Ações da Petrobras sobem 5% com petróleo; IRB salta 7%, bancos avançam e Cogna cai com recomendação cortada

Confira os destaques da B3 na sessão desta segunda-feira (5)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Por mais uma sessão, quem ganhou destaque são as ações do IRB (IRBR3, R$ 8,65, +6,92%), que já haviam subido 12,83% na última semana e 27,58% no período anterior. Desde 22 de setembro, um dia antes de apresentar dados positivos para o mês de julho (veja mais clicando aqui), as ações registram expressivos ganhos.

Na última semana, a Standard and Poor’s atribuiu rating nacional AAA para o ressegurador, com perspectiva estável, avaliando que as recentes mudanças feitas no conselho e na administração da companhia deverão fortalecer sua governança e cultura de risco. A companhia também anunciou recentemente a emissão de até R$ 900 milhões em debêntures.

Já nesta data, o IRB comunicou que antecipou a data de divulgação das Informações Trimestrais para o dia 3 de novembro de 2020 (após o fechamento do pregão) e a data da teleconferência para o dia 4 de novembro de 2020 (horário ainda a ser informado).

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Após a forte queda na última semana acompanhando o desempenho do petróleo, as ações da Petrobras (PETR3, R$ 20,12, +4,90%; PETR4, R$ 20,03, +5,31%) tiveram recuperação hoje; os papéis de PetroRio (PRIO3, R$ 36,53, +6,59%) também subiram.

Os preços do petróleo subiam nesta segunda-feira, impulsionados por comentários de que o presidente norte-americano Donald Trump deve ter alta do hospital ainda nesta segunda, poucos dias após ter testado positivo para o coronavírus. O WTI avançou quase 5%, enquanto o brent teve alta de 4,5%.

O petróleo também foi apoiado por uma crescente greve de trabalhadores na Noruega. A gigante Equinor fechou quatro de seus campos offshore de petróleo e gás nesta segunda-feira enquanto trabalhadores expandiam sua greve, disse um porta-voz da empresa à agência Reuters. A Petrobras ainda anunciou a venda de uma empresa no Uruguai por US$ 61,7 milhões.

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Vale (VALE3, R$ 59,59, +2,18%) e siderúrgicas como CSN (CSNA3, R$ 17,72, +5,60%), Gerdau (GGBR4, R$ 21,80, +5,83%) e Usiminas (USIM5, R$ 10,57, +5,49%) registraram ganhos, enquanto bancos tiveram uma sessão volátil, mas também subiram, caso de Itaú (ITUB4, R$ 22,83, +1,06%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 30,23, +1,75%), Bradesco (BBDC3, R$ 18,52, +2,21%; BBDC4, R$ 19,92, +1,43%) e Santander Brasil (SANB11, R$ 28,47, +0,25%).

Instituições financeiras iniciaram hoje o cadastro de chaves do Pix, do BC (saiba mais clicando aqui). “Vemos um impacto relativamente baixo no curto prazo. No entanto, acreditamos que o potencial impacto do Pix pode se agravar”, escreveu o analista Marcel Campos da XP Investimentos em relatório.

“Com o avanço da competição na indústria bancária, vemos o valor agregado dos pacotes de serviços cada vez menor e mais propícia a disrupção, impulsionada principalmente pela maior agressividade das fintechs em linhas excessivamente rentáveis para os bancos incumbentes”, destacou.

Já no radar das siderúrgicas, o site especializado Platts destaca que o aumento de preços de aço está sendo implementado neste mês. Os analistas do Bradesco BBI avaliam que os aumentos de preços significativos foram apoiado por um real mais fraco e preços internacionais mais altos do aço, enquanto a demanda doméstica se recuperou mais rápido do que o esperado, levando a uma oferta mais restrita e estoques baixos. No caso da CSN, os investidores também buscam alocação no papel à espera de novidades sobre o IPO da CSN Mineração.

Os papéis da Gol (GOLL4, R$ 17,66, +1,55%) avançaram em meio aos dados prévios de setembro. O Goldman Sachs reiterou sua recomendação de compra para os papéis com preço-alvo de R$ 26,80 depois dos números de tráfego. “Vemos a empresa bem posicionada em um cenário de recuperação da demanda doméstica, com potenciais ganhos de participação de mercado sobre concorrentes enfraquecidos”, destacaram os analistas em relatório.

Já entre as maiores perdas, atenção para a Cogna (COGN3, R$ 5,31, -1,67%), após ter a recomendação reduzida pelo JPMorgan, enquanto a Duratex (DTEX3, R$ 18,69, +7,35%) teve alta de cerca de 7% após ter a cobertura reiniciada pelo banco com recomendação equivalente à compra.

Gol (GOLL4, R$ 17,66, +1,55%)

A Gol informou que, em setembro de 2020, a demanda (RPK) para os voos cresceu 36% sobre agosto de 2020. A oferta (ASK) aumentou em 35% em comparação com o mês anterior. A taxa de ocupação da GOL foi 80%.

No entanto, na comparação com setembro de 2019, a demanda caiu 60,6%, enquanto a oferta recuou 60%. No acumulado do ano, a demanda caiu 55,3% e a oferta recuou 53,9%.

Sequoia (SEQL3)

Ocorre hoje a definição do preço por ação da oferta inicial de ações da Sequoia Logística e Transportes. A faixa indicativa de preço de cada ação da Sequoia foi estabelecida entre R$ 14,25 e R$ 17,75. Ao todo serão ofertadas 70.175.438 ações do lote principal, sendo 28.070.175 da emissão primária e 42.105.263 da oferta secundária.

Suzano (SUZB3, R$ 47,40, +2,31%)

As novas ações da Suzano estreiam na B3 após a venda dos papéis pelo BNDES na semana passada.

A oferta pública secundária de ações da Suzano, referente à fatia detida pelo BNDESPar na companhia de papel e celulose, movimentou R$ 6,91 bilhões, segundo dados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgados na última sexta-feira.

Foram vendidas 150.217.425 ações, a R$ 46 reais, segundo os dados publicados. O montante equivale a 11% do capital da Suzano, que pertenciam ao braço de participações do BNDES. Os coordenadores da oferta foram JPMorgan, Bank of America, Bradesco BBI, Itaú BBA e XP Investimentos.

Track & Field (TFCO4)

A varejista Track & Field definiu, na sexta-feira, entre R$ 10,65 e R$ 14,95 a faixa indicativa de preços na sua oferta pública inicial de ações, segundo o Valor Econômico. Considerando o meio da faixa indicativa, de R$ 12,80, e o número de 49.166.000 ações da oferta base, a operação pode movimentar R$ 629,324 milhões.

Petrobras (PETR3, R$ 20,12, +4,90%; PETR4, R$ 20,03, +5,31%)

A Petrobras vendeu sua participação na Petrobras Uruguay Distribuición por US$ 61,7 milhões para a DISA Corporación Petrolífera. O pagamento será feito em duas parcelas. Um valor de US$ 6,17 milhões será pago na assinatura do contrato e outros US$ 55,53 milhões no fechamento da transação.

Qualicorp (QUAL3, R$ 32,77, +2,02%)

A Qualicorp vai pagar Juros sobre o Capital Próprio de R$ 48 milhões, correspondente ao valor bruto de R$ 0,169317 por ação. O pagamento será feito em 26 de outubro de 2020. As ações de emissão da companhia passaram a ser negociadas “ex juros” em 14 de outubro de 2020.

Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 22,83, +1,06%)

O Itaú Unibanco deve escolher seu novo presidente nas próximas semanas. Isso porque o presidente Cândido Bracher completará, daqui a dois meses, 62 anos, idade-limite para permanecer na cadeira. Segundo o Estadão, Bracher deverá passar o bastão ao sucessor em fevereiro, após um período de gestão conjunta. O sucessor deve vir do comitê executivo do banco. No grupo estão Caio David, diretor-geral de atacado; Marcio Schettini, diretor-geral de varejo; André Sapoznik, vice de tecnologia; e Milton Maluhy, vice-presidente de finanças.

JHSF (JHSF3, R$ 7,24, -0,14%)

A JHSF Participações aprovou o pagamento de dividendos intermediários no valor total de R$ 46 milhões, no montante de R$ 0,0671013041 por ação ordinária. Estes dividendos terão como base acionária para pagamento a data de 07 de outubro de 2020, sendo que as ações serão negociadas “ex-dividendos” a partir de 08 de outubro de 2020.

Anima (ANIM3, R$ 28,32, +1,03%), Yduqs (YDUQ3, R$ 27,72, +2,25%) e Ser (SEER3, R$ 14,90, +5,90%)

A Anima e a Yduqs têm até amanhã para entregar suas propostas de aquisição da operação brasileira da Laureate, dono de faculdades como Anhembi Morumbi e FMU.

A transação é avaliada em pelo menos R$ 4 bilhões. Inicialmente, o entendimento do mercado era de que as ofertas poderiam ser apresentadas no dia 13. No entanto, essa é a data em que vence o prazo para a Laureate exercer seu direito de receber propostas de terceiros (“go-shop”). Segundo o Valor Econômico, as ofertas de Anima e Yduqs serão analisadas nos dias 8 e 9, quando a Laureate realiza sua reunião de conselho.

Os materiais serão encaminhados, em 12 de outubro, à Ser Educacional que tem o direito de fazer uma contraproposta. Caso tenha interesse, a companhia de Janguiê Diniz tem dez dias para entregar suas novas condições de aquisição.

Magazine Luiza (MGLU3, R$ 90,14, +2,37%), Via Varejo (VVAR3, R$ 17,87, +3,24%), B2W (BTOW3, R$ 87,01, -0,38%) e Lojas Americanas (LAME4, R$ 28,46, -0,45%)

O Credit Suisse prevê uma dinâmica mais intensa de fusões e aquisições no setor de e-commerce brasileiro, com as empresas investindo mais em novas fronteiras do ecosssistema, como serviços de alimentos, pagamentos, sistemas de gestão de vendas, entre outros.

Para o Credit, existem bons motivos para justificar o elevado valuation das empresas, como a penetração ainda baixa do e-commerce no Brasil e o alto caixa que as empresas possuem para destravar valor. No entanto, isso não significa que qualquer nível de valuation seja aceitável. Por isso, o banco simulou o cenário de e-commerce em 2025, concluindo que o Magazine Luiza já está precificando projetos futuros nos preços atuais, enquanto a Via Varejo parece atrativa em quase todos os cenários.

Além disso, o banco revisou os preço-alvo das empresas; B2W passou de R$ 70 para 100 por ação; Lojas Americanas passou de R$ 30 para R$ 35; Magazine Luiza passou de R$ 55 para R$ 100 por ação, enquanto a Via Varejo passou de R$ 21 para R$ 24. Além disso, o banco manteve B2W e Magazine Luiza com rating neutro e Lojas Americanas e Via Varejo como Outperform (acima da média).

Para o terceiro trimestre de 2020, o Credit espera resultados fortes para o setor. As vendas online devem cair de forma sequencial, com a retomada das lojas físicas. “No entanto, isso não significa que o cenário não seja favorável, especialmente para as empresas que têm presença física”, afirmou.

Recomendações

A Duratex (DTEX3, R$ 18,69, +7,35%) foi reiniciada como overweight por JPMorgan, com preço-alvo de R$ 23, implicando potencial de alta de 32% em relação ao último fechamento.

Segundo os analistas, a combinação de taxas de juros baixas históricas e um grande déficit habitacional no Brasil deve apoiar a recuperação da atividade.

Já a Cogna Educacao (COGN3, R$ 5,31, -1,67%) foi rebaixada de neutra a underweight pelo JPMorgan. O preço-alvo de R$ 5, uma redução frente o preço-alvo anterior de R$ 6, implica potencial de baixa de 7,4% em relação ao último fechamento.

“Nós nos tornamos mais cautelosos em meio a: (1) perspectivas difíceis para o segmento presencial, que ainda representa 41% das receitas esperadas para 2020 da Cogna e deve continuar a apresentar desempenho inferior ao de seus pares durante o segundo semestre em um ambiente difícil; (2) pouca visibilidade sobre a iniciativa de reestruturação anunciada pela empresa e o poder de lucro resultante; (3) alta alavancagem, que deve atingir níveis próximos aos níveis de covenants até o final do ano; (4) o valuation esticado”, avaliam os analistas.

Minerva (BEEF3, R$ 11,35, +0,89%)

O frigorífico Minerva anunciou nesta segunda-feira a aprovação de programa de recompra de ações, segundo comunicado enviado ao mercado.

A companhia afirmou que o programa terá 18 meses e envolverá até 20 milhões de ações ou 3,6% do total dos papéis emitidos pela companhia. Incluindo as ações já em tesouraria, o percentual sobe para até 10%.

(com Reuters, Agência Estado e Bloomberg)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.