Ações de BRF e Marfrig fecham com salto de 7%, PetroRio avança 5% com petróleo e “techs” caem forte; bancos registram ganhos

Confira os destaques da B3 na sessão desta segunda-feira (27)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A reta final da sessão desta segunda-feira (27) foi de fortes emoções para duas blue chips da Bolsa que, contudo, conseguiram fechar com ganhos.

A Petrobras (PETR3, R$ 27,99, +1,56%);PETR4, R$ R$ 27,14, +0,89%), que registrava alta durante boa parte do pregão, chegou a zerar os ganhos e até operar em leve baixa (no caso, os ativos PETR4) com a notícia de uma coletiva surpresa sobre os preços de combustíveis, mas depois fechou com ganhos após a empresa destacar que não mudou a política de combustíveis.

No mercado de petróleo, a sessão foi de alta pelo quinto pregão consecutivo, com ganhos de 1,93%, a US$ 78,72 o barril brent com vencimento em dezembro, enquanto o WTI para novembro teve alta de 1,99%, a US$ 75,45 o barril.

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O Goldman Sachs elevou sua previsão para os preços do petróleo bruto Brent no final do ano de US$ 80 para US $ 90 por barril, já que uma recuperação mais rápida da demanda de combustível da variante Delta e o impacto do furacão Ida na produção levaram a uma oferta global restrita. Os futuros do Brent atingiram uma alta de quase três anos na semana passada, já que as interrupções na produção global forçaram as empresas de energia a retirar grandes quantidades de petróleo dos estoques. O dia volta a ser de ganhos para a commodity, com o brent fechando com alta de cerca de 2% e se aproximando dos US$ 80.

As ações da PetroRio (PRIO3) fecharam com ganhos ainda mais expressivos, com alta de 5,09%, a R$ 23,11.

Já no caso da Vale (VALE3, R$ 78,80, + 1,43%), os papéis chegaram a ter queda de mais de 1% na reta final do pregão, após notícias de agências internacionais de que 39 funcionários da mineradora estão presos no subsolo da Mina Totten em Sudbury, em Ontário, no Canadá, desde domingo. A mineradora prestou esclarecimentos e informou que está fazendo o resgate de funcionários. As ações fecharam com ganhos, na esteira da alta do minério com a reposição de estoques de siderúrgicas.

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CSN (CSNA3, R$ 29,97, +3,24%) avançou mais de 3%, enquanto Gerdau (GGBR4, R$ 26,72, +0,38%) fechou em leve alta. Já Usiminas (USIM5, R$ 15,95, -2,09%) teve queda de cerca de 2%.

No caso da Usiminas, ela informou que, devido a um incidente ocorrido em 24 de setembro, vai paralisar operações de seu alto forno nº 2 da usina de Ipatinga (MG) por um período de 90 a 150 dias. O equipamento tem capacidade de produzir 55 mil toneladas de ferro-gusa por mês. A empresa afirmou em fato relevante que vai compensar a parada com estoques e comprando placas no mercado.

Entre as maiores altas, estiveram as ações da BRF (BRFS3, R$ 26,36, +7,33%) e da Marfrig (MRFG3, R$ 24,27, +7,11%), que subiram cerca de 7%, estendendo ganhos da sexta-feira, após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ter aprovado sem restrições a compra de ações da empresa pela rival Marfrig MRFG3.SA, que também crescia 4,7%.

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O dia também foi de ganhos para os bancos, caso de Santander Brasil (SANB11, R$ 36,49, +3,78%), Bradesco (BBDC4, R$ 20,87, +3,01%), Itaú (ITUB4, R$ 29,05, +2,61%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 29,87, +2,22%), numa sessão positiva para o setor bancário após o Banco Central revelar que o estoque de crédito no Brasil subiu 1,5% em agosto sobre o mês anterior e que a taxa média de juros subiu, mas a inadimplência ficou estável.

Enquanto isso, empresas varejistas de e-commerce e relacionadas ao setor de tecnologia como Méliuz (CASH3, R$ 6,59 -5,18%) tiveram queda, depois de uma semana de alta para o segmento e seguindo a queda do Nasdaq em meio ao cenário de alta do rendimento dos Treasuries, o que acaba afetando as empresas do setor de tecnologia por lá e também por aqui.

Esse aumento tende a afetar especificamente o setor de tecnologia, que possuem fluxos de caixa mais longos e são mais impactadas pelo aumento nas taxas de juros de longo prazo, para ações de empresas em setores mais tradicionais, que são mais expostas ao ciclo econômico e, portanto, ganham mais com o reaquecimento da economia.

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Confira mais destaques da sessão desta segunda:

Maiores altas

Ativo Variação % Valor (R$)
MRFG3 7.14 24.28
BRFS3 7 26.28
PRIO3 5.09 23.11
SANB11 3.78 36.49
CSNA3 3.23 29.97

Maiores baixas

Ativo Variação % Valor (R$)
CASH3 -5.17 6.59
VIIA3 -4.7 8.1
MGLU3 -3.96 15.01
BIDI11 -3.88 58.71
BIDI4 -3.68 19.58

Vibra Energia (BRDT3)

A Vibra Energia (ex-BR Distribuidora) e o governo do Espírito Santo contrataram na sexta-feira o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para estruturar a venda conjunta de ações da Companhia de Gás do Espírito Santo (ES GÁS), informou o banco em nota à imprensa.

Criada em 2018, a ES Gás é uma empresa de economia mista em que o Espírito Santo detém 51% do capital votante e a Vibra Energia os demais 49%. A companhia capixaba é responsável pela distribuição do gás natural canalizado no Estado, atuando em diversos segmentos, totalizando mais de 60 mil unidades consumidoras.

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O BNDES coordenará o projeto, que visa a desestatização da empresa, durante todas as fases, que compreendem estudos e modelagem econômico-financeira, audiência pública, realização do leilão e assinatura do contrato entre o setor público e o parceiro privado. “A Vibra e o Estado do Espírito Santo pretendem, por meio da contratação do BNDES, realizar processo de desestatização da ES GÁS, com a venda em conjunto de ações na referida companhia, o que deve trazer uma nova perspectiva de desenvolvimento das atividades de Gás no Estado, alinhada às novas iniciativas de crescimento do setor”, disse em nota o diretor comercial de B2B da Vibra Energia, Bernardo Kos Winik.

Banco Inter (BIDI11) e Stone (NASDAQ: STNE)

O Inter e a empresa de meios de pagamento StoneCo estão negociando estender um acordo de parceria atual, incluindo uma possível fusão, disse uma fonte familiarizada com o assunto ouvida pela Reuters. A Stone comprou uma fatia minoritária no Banco Inter em junho, como parte de sua estratégia de atrair clientes do banco para seus serviços de pagamentos. As negociações ocorrem no momento em que a StoneCo enfrenta uma perda em empréstimos de R$ 400 milhões com uma operação de crédito recém-lançada.

Localiza (RENT3)

A Localiza informou que o Conselho de Administração aprovou o pagamento de R$ 82,1 milhões em Juros sobre o Capital Próprio (JCP), com pagamento em 22 de novembro.

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Unidas (LCAM3)

Já a Unidas aprovou R$ 53,5 milhões em JCP, com pagamento em 8 de outubro.

Movida (MOVI3)

A Movida informou ao mercado o pagamento de JCP no valor bruto de R$ 27,74 milhões, o corresponde a R$ 0,076772906 por ativo.

Terão direito aos proventos os detentores de ações com posição acionária em 29 de setembro. O pagamento está previsto para o dia 3 de novembro.

Grendene (GRND3)

A Grendene, dona das marcas Grendha, Melissa, Ipanema e Rider, informou que fará a construção de uma nova fábrica no Crato, Ceará, com investimentos de R$ 30 milhões, para ampliar a produção de calçados e componentes em EVA.

Hospital Mater Dei (MATD3)

O Hospital Mater Dei anunciou na sexta-feira acordo para comprar 50,1% da empresa de dados e inteligência artificial A3Data Consultoria, segundo fato relevante divulgado ao mercado.

A companhia “pagará até R$ 25,08 milhões para a aquisição secundária de ações, conforme modelos de incentivo financeiro…e 15 milhões para a aquisição primária de ações”, afirmou o Mater Dei. A operação está alinhada com a estratégia da companhia de fortalecer estrutura de tecnologia e aumentar “relevância de modelos alternativos de remuneração no seu negócio”, afirmou o Mater Dei.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras concluiu a venda da sua participação de 40% na empresa GásLocal para a White Martins, por R$ 60,6 milhões. Do valor total estimado da venda, R$ 56 milhões serão pagos na presente data e R$ 4,6 milhões em até 13 meses, a partir da data do fechamento do acordo, explicou a petroleira.

O acordo prevê ajustes nas condições comerciais para o fornecimento de gás pela Petrobras, na qualidade de participante do Consórcio Gemini –formado pela petroleira com White Martins e GásLocal–, até o fim de 2023, atendendo à determinação do órgão antitruste Cade.

A venda está em linha com estratégia da companhia, que vem buscando se desfazer de ativos não essenciais para focar nas atividades de petróleo em águas profundas e ultraprofundas de das bacias de Campos e Santos.

Carrefour Brasil (CRFB3)

O Carrefour Brasil previu nesta sexta-feira que sua divisão de atacarejo Atacadão, a principal geradora de receita da companhia, terá faturamento bruto de R$ 100 bilhões em 2024 ante expectativa de R$ 60 bilhões para este ano.

A companhia afirmou em fato relevante ao mercado que as projeções são baseadas na média de crescimento de 15% ao ano do Atacadão entre 2017 e 2020. Além disso, o dado de 2024 inclui receita de 2020 da rede de atacarejo Maxxi, cuja aquisição aguarda aprovação do Cade.

O Itaú BBA afirma que tem uma visão positiva sobre o negócio, e afirma que a diretriz para vendas brutas em 2021 está, virtualmente, em linha com suas estimativas de R$ 59,5 bilhões. Mas a diretriz para 2024 está 6% acima de suas previsões. Assim, o banco diz acreditar que a diretriz de médio prazo indica a confiança da empresa em sua perspectiva de crescimento, na qual uma integração das operações da Maxxi podem ser centrais para preservar essa perspectiva.
O Itaú BBA mantém avaliação outperform e preço-alvo para 2021 de R$ 30, frente à cotação de segunda de R$ 18,15.

CCR (CCRO3)

O tráfego de veículos em rodovias da CCR tem alta de 13,6% anual no período entre 17 e 23 de setembro.

Rede D’Or (RDOR3)

A Rede D’or pediu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) permissão para poder elevar participação na Qualicorp.

A informou foi confirmada pela Qualicorp, que destacou ter recebido de sua acionista comunicado referente ao pedido de autorização submetido ao Conselho envolvendo a potencial aquisição, pela Rede D’Or, de ações de emissão da
Companhia por meio de operações em bolsa.

JBS (JBSS3)

A JBS, em continuidade ao fato relevante de 17 de junho de 2021, comunicou aos acionistas e ao mercado em geral, nos termos da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários nº 358, de 3 de janeiro de 2002, que a Pilgrim’s Pride Corporation (“PPC”), controlada indireta da JBS, comunicou, nesta data, a conclusão da aquisição dos negócios de carnes (“Kerry Meats”) e refeições (“Kerry Meals”) da Kerry Consumer Foods no Reino Unido e na Irlanda.

“A operação fortalece a posição da PPC como uma das empresas líderes na indústria de alimentos na Europa, criando uma das maiores e mais completas plataformas integradas de alimentos, com um portfólio de produtos de valor agregado com marcas. Esta aquisição está em linha com a estratégia da JBS de expandir seu portfólio de produtos de maior valor agregado e com marca”, aponta a companhia.

JSL (JSLG3)

O Bradesco BBI iniciou a cobertura da JSL com avaliação outperform e preço-alvo para 2022 de R$ 17, ou potencial de alta de 82% ante o fechamento da véspera. O banco destaca que a JSL é a maior empresa no mercado brasileiro de logística, e está bem posicionada para ampliar sua liderança, elevando a participação de mercado de 0,6% em 2019 a entre 0,9% e 1,2% até 2025.

O banco diz que vê três possíveis catalisadores para a valorização da empresa: divulgações de resultados indicando repasses contratuais de preços mais altos de insumos, novas fusões e aquisições que podem adicionar R$ 3 em valor por ação à empresa, e sinergias.

WEG (WEGE3)

Na semana passada, o Credit Suisse se reuniu com a gestão da WEG para discutir o desempenho de curto prazo da empresa. O banco diz que a conversa reforçou sua visão positiva sobre o ritmo de crescimento da companhia, que deve continuar no curto prazo, impulsionado por uma demanda saudável nos mercados nacional e internacional, e produtos de ciclos curto e longo. O banco também diz esperar que margens e retorno sobre o patrimônio líquido (ROIC, na sigla em inglês) venham em linha com suas expectativas.

Considerando suas estimativas, o banco diz ver risco de que o faturamento bruto supere a sua estimativa de R$ 5,8 bilhões para o terceiro trimestre. O banco mantém avaliação outperform e preço-alvo de R$ 46, frente à cotação de segunda de R$ 41,34.

Hapvida (HAPV3), Grupo Notre Dame (GNDI3)

O Bradesco BBI comentou a visão apresentada pelo Conselho Administrativo para Defesa Econômica (Cade) de que a fusão entre Hapvida e Grupo Notre Dame representaria uma concentração limitada. O banco diz ver grandes chances de que o acordo vá em frente, e vê a confirmação pelo Cade como positiva.

O banco diz avaliar que a leitura apresentada pelo Cade indica que há grande probabilidade de que o acordo vá em frente, com restrições limitadas.

Omega Geração (OMGE3)

Os Conselhos de Administração da Omega Geração  e Omega Desenvolvimento aprovaram no final da última semana a fusão das empresas. A empresa combinada, denominada Omega Energia, pretende ser listada no Novo Mercado da B3 e tem a ambição de ultrapassar 4.500 MW em geração renovável operacional até dezembro de 2024.

A fusão proposta prevê uma relação de troca de 1,4898 nova ação ordinária da Omega Energia para cada 1 ação da Omega Geração. Dessa forma, os atuais acionistas da Omega Geração deterão 74,4% da Omega Energia.

A assembleia geral extraordinária que deliberará sobre a incorporação de ações será realizada em 28 de outubro de 2021. Esta aprovação será determinada apenas pelos acionistas minoritários da companhia.

Alliar (AALR3)

A Alliar  informou nesta segunda-feira que a gestora MAM Asset pediu uma assembleia extraordinária de acionistas para votar um novo plano estratégico para a companhia de diagnósticos médicos e a troca de todo o conselho de administração.

Além de pleitear a eleição de um novo conselho de administração, a MAM, que tem 5,07% do capital Alliar, propõe que um conselho médico substitua o atual comitê médico, que passaria a funcionar como órgão de assessoramento, além da troca dos membros do conselho fiscal e um aumento de capital com a emissão de 30 milhões de ações.

“A companhia está analisando os fundamentos e os aspectos legais de cada uma das matérias solicitadas para deliberação em assembleia geral em conjunto com os seus assessores jurídicos”, informou a Alliar.

(com Bloomberg, Reuters e Estadão Conteúdo)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.