Ações de Azul e Gol fecham em queda de 6%, enquanto IRB dispara 12%; Petrobras cai 3% apesar de virada do petróleo

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta terça-feira (9)

Lara Rizério

Setores como o de extração de petróleo têm segurando a produção industrial nos últimos meses (Shutterstock)

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SÃO PAULO – Em uma sessão de queda do Ibovespa e alta do dólar com os investidores mais cautelosos após o rali dos mercados nos últimos dias, os maiores destaques ficam para as ações que mais subiram desde o fundo do benchmark da bolsa, atingido em 23 de março. A sessão foi marcada pela volatilidade de muitos desses ativos, com atenção para as aéreas.

O grande destaque de alta ficou para as ações do IRB (IRBR3, R$ 13,22, +12,51%), que chegou a disparar 18,30% aparentemente sem um fator pontual para isso, mas que pode significar uma procura dos investidores a barganhas na bolsa. No mês, as ações saltam 59,28%; contudo, em 2020, a baixa ainda é de 66,06%.

Os ativos IRBR3 tiveram forte queda desde fevereiro, chegando a ter baixa de 80% no ano durante os momentos de maior aversão ao mercado por conta da pandemia do coronavírus e também em meio a diversas polêmicas envolvendo a companhia (veja mais clicando aqui).

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No final de maio, o IRB comunicou a proposta para a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie ocupar uma cadeira no conselho de administração da companhia, de acordo com documento que convoca acionistas para uma assembleia extraordinária digital a ser realizada no próximo dia 12 de junho. Na ocasião, a mudança de alguns itens do estatuto social também será apresentada. No próximo dia 18, o IRB divulgará seus resultados do primeiro trimestre de 2020.

As ações de aéreas como Gol (GOLL4, R$ 22,40, -6,63%), Azul (AZUL4, R$ 25,78, -5,74%), que caíram forte em boa parte de março em meio aos temores com a pandemia e que desde o dia 23 daquele mês registram expressivos ganhos (Gol subiu 200% no período até o fechamento do dia 8) registraram forte queda no início da sessão, viraram para alta e no início da tarde alternavam entre perdas e ganhos. Durante a tarde, contudo, os papéis voltaram a firmar baixa, fechando em queda de cerca de 6%.

Conforme destaca a XP Investimentos, as ações do setor valorizaram cerca de 60% só na última semana também refletindo a dinâmica do câmbio e o noticiário mais recente relativo à flexibilização da jornada. Desde o pico de R$ 5,90 em 13 de maio, o real valorizou fortemente, sendo que na última semana valorizou cerca de 7%.

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“Devido ao fato de que (i) uma parte relevante dos custos operacionais das companhias é atrelada ao dólar e (ii) a maior parte de suas obrigações também é (dívidas e leasing), a valorização do real, tudo mais constante, impacta positivamente tanto os resultados operacionais como a alavancagem, e portanto o valor das companhias”, afirma.

Ainda no radar das companhias, de acordo com notícia veiculada pelo Broadcast, a Azul apresentou uma proposta ao Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) para garantir a estabilidade dos empregos de pilotos e comissários por 18 meses (até o final de 2021), mediante redução de jornada e salários. Gol também amenizou as perdas: a aérea concluiu na semana passada acordos similares com seus comissários, copilotos e comandantes, que entrariam em vigor a partir de 1º de julho.

Além disso, a Bloomberg informou que a Delta Air Lines está em negociações para permitir que a Gol (GOLL4) adie os pagamentos de um empréstimo de US$ 300 milhões de vencimento em agosto, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto. A Delta é garantidora do empréstimo (veja mais clicando aqui).

As ações da CVC (CVCB3, R$ 24,05, +4,38%), por sua vez, conseguiram sustentar os ganhos, fechando em alta superior a 4%.

Os ativos da Petrobras (PETR3, R$ 22,69, -2,83%;PETR4, R$ 21,72, -3,60%), também em meio a maior aversão ao risco do mercado, registraram queda de cerca de 3%. Os contratos de petróleo WTI e brent, contudo, fecharam com ganhos. O petróleo WTI para julho fechou em alta de 1,96%, a US$ 38,94 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para agosto avançou 0,93%, a US$ 41,18 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

A cotação da commodity abriu em baixa, seguindo as preocupações com o desfecho da reunião da Opep+ no sábado.

Durante a reunião, ficou acertado que os cortes seriam estendidos até o final de julho, o que animou o mercado no início da sessão da véspera, e havia expectativa de um novo prolongamento e até aprofundamento do corte. No entanto, ontem, o governo da Arábia Saudita mudou de postura, disse que manterá o acordo de corte até julho e sem compensar eventuais falhas no cumprimento de outras nações. Kuwait e Emirados Árabes Unidos também não planejam estender seus cortes voluntários adicionais depois de junho.

Contudo, o otimismo voltou ao mercado da commodity após um relatório do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, na sigla em inglês) apontar perspectivas para a estabilização do setor. Segundo o DoE, a produção americana, que caiu a 11,4 milhões de barris por dia em maio, deve continuar caindo até março de 2021, quando atingirá 10,6 milhões de bpd. Já consumo de petróleo nos EUA somará 18,4 milhões de bpd no terceiro trimestre, 2,3 milhões de bpd a menos que no período de julho a setembro de 2019.

Bancos abriram em forte baixa, caso de Banco do Brasil (BBAS3, R$ 35,79, -1,65%), Itaú (ITUB4, R$ 27,80, -1,97%), Bradesco (BBDC3, R$ 21,21, -1,03%;BBDC4, R$ 22,95, -2,22%), Santander Brasil (SANB11, R$ 31,89, -1,36%), mas também amenizaram a queda durante a sessão.

Os frigoríficos, que tiveram um desempenho abaixo do Ibovespa na última semana, viram suas ações em movimentos distintos. O Itaú BBA iniciou cobertura para Minerva (BEEF3, R$ 12,59, -3,52%), JBS (JBSS3, R$ 22,06, +0,78%) e Marfrig (MRFG3, R$ 12,66, -1,63%)  com recomendação outperform, enquanto BRF (BRFS3, R$ 23,07, -0,77%) foi iniciada como market perform. A ação da JBS registrou a maior alta do setor na sessão, mas com ganhos bem mais modestos em relação à máxima do dia, quando chegou a subir mais de 4%.

Confira os destaques:

Maiores altas

Ativo Variação % Valor (R$)
IRBR3 12.51064 13.22
IGTA3 4.86486 38.8
MULT3 4.72648 23.93
CVCB3 4.38368 24.05
CIEL3 4.31034 4.84

Maiores baixas

Ativo Variação % Valor (R$)
GOLL4 -6.62776 22.4
AZUL4 -5.7404 25.78
MRVE3 -4.72222 17.15
EMBR3 -3.64486 10.31
PETR4 -3.59521 21.72

Minerva (BEEF3, R$ 12,59, -3,52%), JBS (JBSS3, R$ 22,06, +0,78%) e Marfrig (MRFG3, R$ 12,66, -1,63%) e BRF (BRFS3,R$ 23,07, -0,77%)

O Itaú BBA começou a cobrir alguns frigoríficos. Minerva, JBS e Marfrig estão com recomendação “outperform” e BRF está com “market perform”.

No caso da JBS, o preço alvo foi fixado em R$ 31 para 2021. “A JBS oferece um portfólio diversificado e é a nossa principal escolha”, destacando que essa diversificação ajuda a lidar com a volatilidade e incerteza do setor.

Para Marfrig e Minerva, os preços-alvo são de respectivamente R$ 18 e R$ 17. “A principal ressalva de nossa tese de investimento para a Marfrig é a incerteza sobre os spreads (de preços) dos EUA em 2022”, avaliaram os analistas do Itaú BBA.

Para a BRF, o preço-justo está em R$ 28 para 2021. “No mercado doméstico, no curto prazo, as taxas de câmbio mais elevadas devem se traduzir em custos mais altos dos grãos, o que provavelmente reduziria as margens a depender da capacidade da empresa em repassar para os preços.”

CSN (CSNA3, R$ 12,05, -3,21%)

A siderúrgica CSN concluiu o reperfilamento de R$ 300 milhões em dívidas junto à Caixa Econômica Federal. Os valores iriam vencer entre este mês e setembro e agora foram transferidos para o período de 2021 a 2024.

As condições desse reperfilamento não foram divulgadas. A companhia informou que “segue negociando o alongamento de seu passivo financeiro, visando à preservação da liquidez necessária para executar sua estratégia de desalavancagem e geração de valor aos seus acionistas”.

Via Varejo (VVAR3, R$ 14,97, -3,42%)

A Via Varejo aprovou na última sexta-feira Raphael Klein como presidente do Conselho de Administração da companhia. Também foi deliberada a nomeação de Marcel Cecchi Vieira como vice-presidente do conselho, segundo comunicado. Todos irão exercer os cargos até 31 de dezembro de 2021.

Raphael Klein é filho de Michael Klein, que o indicou para sucedê-lo na presidência do conselho.

Natura & Co (NTCO3, R$ 41,21, -0,19%)

A Natura &Co Holding comunicou que a sua subsidiária Avon sofreu um incidente cibernético em seu ambiente de Tecnologia da Informação que interrompeu alguns sistemas e afetou parcialmente suas operações.

“A Avon está avaliando a extensão desse incidente e trabalhando com diligência para mitigar seus efeitos, empreendendo todos os esforços para normalizar suas operações”, informou a companhia em comunicado.

Vale (VALE3, R$ 54,99, +0,38%)

A Vale informou que adotou, de forma preventiva, um protocolo de emergência para três de suas barragens que estão inativas. Não há previsão de evacuação da população nas localidades onde estão essas estruturas, segundo a companhia.

O “nível 1” desse protocolo atinge as barragens denominadas como 6 e 7A da Mina de Águas Claras, em Nova Lima (MG), e a Área IX, da Mina de Fábrica, em Ouro Preto (MG).

Por estarem inativas, a Vale informou que esse protocolo não exige evacuação da população e que inspeções recentes não identificaram anomalias que possam comprometer a segurança dessas estruturas.

“A decisão de elevar o nível de emergência é uma medida preventiva até que sejam concluídas as análises técnicas das estruturas”, informou a companhia em comunicado ao mercado.

Gol (GOLL4, R$ 22,40, -6,63%)

A Gol projetou capacidade no segundo trimestre representando uma queda de 90% na base de comparação com o primeiro trimestre; contudo (e também devido à baixa base de comparação), haveria uma alta de 290% no terceiro trimestre.

O cenário atual de planejamento de capacidade também assume aumento de 135% no quarto trimestre sobre o terceiro trimestre, disse a Gol em comunicado com dados preliminares e não auditados de maio.

A aérea calcula ter 12 meses de caixa disponível, acima de 10 meses no relatório mensal anterior. O consumo líquido de caixa no restante de 2020, incluindo o pagamento de dívidas não relacionadas a aeronaves, deve ser de R$ 10 milhões por dia. As operações em maio foram 7% do realizado no mesmo mês de 2019. A estimativa para junho é de 20%.

Em 31 de maio, a Gol tinha cerca de R$ 3,5 bilhões em liquidez total. A relação entre dívida líquida/Ebitda ficou em 3,9 vezes em maio, enquanto a receita bruta consolidada subiu 11% ante abril, para R$ 123 milhões. A média de voos por dia aumentou 10% ante abril, para 55.

Cosan (CSAN3, R$ 68,53, -1,11%)

A Raízen Energia, joint venture entre Cosan e Shell, aprovou duas emissões de debêntures, que vão totalizar R$ 1,25 bilhão. Os recursos serão utilizados em investimentos na operação.

O vencimento dessas operações se dará em dez anos, segundo a companhia.

Aliansce Sonae (ALSO3, R$ 31,30, +2,32%)

A Aliansce Sonae informou que 11 shoppings do portfólio voltaram a operar na última segunda-feira. Naquela data, as operações foram retomadas nos shoppings Parque D. Pedro Shopping, Boulevard Shopping Bauru e Shopping Parangaba, segundo comunicado.

Boulevard Shopping Belém e Parque Shopping Belém retomaram as atividades em 6 de junho. Os shoppings estão funcionando em horário reduzido e seguem rígido protocolo de reabertura. A companhia está aplicando regras de descontos sobre a cobrança de aluguel mínimo durante o mês da reabertura, considerando as situações específicas de cada lojista, segundo o comunicado.

brMalls (BRML3, R$ 11,77, +2,88%)

A brMalls informou a reabertura de mais dois de seus shoppings. Com isso, são 13 os estabelecimentos que foram reabertos desde as medidas de contenção da propagação do novo coronavírus.

O Campinas Shopping, em Campinas (SP), e o Shopping Independência, em Juiz de Fora (MG), reabriram na segunda-feira com horário reduzido de funcionamento.

Vulcabrás (VULC3, R$ 5,56, +4,91%)

A Vulcabrás registrou um lucro líquido de R$ 8,9 milhões no primeiro trimestre do ano, um recuo de 66% na comparação com os três primeiros meses de 2019.

A receita líquida com vendas de produtos chegou a R$ 238,6 milhões, recuo de 20,4%. A companhia informou que os resultados foram afetados pelo fechamento da fábrica e do comércio na segunda quinzena de março.

Linx (LINX3, R$ 20,64, -0,77%)

A Linx teve prejuízo líquido de R$ 9 milhões no primeiro trimestre de 2020, revertendo o lucro de R$ 17,2 milhões em igual período de 2019, em meio à elevação das despesas operacionais e das despesas financeiras líquidas.

A receita líquida nos primeiros três meses do ano foi de R$ 208,5 milhões, uma alta de 17,9%. Já o Ebitda ficou em R$ 37,3 milhões, queda de 24,8%.

O Credit Suisse avalia que a empresa pode se beneficiar das ações de cortes de custos e novos clientes. “O cross selling das soluções digitais e o controle de custos mais rígidos podem ser positivos para a empresa que reportou quatro novos clientes, mantendo um bom ritmo de crescimento”, destacou em relatório a clientes.

Positivo (POSI3, R$ 5,80, -6%)

A Positivo registrou um lucro líquido de R$ 4,4 milhões no primeiro trimestre do ano, ante prejuízo de R$ 4,6 milhões nos três primeiros meses de 2019.

Na mesma base de comparação, a receita líquida atingiu R$ 378,6 milhões, alta de 8,9%.

Na avaliação do Bradesco BBI, o resultado foi suficiente para manter uma visão positiva para a empresa, que tem recomendação “outperform” e preço alvo de R$ 9,50. “Apesar das dificuldades que a empresa enfrenta na crescente volatilidade da moeda local e na forte concorrência, acreditamos que a Positivo deve continuar crescendo em seus principais segmentos (classes B e C)”, avaliaram os analistas em relatório a clientes.

Banco do Brasil (BBAS3, R$ 35,79, -1,65%)

O BB informou nesta terça-feira que adotou medidas para suspender a veiculação de publicidade em sites, blogs e redes sociais na forma da decisão proferida pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Na noite de segunda-feira, o TCU determinou de forma cautelar que a instituição financeira suspendesse a veiculação de publicidade em qualquer veículo até o julgamento do mérito da medida que pede que o BB evite a monetização de veículos que notoriamente propagam fake news.

Estão excluídos dessa decisão sites vinculados a concessionárias de radiodifusão e os relativos a jornais e revistas que existem há mais de dez anos.

Ainda em destaque no radar da estatal, está a declaração de Rubem Novaes, CEO do banco, de que a privatização do Banco do Brasil não poderá ocorrer com a venda a um concorrente nacional ou estrangeiro, e sim pela pulverização de seu capital. O governo planeja vender parte das ações que se encontram em seu poder e ficar com menos de 50%. Com isso, o banco deixaria de ser estatal, mas preservaria uma participação grande da União em seu capital. As informações são do Valor Econômico.

Conforme aponta a equipe de análise do Bradesco BBI, não haveria dúvida de que privatizar o Banco do Brasil seria o caminho para tornar o banco uma organização mais rápida e ágil. A melhor alternativa para os minoritários provavelmente seria através de um desinvestimento organizado, com o governo encontrando um parceiro estratégico para comprar sua participação ou parte dela.

Como destacado pelo CEO do banco, essa opção provavelmente encontraria forte resistência política, não parecendo uma opção. Uma alternativa seria vender no mercado parte das ações detidas pelo governo. Embora isso fosse visto como positivo, pois aumentaria a flexibilidade de operação do banco, ainda deixaria um “overhang” importante (dependendo da quantidade a ser vendida em primeiro lugar).

“Não importa quanto o governo decida vender, para que sua participação caia abaixo do nível de 50%, o Congresso terá que aprová-lo. Embora existam muitas razões para isso, haveria a necessidade de um grande apoio político e coordenação para que isso realmente acontecesse. Até lá, o mercado deve se tornar cada vez mais otimista sobre essa possibilidade. Nós não tomaríamos isso como garantido, no entanto. Os desafios para obter apoio político, principalmente em épocas como essa, não devem ser negligenciados, em nossa opinião”, conclui o banco.

 Itaú (ITUB4, R$ 27,80, -1,97%), Bradesco (BBDC3, R$ 21,21, -1,03%;BBDC4, R$ 22,95, -2,22%), Santander Brasil (SANB11, R$ 31,89, -1,36%)

O Morgan Stanley fez uma atualização dos preços-alvo das ADRs (recibo de depósitos de ações) dos bancos brasileiros que são negociadas em Nova York.

No caso de Itaú Unibanco, o preço-alvo passou de US$ 7 para US$ 8. Já o do Bradesco foi elevado de US$ 5,90 para US$ 6,75.

No caso dos papéis do Santander Brasil, a revisão elevou o preço-alvo de US$ 7,50 para US$ 8,60.

Não houve alteração das estimativas na moeda local, ou seja, em reais.

No caso do Banco do Brasil, a estimativa é a única em reais, que teve o preço-alvo fixado em R$ 50, ante R$ 44.

“A taxa de juros mais baixa de todos os tempos, empresas e consumidores desalavancados, antecipação das provisões e balanços sólidos fornecem uma oportunidade atraente para a construção de posições”, avaliaram os analistas do Morgan Stanley. O nome favorito do Morgan no setor é o Itaú.

Petrobras (PETR3, R$ 22,69, -2,83%;PETR4, R$ 21,72, -3,60%)

A Petrobras registrou até o momento 1.089 empregados contaminados por covid-19, sendo que 940 já estão recuperados e 149 se encontram em quarentena, informou o Ministério de Minas e Energia (MME) em seu boletim semanal.

Ao todo, as empresas ligadas ao MME tiveram até agora 1.483 casos de contaminação, sendo 1.196 já recuperados e 287 em quarentena. Também foram registrados 12 óbitos, sendo cinco na Eletrobras, 3 na Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM), 3 na Agência Nacional de Mineração (ANM), e um no próprio ministério.

O monitoramento do MME sobre covid-19 nas empresas que controla foi iniciado no dia 9 de maio, quando havia 258 casos confirmados e 270 pessoas recuperadas.

O Ministério ainda informou que as refinarias da Petrobras estão bem próximas do fator de utilização pré-crise da pandemia da covid-19, atingindo capacidade de 75% nos últimos dias. Antes da pandemia, o patamar era de 77%, disse o MME.

Desde o dia 15 de março, quando a crise foi agravada, o fator de utilização das refinarias da Petrobras entrou em franca queda, chegando a tocar o patamar de 50%. A partir do dia 15 de abril, no entanto, foi verificada uma curva ascendente que chegou ao atual fator de 75%.

A Petrobras tem adequado a produção das refinarias à demanda do mercado, aumentando produtos mais procurados, como óleo combustível e bunker (diesel para navios) e reduzindo os mais afetados pela crise, como o querosene de aviação (QAV).

A recuperação dos mercados asiáticos e o relaxamento do isolamento social no Brasil tem elevado as vendas da estatal, como informado recentemente pela diretora de Refino e Gás da companhia, Anelise Lara.

B3 (B3SA3, R$ 51,07, -1,26%)

A B3 está estudando a extensão do período de negociação na bolsa, dependendo da demanda pela bolsa brasileira. Gilson Finkelsztain, CEO da B3, disse que a extensão do pregão é uma tendência, conforme destaca a equipe de análise da XP Investimentos.

Atualmente, o mercado abre às 10 horas e fecha às 17 horas e a extensão poderia ser aplicada estendendo os períodos de early market ou after market, assemelhando-se às bolsas dos EUA.

“Nossa visão é positiva, uma vez que o pregão mais longo seria positivo para o B3, devido ao maior volume de negociações que podem vir de investidores individuais e estrangeiros principalmente, o último sendo beneficiado pela correspondência do fuso horário”, aponta a XP.

Klabin (KLBN11, R$ 19,68, +0,41%) e Suzano (SUZB3, R$ 38,17, +0,03%)

Os preços de celulose de fibra curta na China tiveram queda na semana (de US$ 2,60 a tonelada), para US$ 465,6 a tonelada.

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(Com Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.