Ações de Cyrela e MRV caem até 4% após forte alta na sexta; Alliar avança 3% com interesse do Fleury e educacionais recuam

Confira os destaques da B3 na sessão desta segunda-feira (30)

Lara Rizério

RIO DE JANEIRO, BRAZIL - JUNE 01: People play footvolley, a form of soccer mixed with volleyball, near construction of the FIFA Fan Fest stage on Copacabana Beach on June 1, 2014 in Rio de Janeiro, Brazil. Brazil has won five World Cups, more than any other nation. The 2014 FIFA World Cup kicks off June 12 in Brazil. (Photo by Mario Tama/Getty Images)

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SÃO PAULO – Depois de uma forte alta na sessão da última sexta, as ações de construtoras e incorporadoras registraram um dia de correção nesta segunda-feira (30), com Cyrela (CYRE3, R$ 20,45, -4,04%) e MRV (MRVE3, R$ 13,44, -1,68%) caindo entre 1,5% e 4% (veja mais clicando aqui).

Em destaque, as ações da Alliar (AALR3, R$ 15,25, +2,97%) avançaram cerca de 3% após o Fleury (FLRY3, R$ 23,76, -0,59%) informar que iniciou estudos preliminares, em conjunto com seus assessores legais e financeiros, visando avaliar uma potencial transação, mas até este momento não há qualquer definição quanto à apresentação de proposta, oferta ou acordo.

Recomendações também estão no radar dos investidores: o Credit Suisse iniciou cobertura para PetroRio (PRIO3, R$ 19,30, -0,52%) com recomendação de compra, mas as ações fecharam em queda em um dia “morno” para o petróleo: os preços do petróleo recuaram da máxima de quatro semanas, fechando próximos à estabilidade, diante do enfraquecimento do furacão Ida para categoria 1. A atenção volta-se agora para reunião da Opep na quarta-feira para discutir aumento de produção.

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Já os ativos da Multilaser (MLAS3, R$ 9,47, +1,18%) avançaram cerca de 1% após o BofA e a XP terem iniciado a cobertura das ações, ambos com recomendação equivalente à compra.

Entre as quedas, chamaram atenção ainda as ações das companhias educacionais, com perdas de mais de 3%, caso da Yduqs (YDUQ3, R$ 26,36, -3,76%), Cogna (COGN3, R$ 3,26, -3,83%), Ser Educacional (SEER3, R$ 13,73, -3,58%), enquanto a Anima (ANIM3, R$ 9,95, -0,30%) fechou quase estável.

Na ponta positiva do Ibovespa, destaque também para a Americanas (AMER3, R$ 43,19, +2,69%) e Lojas Americanas (LAME4, R$ 6,12, +2,86%), subindo mais de 2%, em um dia de leves perdas para o setor de varejo digital.

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Confira os destaques:

Mosaico (MOSI3, R$ 13,45, +7,60%)

A Mosaico anunciou na sexta-feira o nome de Mauricio Cascão como novo CEO do grupo. O executivo entra no lugar de Thiago Flores, que passa a ocupar um assento no Conselho de Administração da companhia, como observador.

Petrobras (PETR3, R$ 28,72, -1,24%; PETR4, R$ 28,30, -0,67%)

A Petrobras assinou na sexta-feira contrato para a venda da totalidade de sua participação acionária de 93,7% na empresa Breitener Energética S.A. (Breitener), localizada no estado do Amazonas, para a Breitener Holding Participações S.A., subsidiária integral da Ceiba Energy LP.

O valor da venda é de R$ 304 milhões, sendo R$ 251 milhões a serem pagos em seu fechamento, sujeito aos ajustes previstos no contrato, e R$ 53 milhões em pagamento contingente, atrelado à remuneração futura da Breitener na venda de energia. O fechamento da transação está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, como a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Ainda em destaque, acionistas da Petrobras reconduziram sete membros do conselho de administração, todos indicados pela União, e elegeram um candidato indicado por minoritários, durante assembleia geral na sexta-feira.

Com a eleição, a Petrobras passará a contar com um total de três membros indicados por minoritários, sete indicados pela União e um por trabalhadores, considerando os assentos que não estiveram em jogo nessa reunião. O resultado frustrou expectativas de acionistas minoritários, que conseguiram eleger apenas um nome, Marcelo Gasparino, quando buscavam avançar em mais cadeiras do colegiado. Os minoritários tinham três candidatos.

A estatal ainda reafirmou nesta segunda-feira que mantém seu posicionamento em buscar a venda integral de sua participação na Braskem e monitora o processo de alienação da participação detida pela Novonor, disse a petroleira em comunicado.

“No âmbito da gestão ativa de portfólio, a Petrobras avalia oportunidades no segmento petroquímico, conforme previsto em seu Plano Estratégico 2021-2025, visando à integração de suas atividades de Exploração e Produção (E&P) e Refino”, afirmou a companhia. A Petrobras ainda disse que não há qualquer definição ou decisão sobre o assunto.

Por fim, a Petrobras informou que sua subsidiária integral Petrobras Global Finance B.V. (PGF) enviou, de acordo com os termos e condições dos contratos em vigor, notificações de resgate antecipado aos investidores dos títulos 4,375% Global Notes e 4,25% Global Notes, ambos com vencimento em 2023. O valor total do resgate equivale a aproximadamente US$ 1,3 bilhão, excluindo juros capitalizados e não pagos.

A precificação do resgate será em 24 de setembro de 2021 e a liquidação ocorrerá em 29 de setembro de 2021.

Klabin (KLBN11, R$ 26,52, -0,75%)

A Klabin  deu início nesta segunda-feira às operações da primeira etapa do projeto Puma II, na unidade industrial em Ortigueira (PR).

Essa primeira etapa, segundo a empresa, contemplou a construção de uma linha de fibras principal para a produção de celulose não branqueada integrada a uma máquina de papel kraftliner e kraftliner branco (white top liner) com capacidade de 450 mil toneladas anuais.

Tal produção, conforme a Klabin, será comercializada sob a marca Eukaliner, primeiro papel kraftliner do mundo produzido a partir de 100% de fibras de eucalipto.

PetroRio (PRIO3, R$ 19,30, -0,52%)

O Credit Suisse iniciou a cobertura para as ações PRIO3 com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) e preço-alvo de R$ 25 por ação, ou potencial de alta de 29% em relação ao fechamento de sexta-feira.

“O argumento de avaliação resume-se à seguinte afirmação: PetroRio aumentará a produção mais do que duas vezes para atingir cerca de 78 mil barris por dia em 2025 e US$ 1,27 bilhão de Ebitda, implicando que as ações estariam sendo negociadas abaixo de um múltiplo de 2 vezes a relação entre o valor da empresa e o Ebitda e rendimentos FCFE acima de 20% com US$ 62 o barril do brent e levando em conta os preços atuais das ações. As fusões e aquisições podem aumentar ainda mais o upside”, avaliam os analistas.

Multilaser (MLAS3, R$ 9,47, +1,18%)

A XP iniciou a cobertura para a ação da Multilaser com recomendação de compra e um preço alvo para o final de 2022 de R$ 15 por ação. Já o Bank of America iniciou cobertura com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 16.

“Nossa visão positiva é baseada em quatro pilares: (i) sólido posicionamento de mercado, sustentado por um portfólio diversificado; (ii) lançamento assertivo e constante de produtos; (iii) robusta rede de produção e distribuição de produtos, alavancada por softwares proprietários; e (iv) valuation atrativo, com a ação negociando a 8,5 vezes o preço sobre o lucro, um desconto de 36% vs. seus pares. Nós acreditamos que a performance do papel desde o IPO (queda de 16%) é explicada por um movimento macro que penalizou todos os IPOs recentes por conta da menor liquidez desses papéis e, portanto, vemos como injustificada”, avaliam os analistas da XP.

Saiba mais clicando aqui.

Fleury (FLRY3, R$ 23,76, -0,59%) e Alliar (AALR3, R$ 15,25, +2,97%)

O Fleury prestou esclarecimentos considerando a divulgação de notícias na mídia acerca de uma potencial transação envolvendo a Centro de Imagem Diagnósticos (Alliar).

Segundo o Fleury, a administração da companhia avalia, continuamente, oportunidades de aquisição de empresas ou de ativos que possam contribuir para o atingimento de seus objetivos estratégicos.

Em relação à Alliar, a administração iniciou estudos preliminares, em conjunto com seus assessores legais e financeiros, visando avaliar uma potencial transação, mas até este momento não há qualquer definição quanto à apresentação de proposta, oferta ou acordo.

A companhia informou que manterá seus acionistas e o mercado em geral informados acerca do assunto, nos termos da regulamentação em vigor.

“O Fleury entrou na ‘competição’’ pela Alliar, que já teve diversos episódios envolvendo a Rede D’Or e fundos ligados ao empresário Nelson Tanure, que comprou 26% da empresa recentemente. Vale lembrar que o Fleury realizou duas aquisições importantes no segundo trimestre, que foram os laboratórios Bioclínico e Pretti”, destaca a equipe de análise da Guide.

Engie Brasil (EGIE3, R$ 37,94, -0,97%)

A Engie Brasil comunicou que o Sistema de Transmissão Gralha Azul obteve autorização do Operador Nacional do Sistema (ONS) para o início da operação comercial de suas linhas de transmissão 230kV – Ponta Grossa – São Mateus do Sul e Ponta Grossa – Ponta Grossa Sul a partir de 21 de agosto de 2021.

Gralha Azul, localizado no estado do Paraná, foi adquirido no Leilão nº 02/2017 e prevê a construção de cerca de 1.000 quilômetros de extensão, seis LTs de 230kV, quatro LTs de 525kV, instalação de cinco novas subestações e ampliação de outras cinco existentes.

A entrada em operação comercial das duas linhas foi antecipada em mais de 18 meses frente ao calendário da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e a finalização da implantação da totalidade do Sistema de Transmissão Gralha Azul está prevista para ocorrer ainda em 2021.

“O início da operação comercial de Gralha Azul, primeiro sistema de transmissão construído pela Companhia, em meio à pandemia da Covid-19, reforça a capacidade de execução do nosso time, materializa a entrada da ENGIE Brasil Energia em uma nova linha de negócios no Brasil e confirma nossa posição como uma plataforma de investimentos em infraestrutura de energia”, comentou o Diretor-Presidente da Companhia, Eduardo Sattamini.

Vibra Energia (BRDT3, R$ 27,00, -0,44%)

O conselho de administração da Vibra Energia, antiga BR Distribuidora, aprovou na sexta-feira a terceira emissão de debêntures da companhia, no valor total de R$ 800 milhões, informou a empresa em fato relevante. Segundo a Vibra, as debêntures terão prazo de dez anos a partir da data de emissão, vencendo em 11 de setembro de 2031. Elas serão vinculadas a certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs) de emissão da Virgo Companhia de Securitização.

“A emissão das debêntures está alinhada ao direcionamento estratégico da Companhia de constante avaliação de alternativas de captação de recursos para otimização da sua estrutura de capital e financeira”, afirmou a companhia.

A Vibra também fez outra série de comunicados. Ela informouque celebrou, em 29 de agosto, com Copersucar, documentos vinculantes com o objetivo de criação de uma Joint Venture que atuará como Empresa Comercializadora de Etanol (ECE). A ECE contará com estrutura de gestão independente e governança corporativa própria. A operação foi aprovada pelo Conselho de Administração em 27 de agosto de 2021, e não está sujeita às regras contidas no artigo 256 da Lei das Sociedades por Ações.

Ela também celebrou um memorando de entendimento com a Prisma Capital para a criação de um fundo de investimento imobiliário que receberá o aporte de imóveis da companhia, todos postos de combustíveis com bandeira Petrobras. Veja mais clicando aqui. 

Banco do Brasil (BBAS3, R$ 30,24, -0,95%) e Caixa

O Banco do Brasil e a Caixa resolveram deixar a Febraban e já avisaram a decisão a Paulo Guedes, e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, conforme apurou o Estadão/Broadcast. O motivo da saída se deve a um manifesto que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) deve publicar na terça-feira com um pedido de harmonia entre os três Poderes. A Febraban é signatária do documento.

Já segundo informa o jornal O Globo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) disse que o manifesto da Fiesp que gerou reação contrária dos bancos públicos não deve sair nesta semana. Lira disse que conversou com Paulo Skaf e que ficou combinado aguardar o feriado do 7 de Setembro. “A nota não é da Febraban, é da Fiesp com a participação de mais de 200 entidades do setor produtivo. Virou uma nota da Febraban com reflexos para a Caixa e BB, desproporcional aos seus interesses, disse Lira, segundo informa a publicação.

3R Petroleum (RRRP3, R$ 38,79, +2,35%)

A 3R Petroleum (RRRP3) informou que foi pedido de oferta de debêntures no valor total de R$ 1,6 bilhão, em até três séries, não conversíveis em ações.

Allied Tecnologia (ALLD3, R$ 15,25, +2,97%)

A Allied Tecnologia adquire plataforma de eletrônicos seminovos BrUsed.

A aquisição “acelera o desenvolvimento interno de sistemas e processos necessários à operação de recertificados e agrega um canal adicional de captação e vendas para esta linha de negócio”, afirmou a Allied no comunicado.

Banco Inter (BIDI11, R$ 70,26, -2,23%)

O Itaú BBA publicou uma avaliação sobre o Banco Inter. O banco diz reconhecer que a alta taxa de juros faz com que a paciência na espera pela materialização de lucros seja reduzida. A alta das taxas deve também contribuir para separar “vencedores de perdedores” na corrida brasileira entre bancos digitais.

O Itaú avalia que o Inter tem as ferramentas para financiamento e a abordagem correta sobre consumidores para crescer, e já alcançou mais do que outros bancos em termos de base de clientes, engajamento de produtos e depósitos.

O Itaú diz que espera crescimento de 94% em empréstimos e alta de 93% na margem financeira líquida (NII na sigla em inglês) pelos próximos 12 meses. E também ressalta que o Inter anunciou alta de R$ 3 bilhões em limite de cartão de crédito a outros 1,1 milhão de usuários, o que deve praticamente dobrar a base de 1,3 milhão de cartões, que compõe uma parte importante de sua base de 12 milhões de clientes.

O Itaú reiterou a avaliação outperform (perspectiva de valorização acima da média do mercado) e preço-alvo de R$ 91 por ação para os papéis BIDI11 do Inter em 2022, frente à cotação de sexta de R$ 71,86.

IPO

A provedora de serviços de computação em nuvem, cibersegurança e dados Claranet Technology pediu registro para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), em busca de recursos para crescer via aquisições, segundo prospecto da operação publicado na sexta-feira na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

No documento, a Claranet afirma que pretende usar cerca de 84% dos recursos da venda de ações novas para comprar outras empresas, usando o restante para financiar seu crescimento orgânico e para pagar despesas

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.