Ação da Gol sobe após compra da MAP, B3 vira e fecha em alta; Vale avança 2% com minério e shoppings caem

Confira os destaques da Bolsa na sessão desta quarta-feira (9)

Lara Rizério

(Shutterstock)

SÃO PAULO – O destaque de alta do Ibovespa na sessão desta quarta-feira (9) no início da sessão ficou para a Gol (GOLL4, R$ 27,45, +0,92%), com ganhos de mais de 5%. Contudo, os ganhos foram amenizados e as ações fecharam com alta de menos de 1%.

A companhia anunciou na noite de terça a aquisição da MAP Transportes Aéreos, aérea doméstica com rotas regionais e do Aeroporto de Congonhas em São Paulo, por R$ 28 milhões em dinheiro e ações.

Também com ganhos, estiveram os ativos da Eletrobras (ELET3, R$ 45,22, -0,02%; ELET6, R$ 44,79, +0,11%), com os investidores acompanhando o noticiário sobre a votação da Medida Provisória sobre a capitalização da companhia no Senado.

Entre as viradas do Ibovespa, ficaram os ativos de bancos, que passaram de baixa para ganhos durante a tarde, mas voltaram a perder força. O destaque ficou para as ações do Itaú (ITUB4, R$ 33,26, +1,37%), que fecharam no positivo, enquanto o Bradesco (BBDC3, R$ 23,97, -1,40%; BBDC4, R$ 28,10, -0,50%) recuou.

O dia foi de alta também para as ações de commodities: Vale (VALE3, R$ 112,20, +2,07%) subiu em meio ao avanço dos futuros do minério de ferro nesta quarta-feira, com o contrato de referência na bolsa chinesa de Dalian chegando a subir 5,4% após três dias de baixa.

Do outro lado, a B3 (B3SA3, R$ 16,40, +0,43%) virou para alta durante o pregão, após a queda de 5,55% na véspera. Ontem, a fintech Mark 2 Market recebeu a autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para se tornar depositária de Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), abrindo caminho para uma abertura do mercado de custódia e liquidação de títulos, hoje um monopólio concentrado na B3, por meio da CETIP (Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos).

Conforme destaca o jornal O Globo, a autorização da Comissão levou três anos e meio para ser concedida e era o passo que faltava para a Mark 2 Market concluir uma captação. A empresa levantou R$ 10,8 milhões em uma rodada liderada pela gestora KPTL, e que contou com a participação de Mantiqueira, Tridon e de Flávio Jansen, co-fundador do Submarino e ex-conselheiro da CETIP (Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos).

Contudo, na avaliação do Bradesco BBI, as notícias de concorrência já estão precificadas no papel, reiterando assim recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para os ativos B3SA3.

Por outro lado, em meio ao dado acima do esperado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio (com alta de 0,83% na base mensal ante expectativa de avanço de 0,71%), as ações de shoppings, construtoras como Iguatemi (IGTA3, R$ 43,22, -3,78%), Multiplan (MULT3, R$ 26,42, -2,80%), Cyrela (CYRE3, R$ 25,57, -2,33%) e EzTec (EZTC3, R$ 33,99, -0,99%) registraram baixa, com os investidores repercutindo possíveis sinais de um aperto monetário maior ou mais prolongado do Banco Central, que terá reunião de política monetária semana que vem.

Confira os destaques:

Gol (GOLL4, R$ 27,45, +0,92%)

Em meio às notícias da Azul (AZUL4) em busca de comprar as operações da Latam Brasil, a Gol Linhas Aéreas  anunciou na noite de terça a aquisição da MAP Transportes Aéreos, aérea doméstica com rotas regionais e do Aeroporto de Congonhas em São Paulo, por R$ 28 milhões em dinheiro e ações.

Segundo a empresa aérea, o pagamento será composto por 100.000 ações GOLL4 a R$ 28/ação e R$ 25 milhões em dinheiro a serem pagos em 24 parcelas mensais, após cumpridas todas as condições precedentes.

O Bradesco BBI ressalta que, com a aquisição, a Gol fortalece sua posição no mercado de aviação regional.  A Gol espera três benefícios principais com a operação: 1) expansão de sua malha aérea, 2) substituição dos sete ATRs por B737-700s e aumento da capacidade nas rotas regionais e 3) ganho de escala no aeroporto de Congonhas.

“A notícia é positiva para a Gol, pois a empresa também está ajudando a consolidar o mercado brasileiro de aviação civil e, consequentemente, melhorando a rentabilidade”, apontam Victor Mizusaki e Pedro Fontana, analistas do BBI. De acordo com as estimativas dos analistas, o preço de aquisição, de R$ 128 milhões do valor de mercado mais dívidas (EV) terá um impacto menor de 0,6% na dívida líquida da Gol, que fechou o primeiro trimestre a R$ 17,9 bilhões, que é ajustada pelo desembolso de caixa de R$ 744 milhões para concluir a deslistagem da Smiles e entrada de caixa de R$ 512 milhões referente ao aumento de capital.

Já o Credit Suisse destaca que a Gol acrescentou em seu anúncio que considera a aquisição do MAP o único movimento racional de fusão e aquisição a ser feito neste ponto no segmento de aviação civil brasileira, e agora terá como foco o crescimento orgânico. O Credit possui recomendação neutra para as ações GOLL4, com preço-alvo de R$ 19, o que representa um valor 30% menor do que o fechamento de terça-feira, de R$ 27,20. Já o BBI, também com recomendação neutra, tem preço-alvo de R$ 24 por ativo, ou 11,75% menor frente o fechamento da véspera.

Ainda no radar do setor, o Bradesco BBI classificou como negativa para as aéreas brasileiras a notícia de que o governo dos Estados Unidos flexibilizou as recomendações de viagens para turistas de 61 países, mas não para o Brasil, que permanece sob os níveis mais restritivos. O banco diz que as restrições devem continuar a atrasar a recuperação do mercado internacional.

Vale (VALE3, R$ 112,20, +2,07%)

A Vale informou que liquidará antecipadamente passivo de cerca de US$ 2,5 bilhões referente ao project finance do Corredor Logístico de Nacala (CLN), que atende a um projeto de carvão em Moçambique.

Com a liquidação, prevista para 22 de junho, a companhia disse que terá cumprido todas as condicionantes para a conclusão da compra da participação da Mitsui 8031.T na mina de carvão de Moatize e no CLN. O pagamento era necessário uma vez que as condições do project finance não permitiam que a Mitsui vendesse sua participação, segundo explicou a assessoria de imprensa.

A Vale havia publicado em janeiro a assinatura de acordo com a Mitsui para a compra dos ativos, quando também informou sua intenção de desinvestir do negócio no futuro.

“Com a simplificação da governança e da gestão dos ativos, a Vale dá continuidade ao processo de desinvestimento responsável da sua participação no negócio de carvão, pautado na preservação da continuidade operacional da mina de Moatize e do CLN”, afirmou a Vale no comunicado desta terça-feira.

A XP reiterou perspectiva positiva para a Vale, uma vez que o acordo representa mais um passo para o desinvestimento responsável da Vale no negócio de carvão, com a simplificação da governança e gestão dos ativos. “Temos a recomendação de Compra para Vale com preço-alvo de R$ 122 por ação”, apontam os analistas.

Ainda no radar da Vale, os futuros do minério de ferro avançaram nesta quarta-feira, com o contrato de referência na bolsa chinesa de Dalian chegando a subir 5,4% após três dias de baixa, à medida que preocupações com a oferta impulsionaram as cotações do material usado na fabricação do aço. O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian DCIOcv1, para entrega em setembro, encerrou o pregão diurno com alta de 4%, a 1.175 iuanes (US$ 183,78) por tonelada, após chegar a saltar mais cedo para 1.191,50 iuanes.

O contrato para julho na bolsa de Cingapura SZZFN1 subia mais de 2%, para cerca de US$ 205 por tonelada. O minério de ferro fechou com ganhos mesmo após nova promessa do órgão de planejamento da China de ampliar o monitoramento dos preços das commodities e a fiscalização do mercado.

As preocupações com a oferta de minério de ferro na China também impulsionaram os preços spot, com o minério teor de 62% avançando para US$ 209 por tonelada na terça-feira, maior nível desde 19 de maio, segundo dados da consultoria SteelHome.

JBS (JBSS3, R$ 29,52, +0,96%)

A companhia de alimentos JBS anunciou na véspera que emitiu e precificou uma oferta de US$ 1 bilhão no mercado internacional em títulos ligados à sustentabilidade, que estão atrelados ao compromisso de redução de emissões de gases de efeito estufa pela empresa.

Segundo comunicado ao mercado, as chamadas “Sustainability-Linked Unsecured Senior Notes” foram emitidas pelo valor de face de US$ 98,913, com yield de 3,75% ao ano, cupom de 3,625% ao ano e vencimento em 2032. A emissão foi realizada no mesmo dia em que a agência Fitch Ratings elevou a classificação de risco da companhia brasileira de carnes para grau de investimento.

BRF (BRFS3, R$ 27,46, -1,26%)

Os produtores de frango integrados à BRF localizada em Lucas do Rio Verde (MT) decidiram em assembleia paralisar os alojamentos de pintainhos para engorda e abates a partir da próxima segunda-feira, em meio a reivindicações por reajustes de preços devido ao aumento de custos, conforme associação local.

Com aumento nas despesas operacionais das granjas, como combustíveis e energia elétrica, os integrados solicitam elevação de 10% a 12% no preço pago pelo animal.

CSN (CSNA3, R$ 44,78, +2,24%)

A CSN confirmou nesta quarta-feira que existem tratativas a respeito de eventual aquisição da Elizabeth Cimento, pertencente ao fundo Farallon, mas ponderou que até o momento, não há documento vinculante acerca de tal aquisição.

Mais cedo, o jornal Valor Econômico tinha informado que  o empresário Benjamin Steinbruch, principal acionista e presidente da Companhia Siderúrgica Nacional estaria em negociações avançadas para compra da Elizabeth Cimento, que tem fábrica no Estado da Paraíba. A cimenteira pertence ao fundo Farallon, que recebeu o ativo como pagamento de dívidas da família Crispin, dona da Cerâmica Elizabeth.

O valor do negócio pode variar de US$ 200 milhões a US$ 250 milhões – pelo tamanho da unidade fabril, qualidade do ativo, mercado na região Nordeste e grau de concorrência, de acordo com fontes ouvidas pelo jornal. Uma fábrica nova, de 1 milhão de toneladas de capacidade, custa pelo menos US$ 230 milhões.

BTG Pactual (BPAC11, R$ 121,46, -1,65%)

O BTG Pactual fixou o preço de sua oferta primária de units a R$ 122,01 cada na terça-feira, levantando R$ 2,98 bilhões, de acordo com fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Foi o segundo follow-on do banco neste ano e o BTG planeja usar os recursos para impulsionar o crescimento do banco de varejo. O preço representa um desconto de 1,2% em relação à cotação de fechamento da véspera.

BTG Pactual, Bradesco BBI, Itaú BBA, Santander Brasil e UBS BB coordenaram a oferta com esforços restritos, que compreendeu a distribuição de 24,402 milhões de units, incluindo lote adicional.

PetroRio (PRIO3, R$ 19,00, -1,66%)

A produção de barris de petróleo da PetroRio teve queda de 4,88% em maio frente abril, totalizando produziu 30.013 barris no mês passado. A companhia destacou que “a produção do Campo de Frade no mês de maio foi impactada por uma parada programa da para manutenção no FPSO Frade, finalizada em 7 de maio”.

Dommo Energia (DMMO3, R$ 0,98, 0,00%)

A Dommo Energia informou que a sua produção de petróleo do Campo de Tubarão Martelo (TBMT) subiu 3,43% em maio na comparação com abril, totalizando 44.201 barris.

“Conforme informado pelo operador do TBMT, desde fevereiro, a produção está sendo impactada pela parada na produção do poço TBMT-8H, por falha da bomba centrífuga submersa (BCS), que estava em operação desde o início da produção do Campo, causando redução da produção em cerca de 1,4 kbbld. A sonda Kingmaker foi mobilizada para a realização de workover na bomba, com conclusão prevista para meados de junho”, apontou.

Petrobras (PETR3, R$ 29,51, +0,34%; PETR4, R$ 28,66, 0,00%)

A Petrobras informou que uma oferta lançada por sua subsidiária Petrobras Global Finance para recompra de títulos emitidos no mercado internacional atraiu investidores com volume de principal superior a US$ 2 bilhões.

A companhia havia se disposto a adquirir títulos até um montante total de US$ 2,5 bilhões e a demanda superou esse limite, o que fez com que o volume ofertado para alguns títulos não fosse aceito, disse a estatal em comunicado na noite de terça-feira.

“O volume de principal validamente entregue pelos investidores, excluindo juros capitalizados e não pagos, foi de 2,115 bilhões de dólares. Adicionalmente, há um montante equivalente a 21,365 milhões ainda sujeito à validação de acordo com os termos da operação”, afirmou.

O pagamento aos investidores que tiveram títulos entregues e aceitos para recompra ocorrerá em 11 de junho.

A Petrobras realizou no início deste mês a emissão de uma nova série de títulos no mercado internacional, com vencimento em 2051 e volume total de US$ 1,5 bilhão, sendo que parte dos recursos serão utilizados para bancar a oferta de recompra.

Ainda no radar da companhia, a Petrobras teve aval do órgão brasileiro de defesa da concorrência para a operação de venda de sua refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, ao Mubadala Investment Company, fundo soberano do governo de Abu Dhabi. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a transação sem restrições, segundo publicação no Diário Oficial da União desta quarta-feira.

A Petrobras anunciou no final de março que fechou negócio de US$ 1,65 bilhão junto ao Mubadala pela RLAM, a primeira de oito refinarias colocadas no mercado pela estatal a ter seu contrato de venda assinado. A operação chegou a ser questionada no Tribunal de Contas da União (TCU) por acusações de que a operação teria sido fechada por valores abaixo de mercado, mas o tribunal julgou improcedente uma denúncia nesse sentido.

(ELET3, R$ 45,22, -0,02%; ELET6, R$ 44,79, +0,11%)

O relator da medida provisória de privatização da Eletrobras no Senado, Marcos Rogério (DEM-RO), afirmou em entrevista coletiva na terça após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que se comprometeu com o governo federal a apresentar seu parecer ainda nesta semana, acrescentando que espera votá-lo no máximo até o início da próxima.

O cronograma mencionado pelo senador acompanha as expectativas do governo, que deseja ver a operação de capitalização da elétrica estatal aprovada antes do vencimento da MP, em 22 de junho. Marcos Rogério disse ainda que está ouvindo sugestões, mas que a ideia é trabalhar com o texto aprovado pela Câmara dos Deputados sem grandes alterações.
Em evento transmitido on-line pelo Bradesco BBI, o secretário de Desestatização do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, disse que governo está alinhado à proposta de privatização. “Uma primeira versão do substituto (à MP) tinha problemas graves. Todos eles, sem exceção, foram superados”, afirmou.

Mas petroleiras com atuação no Brasil acreditam que a contratação compulsória de térmicas pelo governo, nas regras do atual texto MP, ameaça a ampliação e o estímulo ao uso do gás nacional e pode gerar perdas ao país de R$ 600 milhões por ano em royalties.

“Se o ponto for estimular o consumo de gás nacional, essas térmicas não vão fazer isso”, disse à agência internacional de notícias Reuters a nova diretora de gás natural do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo), que representa as petroleiras no país, Sylvie D’Apote.

Banco do Brasil (BBAS3, R$ 35,60, -1,93%)

A Fitch reafirmou na terça-feira o rating BB- da Caixa Econômica Federal, com perspectiva negativa. Em comunicado, a agência de classificação de risco afirmou que a nota de crédito da instituição financeira é apoiada pelo rating soberano do Brasil.

“Na opinião da Fitch, há uma alta propensão do governo em fornecer suporte em caso de necessidade, dada a propriedade do governo federal do banco, seu papel fundamental na implementação das políticas econômicas do governo e a importância sistêmica do banco”, ressaltou a agência.

Segundo a Fitch, a perspectiva negativa reflete a posição financeira potencialmente “mais fraca” do Brasil, o que poderia prejudicar a capacidade do governo federal de fornecer apoio à Caixa. No dia 27 de maio, a Fitch também reafirmou o rating soberano BB- do Brasil, com perspectiva negativa.

Iochpe Maxion (MYPK3, R$ 16,98, -0,76%) e Tupy (TUPY3, R$ 25,00, +1,13%)

O Bradesco BBI comentou os dados sobre produção de veículos da Anfavea (Associação Brasileira de Fabricantes de Carros), que informou a produção de 192,8 mil unidades em maio de 2021, frente a 43 mil no mesmo período de 2020. Na comparação mensal, a produção de caminhões ficou estável, enquanto que a de veículos leves caiu 4% e a de ônibus caiu 16%.

A Anfavea afirma esperar que a escassez de semicondutores seja normalizada no início de 2022. Na avaliação do banco, a escassez, combinada a paradas na produção de GM, Nissan e Volkswagen, deve reduzir em um corte de 7% na produção de veículos leves, para 2,1 milhão de carros em 2021, frente à previsão de 2,3 milhões.

O Bradesco BBI mantém recomendação outperform (expectativa de valorização acima da média do mercado) e preferência no setor latinoamericano de bens de capital para Iochpe, com preço-alvo de R$ 21; e para a Tupy, com preço-alvo de R$ 34.

Modalmais (MODL11, R$ 17,18, -0,98%)

O Itaú BBA iniciou a cobertura da Modalmais, com avaliação outperform e preço-alvo para 2021 de R$ 27 para os papéis MODL11, ante o fechamento na terça por R$ 17,35, ou alta de 55,62%.

O banco afirma que a Modalmais é uma plataforma de investimentos lucrativa, com 1,3 milhão de clientes, com crescido rápido, exposta à tendência de aprofundamento do mercado financeiro brasileiro.

O banco afirma que os brasileiros têm investido cada vez mais, e que a Modalmais construiu um ecossistema sofisticado para monetizar essa tendência, com uma margem líquida de 19% no primeiro trimestre de 2021.

Cosan (CSAN3, R$ 24,82, -0,48%), BR Distribuidora (BRDT3, R$ 27,64, -1,11%) e Ultrapar (UGPA3, R$ 20,60, -2,65%)

O Bradesco BBI comentou os volumes de combustíveis medidos para a semana encerrada em 6 de junho, com alta de 10% na comparação anual, e de 1,4% na comparação semanal, apesar do feriado. A Raízen, joint venture entre Cosan e Shell, continua a ter desempenho superior ao da concorrência, com alta de 18% nos volumes na comparação anual, para a semana encerrada em 6 de junho. Os volumes da BR Distribuidora subiram 8%, e os da Ipiranga, empresa da Ultrapar, 6%, na mesma comparação. Os de postos sem marcas subiram 11%.

Em média, os preços da gasolina caíram R$ 0,01 por litro em relação à semana anterior, encerrada em 30 de maio. O prêmio frente ao ajuste das refinarias caiu de R$ 0,015 por litro em 30 de maio para R$ 0,14 por litro.

BKBR (BKBR3, R$ 11,49, -0,86%), Arcos Dourados (NYSE: ARCO), Alsea (BMV: ALSEA)

O Morgan Stanley afirma que o mês de maio teve principalmente tendências positivas para o setor de restaurantes da América Latina, com os níveis de mobilidade próximos àqueles em que as empresas recuperadas se aproximam de níveis pré-Covid. O México está à frente nesse processo de recuperação, com resultados positivos em refeições casuais.

A mobilidade no Brasil esteve 23% menor em maio, frente à queda de 32% em abril e de 45% em março. O nível é similar àquele de outubro de 2020, quando a venda das empresas recuperadas se aproximou dos níveis anteriores à pandemia, impulsionados por drive-thrus e entregas. O banco diz esperar que o avanço da vacinação e a queda do uso de leitos de UTI continuem a impulsionar a mobilidade no país, mas diz não descartar uma nova onda de Covid.

O banco diz esperar que a Arcos Dourados, dona do McDonald’s no Brasil, e a BKBR, dona do Burger King no Brasil, comecem a apresentar resultados significativamente melhores, em especial no caso da Arco, que é menos exposta a shoppings, com mais pontos de entrega. BKBR e Alsea são as top picks do Morgan Stanley para o setor na América Latina.

Carrefour Brasil (CRFB3, R$ 22,85, +0,04%)

O Carrefour Brasil comunicou nesta quarta-feira que está avançando nas tratativas com autoridades e associações civis para a celebração de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) envolvendo R$ 120 milhões relacionado à morte de um cliente negro em uma loja da rede no Rio Grande do Sul, no ano passado.

João Alberto Silveira Freitas foi espancado até a morte em novembro por seguranças que atuavam em uma loja Carrefour localizada no bairro de Passo D’Areia, em Porto Alegre. De acordo com o varejista, os recursos, que serão desembolsados ao longo dos próximos anos, já estão majoritariamente provisionados pela companhia.

Arezzo (ARZZ3, R$ 88,36, +0,87%)

A XP iniciou cobertura para a Arezzo com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 110,0 por ação para o fim de 2021.

“Nós temos uma visão construtiva uma vez que (i) ela é uma empresa de alta qualidade com perspectivas sólidas de crescimento orgânico além de contar com diversas opcionalidades de crescimento (com a entrada em infantil, chinelos e vestuário feminino); (ii) ela está bem posicionada para se beneficiar da retomada/recuperação econômica dado que acreditamos que a categoria de calçados foi duramente despriorizada em 2020, principalmente no que diz respeito a sapatos sociais/casuais (foco da Arezzo); e (iii) o papel está negociando 25,2 vezes a relação preço sobre lucro (P/L) esperada para 2022, o que é um desconto de 20% versus a média de 3 anos e um desconto e 8% aos pares”, avaliam.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.