa teve perda líquido de R$ 8 milhões, ante lucro líquido de R$ 18,7 milhões obtidos em igual época do ano passado. Com ajuste, o lucro líquido passou de R$ 40,8 milhões nos primeiros nove meses do ano passado para R$ 77,1 milhões no mesmo período desde ano, alta de 88,8%.

O Ebitda da companhia no terceiro trimestre deste ano somou R$ 79,6 milhões, o que representa alta de 29% ante os R$ 61,7 milhões um ano antes. O Ebitda ajustado, por sua vez, avançou 28,8% em um ano, passando de R$ 78,1 milhões para R$ 100,6 milhões. Em nove meses, o indicador passou de R$ 232,3 milhões para 310,5 milhões, avanço de 33,7%.

Já a receita líquida da Ânima no terceiro trimestre foi de R$ 351 milhões, acréscimo de 19,5%, ante os R$ 293,6 no mesmo trimestre do ano passado. Na mesma base de comparação, o resultado operacional avançou 30%, para R$ 135,1 milhões entre os meses de julho e setembro deste ano.

De acordo com a companhia, devido às aquisições realizadas em 2019 e em 2020 (Ages, Unicuritiba, Faseh e UniFG), foi possível registrar crescimento de 5,8% na base de alunos em relação ao terceiro trimestre de 2019, totalizando 119.334 estudantes. Se não fossem estas aquisições, a empresa teria queda de 2,3% na base de alunos. Segundo a empresa, os impactos da covid-19 seguem presentes e continuam exigindo cautela e agilidade nas decisões, “com atenção à extensão ainda incerta de seus efeitos”.

Latam (LATM33)

A Latam, maior companhia aérea da América Latina, reportou na sexta-feira (6) prejuízo líquido de US$ 573,1 milhões no terceiro trimestre, afetado pela pandemia do coronavírus.

A empresa afirmou que a receita total do grupo despencou 80,8%, para US$ 512,9 milhões, entre julho e setembro. Em contraste, a receita de carga aumentou quase 13%.

Em maio, a Latam pediu recuperação judicial nos Estados Unidos, devido ao impacto das restrições causadas pela pandemia. Mas a empresa afirma que a demanda está voltando a aumentar. Em setembro, a taxa de ocupação das aeronaves da companhia no Brasil superou 80% pela primeira vez desde o início da pandemia, afirmou a empresa.

A companhia aérea, que operava em setembro com 20% de sua capacidade ante mesmo período do ano passado, registrou prejuízo operacional de US$ 564,7 milhões, enquanto os custos com combustível caíram 84,7%.

O grupo nascido da fusão da chilena LAN com a brasileira TAM em 2012, e com unidades operacionais no Chile, Brasil, Colômbia e Peru, tem meta de atingir 40% da capacidade até o fim do ano.

O Bradesco BBI afirmou que a receita líquida da Latam ficou 10% abaixo de suas previsões, e 29% abaixo das previsão média do mercado, refletindo queda de 89% na demanda por voos na comparação anual, e queda de 54% no preço das passagens. O banco avalia que a queda nas receitas não foi acompanhada por “redução proporcional nos custos”, levando ao Ebitda negativo em US$ 265 milhões, mais baixo do que a previsão de US$ 19 milhões do Bradesco BBI, e de US$ 24 milhões do mercado.

O prejuízo líquido de US$ 573 milhões também foi maior do que a expectativa do BBI, de US$ 281 milhões, e do que a expectativa do mercado, de US$ 441 milhões.

O banco manteve a avaliação de underperform (expectativa de desempenho abaixo da média do mercado), enquanto reduziu em US$ 1,1 bilhão a projeção de lucro Ebitda em 2020, e em US$ 811 milhões a expectativa em Ebitda para 2021. O Bradesco BBI indica preço-alvo de US$ 1, frente os atuais US$ 1,42.

M. Dias Branco (MDIA3, R$ 33,57, -7,57%)

O lucro líquido da companhia de alimentos M. Dias Branco foi de R$ 265 milhões no terceiro trimestre, reportou a empresa. Foi um salto de 97,3% na comparação anual.

O lucro Ebitda subiu 74,4%, para R$ 328 milhões. A receita atingiu R$ 5,5 bilhões no acumulado dos nove primeiros meses do ano, alta de 25,9%. A empresa afirma que a alta foi impulsionada dentre outros fatores pela rotina de isolamento social contra o novo coronavírus, que fez com que as pessoas passassem a cozinhar mais em casa, consumindo massas, por exemplo.

A relação entre dívida líquida e Ebitda caiu para 0,2x no terceiro trimestre, abaixo do 0,4x registrado no trimestre imediatamente anterior e do 0,7x obtido um ano antes.

O Bradesco BBI afirmou que a receita líquida da M. Dias Branco foi 2% abaixo de sua expectativa, e 7% acima da estimativa do mercado, impulsionado por volumes totais 3% maiores do que a expectativa. O lucro líquido foi 11% superior à estimativa do Bradesco BBI. O Ebitda da M. Dias Branco foi 12% menor do que suas estimativas, e 11% abaixo das estimativas do mercado.

O banco destacou que a empresa tem implementado a estratégia de usar distribuidores terceirizados para seus produtos, mas afirmou que ainda não há clareza sobre a eficácia da medida, e que avalia que há necessidade de a M. Dias ampliar sua distribuição.

O Bradesco BBI afirma que incorporou os resultados abaixo do esperado do terceiro trimestre em sua análise, assim como a recente valorização do real frente o dólar. O banco disse esperar, ainda, que o fim do auxílio emergencial em 2020 leve a uma rotação de investimentos nas ações da companhia, focada em marcas de preço mais baixo e, portanto, mais resiliente.

O banco manteve a classificação de outperform (expectativa de valorização acima da média do mercado), com preço-alvo em R$ 42, frente os R$ 36,32 atuais.

SLC Agrícola (SLCE3, R$ 26,20, -3,67%)

A SLC Agrícola reportou prejuízo líquido de R$ 35,7 milhões no terceiro trimestre, recuo de 63,2% frente o mesmo período do ano anterior.

O lucro Ebitda subiu 30,8% no período, para R$ 234,63 milhões, excluindo efeitos de ativos biológicos, baixa do ativo imobilizado e outras transações sem efeito caixa.

Tegma Logística (TGMA3, R$ 23,98, +1,26%)

A Tegma Logística informou lucro líquido de R$ 29,9 milhões, queda de 67,2% frente o mesmo período do ano anterior. A empresa afirma que, descontando impactos do crédito tributário no período, a queda foi de 17%.

O número total de veículos transportados foi de 161,8 mil no terceiro trimestre de 2020, queda de 20,9% frente o mesmo período do ano anterior, avançando, no entanto, 185,6% frente o trimestre imediatamente anterior.  No terceiro trimestre, foram vendidos 618,3 mil veículos leves, queda de 22,6% frente 2019.

O Ebitda foi de R$ 55,3 milhões, queda de 14,3% frente o mesmo período de 2019. A margem Ebitda avançou 0,2 ponto percentual na mesma comparação, para 19,1%. A receita líquida teve queda de 15,1% na comparação entre o terceiro trimestre e o mesmo período de 209, para R$ 289,2 milhões.

Petrobras (PETR3, R$ 21,90, +10,22%;PETR4, R$ 21,61, +9,42%)

A Petrobras concluiu venda do campo de Baúna, localizado em águas rasas na Bacia de Santos, à Karoon Petróleo e Gás, por US$ 150 milhões. O valor se soma a US$ 49,9 milhões pagos na assinatura do contrato, em julho de 2019.

Haverá ainda uma parcela remanescente, estimada em cerca de US$ 40 milhões, a serem pagos pela Karoon em 18 meses. As partes também acordaram uma parcela contingente do preço a ser recebida pela Petrobras até 2026, no valor de US$ 285 milhões, detalhou a petroleira.

O campo de Baúna, que iniciou operações em fevereiro de 2013, registrou produção média de aproximadamente 16 mil barris de óleo por dia e 104 mil metros diários de gás entre janeiro e setembro deste ano, de acordo com a Petrobras.

Azul (AZUL4, R$ 30,71, +18,43%)

A Azul informou que concluiu o procedimento de coleta de intenções de investimento (“bookbuilding”), no âmbito da oferta pública de distribuição de debêntures conversíveis em ações preferenciais, da espécie com garantia real, com garantia fidejussória adicional, da primeira emissão da companhia, com emissão de 1.745.900 debêntures (já considerando 145.900 debêntures adicionais), totalizando R$ 1,745 bilhão (cada uma com valor nominal de R$ 1.000,00). O valor é maior do que o estimado anteriormente, de R$ 1,6 bilhão.

Os recursos da oferta serão utilizados, de acordo com a companhia aérea, para sustentação do capital de giro, expansão da atividade de logística e “outras oportunidades estratégicas”.

Segundo a empresa, o compromisso de investimento de Knighthead Capital Management LLC e a Certares Management LLC (chamados de investidores âncoras) foi atendido conforme os parâmetros do acordo de investimento. Desta forma houve alocação de 1.668.720 debêntures, no prêmio de conversão inicial em porcentual de 27,50%. Os investidores âncoras não participaram do procedimento de bookbuilding.

Os investidores que submeteram intenções de investimento, no procedimento de bookbuiding, no prêmio de conversão inicial em porcentual de 27,50% foram alocados nas debêntures adicionais (“hot issue”). O preço de conversão será de R$ 32,2649 por ação preferencial resultando em um prêmio de conversão inicial de 27,50%, calculado sobre o preço médio de 30 pregões da ação de referência de R$ 25,3058.

Hapvida (HAPV3, R$ 69,82, -2,35%)

A Hapvida informa que celebrou, através de sua subsidiária integral Hapvida Assistência Médica, contrato para a aquisição de 100% do capital da operadora de planos de saúde Premium Saúde, por R$ 150 milhões. Segundo a empresa, a operação está em linha com sua estratégia de expansão e consolidação nacional.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa explica que do valor será deduzido o montante referente às variações da dívida líquida e do capital de giro da Premium Saúde. “Este valor poderá ser reduzido, ainda, diante de ajuste de preço decorrente de alterações verificadas na carteira de beneficiários quando da data da conclusão da Transação”, informa.

A Premium Saúde tem uma carteira de cerca de 125 mil beneficiários de planos de saúde localizados majoritariamente nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (MG) (65 mil vidas), Brasília (DF – 13 mil vidas), Montes Claros (MG – 9 mil vidas) e na região do Triângulo Mineiro (5 mil vidas) os quais são atendidos, atualmente, em rede credenciada.

Na região metropolitana de Belo Horizonte, possui cerca de 3% de market share. Aproximadamente 93% dos beneficiários estão em planos coletivos (tíquete médio de R$ 130) e o restante em planos individuais (tíquete médio de R$ 200).

A Premium Saúde registrou nos últimos 12 meses (base junho/20) receita total de R$ 143 milhões e sinistralidade consolidada de aproximadamente 78%. A Premium Saúde também conta com 10 mil beneficiários de planos odontológicos, sendo 5 mil localizados na região metropolitana de Belo Horizonte e 4 mil em Brasília.

O Credit Suisse avalia a aquisição mais recente como positiva, e sinergética com as aquisições anteriores.

(Com Bloomberg e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.