Ações da Eletrobras fecham em direções distintas às vésperas de votação da MP; Viver salta 30% após pedido para sair de recuperação judicial

Confira os destaques da B3 na sessão desta terça-feira (15)

Lara Rizério

(Eletrobras)

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SÃO PAULO – A sessão teve como destaque a alta das ações da PetroRio (PRIO3, R$ 20,08, +3,61%), que na véspera teve a sua recomendação colocada como equalweight (exposição em linha com a média do mercado) pelo Morgan Stanley. Ontem, as ações caíram 1,6%. Enquanto isso, fora do Ibovespa, a PetroReconcavo (RECV3, R$ 18,01, +4,10%) registrou alta de cerca de 4% após ter a sua cobertura iniciada com recomendação equivalente à compra pelo Itaú BBA.

Já os papéis da Eletrobras (ELET3, R$ 44,63, -1,52%;ELET6, R$ 45,00, +1,01%) fecharam com movimentos mistos, ainda acumulando ganhos expressivos de cerca de 30% no ano, em meio a momentos decisivos sobre a MP da privatização da companhia. Em reportagem, o jornal O Estado de S. Paulo destaca que a iminência da publicação de medida provisória que abre caminho para o racionamento de energia, com o agravamento da crise hídrica, pode prejudicar o clima de votações da proposta que permite privatizar a Eletrobras.

Segundo a publicação, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), tem manifestado incômodo com a intenção do governo de restringir o reservatório da hidrelétrica de Furnas, no sul de Minas Gerais, e priorizar o uso da água para energia.

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Pacheco decidiu pautar para a próxima quarta-feira a MP que abre caminho para a privatização da Eletrobras, mesmo sem acordo para aprovação. Na semana passada, líderes do Senado aumentaram a reação à MP e ameaçaram derrubar a proposta, pedindo até que o texto não fosse pautado. Na avaliação da Consultoria Legislativa do Senado, a MP é inconstitucional.

O texto precisa do aval do Congresso até o dia 22 ou perderá validade. A aposta do governo federal é que a MP seja aprovada no Senado com alterações para que a Câmara faça nova votação na próxima semana. A expectativa também fica pela apresentação do parecer do relator da MP no Senado, Marcos Rogério (DEM-RO), que deve acontecer na próxima quarta.

Fora do índice, quem teve destaque entre as altas foi a Viver (VIVR3, R$ 2,82, +29,36%), com ganhos que chegaram a 46,79% na máxima do dia após pedir para sair da recuperação judicial após um processo de cinco anos.

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As ações da Vale (VALE3, R$ 111,50, -1,95%) fecharam em queda de quase 2%, principal peso negativo no Ibovespa, apesar da alta dos preços do minério de ferro na China, com o setor de mineração e siderurgia como um todo no vermelho nesta sessão. Desde as máximas históricas no começo maio, os papéis da Vale acumulam declínio de mais de 7%. Em 2021, porém, ainda têm alta de 33,25%.

Já a unit do Banco Inter (BIDI11, R$ 62,35, -2,73%) fechou em queda. O conselho de administração do banco digital aprovou oferta primária de units com esforços restritos da ordem de R$ 5,5 bilhões, com o preço por unit fixado em R$ 57,84. A divulgação do volume final da oferta está previsto para 24 de junho.

B3 ([ativo=B3SA3, R$ 16,67, +2,14%) subiu 2,14%, no terceiro dia seguido de recuperação. O papel fechou na mínima em cerca de um ano na última quinta-feira, em meio a ruídos envolvendo um eventual novo competidor, bem como alguma acomodação nos volumes de negociação de ações. Diversas casas reiteraram, contudo, recomendação “outperform” ou “compra”, como BTG Pactual, Citi, Safra e Bradesco BBI.

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Confira mais destaques:

Petrobras ([ativo=PETR3], R$ 29,47, +0,72%; PETR4, R$ 29,03, +0,97%)

Petrobras informou a conclusão da venda da sua participação de 50% no campo terrestre de Dó-Ré-Mi, localizado na Bacia de Sergipe-Alagoas, para a Centro-Oeste Óleo e Gás por um valor de US$ 37,6 mil.

Viver (VIVR3, R$ 2,82, +29,36%)

A construtora Viver informou na segunda que pediu na justiça o encerramento de sua recuperação judicial, quase cinco anos após início do processo. Segundo a companhia, após ter recebido cinco capitalizações desde 2018, com a conversão de dívidas em capital e o pagamento de credores, 98% de sua dívida habilitada foi quitada. Além disso, valores remanescentes e outros créditos ilíquidos anteriores ao pedido da recuperação judicial seguem sujeitos aos efeitos do plano.

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Além disso, valores remanescentes e outros créditos ilíquidos anteriores ao pedido da recuperação judicial seguem sujeitos aos efeitos do plano.

“A conclusão da recuperação judicial permitirá que a companhia continue a crescer”, disse a Viver no fato relevante.

A empresa pediu recuperação em setembro de 2016, com mais de 930 milhões de reais em dívidas. Aprovado por credores, o plano de recuperação judicial foi homologado em dezembro de 2017.

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GPA (PCAR3, R$ 38,35, -1,89%)

O GPA está considerando se separar de sua unidade colombiana Almacenes Éxito, numa operação que entregaria ações da subsidiária aos acionistas do GPA, incluindo o francês Casino Guichard Perrachon, segundo duas fontes com conhecimento do assunto ouvidas pela Reuters.

Seria uma transação similar ao recente “spin off” da unidade de atacarejo do GPA, Assaí, e faria parte de uma estratégia do grupo francês Casino de simplificar sua estrutura na América Latina e aumentar o valor atribuído às suas empresas na região.

O GPA tem mais de 97% do Éxito, que é listado na Colômbia, com um valor de mercado de cerca de US$ 1,5 bilhão. A empresa tem 515 supermercados na Colômbia e emprega 35 mil pessoas, além de controlar subsidiárias no Uruguai e Argentina.

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O GPA, listado na B3, tem um valor de mercado de US$ 2,13 bilhões, sugerindo que os investidores não estão atribuindo o valor correto à unidade colombiana. O recente spinoff do Assaí do GPA, em março, resultou num aumento imediato de 10% do valor de mercado combinada. O Assaí hoje vale mais que o dobro do que o GPA.

A alternativa ideal para os acionistas, segundo as fontes, seria listar o Éxito na B3, mas os regulamentos da bolsa proíbem a listagem direta de empresas estrangeiras. Agora o GPA e o Casino estão considerando qual seria a melhor alternativa, deixar o Éxito listado na Colômbia e entregar Brazilian Depositary Receipts (BDR) aos acionistas da B3, ou eventualmente acrescentar uma listagem nos Estados Unidos, onde são permitidas empresas estrangeiras, e daí emitir o BDR. Em resposta ao pedido de comentário sobre o assunto, o grupo enviou um comunicado. “O GPA reitera que não há discussão em relação a esse tema. E reafirma seu interesse de investimento de longo prazo na Colômbia.”

Na avaliação de Luís Sales, analista da Guide Investimentos, a operação deve destravar valor para os acionistas do GPA, cujo valor de mercado atual representa uma subavaliação do valor atribuído à unidade colombiana.

BR Properties (BRPR3, R$ 9,73, +0,41%)

A BR Properties comunicou a venda do Galpão Tucano, localizado na cidade Jarinu, no interior de São Paulo, por um valor de R$ 94 milhões. O empreendimento tem 31,7 mil metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL).

Itaúsa (ITSA4, R$ 11,82, +0,25%)

A Itaúsa informou que a BlackRock diminuiu sua fatia acionária na empresa para 4,98%, passando a deter 275 milhões de ações PN da holding.

Hapvida (HAPV3, R$ 15,13, +0,07%)

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) informou na segunda que notificou as operadoras de planos de saúde Hapvida e Prevent Senior, pelo uso de cloroquina e outros medicamentos contra Covid-19. De acordo com a entidade, as operadoras contrariam recomendações de órgãos nacionais e internacionais e pressionam médicos a aplicarem o chamado tratamento precoce, colocando em risco a saúde e a segurança das pessoas. Ainda de acordo com o Idec, há indícios de que a Hapvida tem pressionado médicos a prescreverem esses produtos em pelo menos quatro Estados: Goiás, Pernambuco, Pará e Ceará.

Copel (CPLE6, R$ 6,36, -0,63%)

A elétrica paranaense Copel informou na segunda-feira que entrou em operação comercial no último sábado a primeira unidade geradora da pequena hidrelétrica (PCH) Bela Vista, com capacidade instalada de 9,8 megawatts (MW), em antecipação frente ao calendário previsto pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Quando suas três unidades geradoras estiverem operando, a PCH Bela Vista terá capacidade instalada de 29,8 MW, disse a empresa, cuja unidade Copel GeT detém 100% do ativo.

Sanepar (SAPR11, R$ 21,20, -0,14%)

A empresa paranaense de saneamento Sanepar anunciou na segunda a prorrogação por 90 dias do tarifa social para clientes cadastrados, dentro das medidas tomadas para minimizar os impactos causados pela pandemia da Covid-19. A medida vale a partir de 18 de junho.

Vale (VALE3, R$ 111,50, -1,95%)

Um sindicato que representa os trabalhadores da mina de níquel da Vale em Sudbury, Canadá, recomendou que seus membros em greve rejeitem a última oferta da empresa brasileira, dizendo que ela oferecia “melhorias mínimas”. Os 2.500 trabalhadores da mina cruzaram os braços em 1º de junho, reclamando dos planos de cortes de benefícios médicos e de saúde para aposentados, bem como aumentos salariais mínimos.

A mineradora informou ainda a primeira produção de minério no projeto de expansão da mina de Voisey’s Bay, no Canadá, onde estão um dos maiores depósitos de níquel do mundo. Voisey’s Bay produz níquel a partir de uma operação a céu aberto desde 2005, e a transição para lavra subterrânea envolve o desenvolvimento de duas minas –Reid Brook e Eastern Deeps–, estendendo a vida útil das operações da Vale em Labrador, ressaltou a companhia.

A Vale destacou que a produção de níquel, cobre e cobalto ajudará a atender a demanda futura dos clientes dos setores de veículos elétricos e energia limpa, à medida que a indústria busca reduzir as emissões de gases de efeito estufa e apegada de carbono. Metais como níquel são utilizados para a produção de baterias.

Vale, Usiminas (USIM5, R$ 18,61, -0,48%), CSN (CSNA3, R$ 44,50, -1,37%), Gerdau (GGBR4, R$ 31,76, -1,06%) e CSN Mineração (CMIN3, R$ 9,67, -0,31%)

O Credit Suisse atualizou suas previsões de 2021 para o setor de aço. Os analistas Caio Ribeiro e Gabriel Galvão, que assinam o relatório, veem que a demanda de aço continua forte no Brasil, com prazos de entrega próximos a quatro meses, versus o nível normalizado de dois a dois meses e meio. Enquanto isso, as taxas de utilização das siderúrgicas estão variando entre 80% e 85% e os estoques em toda a cadeia ainda estão abaixo do normal.

Na avaliação dos analistas, as rodadas adicionais de aumentos de preços no trimestre, em conjunto com uma demanda robusta, devem compensar as pressões de custo e continuar suportando crescimento nos lucros, levando à expansão de margem. Ribeiro e Galvão ressaltam ainda que os prêmios de paridade de importação no Brasil estão cada vez mais esticados, acima de 15% para aços planos (mais usado na indústria) e longos (mais usado na construção civil), versus nível normalizado entre 5% e 10%, o que reduz significativamente a probabilidade de mais aumentos de preços.

Contudo, a volatilidade do câmbio e a baixa disponibilidade de volumes de aço no mercado à vista internacional devem limitar a penetração das importações. Assim, avaliam os analistas, o momentum de alta dos lucros pode durar pelo menos até o quarto trimestre.

Olhando para as ações do setor, baseado em uma análise que leva em conta o valuation atrativo em termos de múltiplo e um sólido FCF yield médio (geração de caixa em relação ao valor de mercado), Ribeiro e Galvão apontam a CSN (CSNA3) como a ação preferida, seguida pela Ternium (negociada na Bolsa de Nova York) e Usiminas (USIM5).

Os analistas possuem recomendação neutra para a Gerdau (GGBR4), mais exposta a aços longos. De acordo com eles, diferentemente de 2020, acreditam que em 2021 a demanda de aços planos vai ter um desempenho superior frente os  longos e a companhia acompanha menos o momentum positivo do minério de ferro. Isso porque a Gerdau vende bastante
menos minério de ferro para terceiros do que seus pares no Brasil e deve perder o vento favorável de maiores preços da commodity.

A recomendação é outperform (desempenho acima da média do mercado) para a CSN, com o preço-alvo sendo mantido em R$ 58,50 (ou potencial de alta de 28,55% em relação ao fechamento da véspera), destacando que a geração de fluxo de caixa livre permanece robusta, o que deve reduzir a alavancagem para níveis mais. Isso também abre espaço para a CSN aumentar o pagamento de dividendos. Para os analistas, um dividend yield, ou relação entre o dividendo e o preço da ação, de dois dígitos entre 2022 e 2025 ainda parece alcançável.

Os analistas possuem recomendação outperform e preço-alvo também para a Usiminas, com o preço-alvo sendo elevado de R$ 23,50 para R$ 25,50 (ou upside de 36%). “No geral, acreditamos que a Usiminas é um instrumento sólido de investimento para capturar os ventos favoráveis ​​dos preços mais altos do minério de ferro e o forte ambiente de preços e demanda por aço”, avaliam.

O Credit Suisse atualizou seu modelo para a CSN Mineração, incorporando os resultados do primeiro trimestre e os preços do minério de ferro MTM no segundo trimestre, elevados de US$ 170 por tonelada para US$ 195 por tonelada, levando o preço-alvo para 2021 de US$ 150 para US$ 155. Como resultado, o Credit manteve a avaliação outperform sobre o nome, e manteve o preço-alvo em R$ 11,50. O banco diz acreditar que os preços do minério se manterão fortes, como resultado da demanda chinesa por aço e estabilidade no suprimento. O banco estima que o fluxo livre de caixa ficará em 19%. E que o rendimento seja de 14%.

Já as top picks (ações favoritas) do Bradesco BBI para o setor na América Latina são Vale, Usiminas e CSN Mineração, todas com avaliação outperform (perspectiva de valorização acima da média do mercado). No caso da Vale, o BBI mantém preço-alvo de US$ 25 para os papéis VALE; para a CSN Mineração, R$ 14. Para a Usiminas, o preço-alvo é de R$ 32, frente a R$ 19,65 de segunda.

O Bradesco BBI ainda destacou que os preços do minério de ferro 62% chegaram a US$ 222 por tonelada na China na última segunda-feira. Um acidente de mineração na província chinesa de Shanxi, em que a entrada de água prendeu 13 trabalhadores em uma mina subterrânea de minério de ferro na província de Shanxi, impulsiona os preços, afirma o banco. O acidente fez com que todas as minas subterrâneas parassem a produção para passar por inspeções de segurança. A província produziu em 2020 cerca de 8% do minério de ferro da China.

BRF (BRFS3, R$ 30,07, +2,77%), M Dias Branco ([ativo=MDIAS3], R$ 30,76, +0,62%), JBS (JBSS3, R$ 28,97, -1,80%) e Marfrig (MRFG3, R$ 19,48, +2,20%)

O Bradesco BBI comentou a notícia de que o governo dos Estados Unidos está considerando apoiar as petroleiras do país, reduzindo a taxa de mistura obrigatória de biocombustíveis, que no país são principalmente etanol e biodiesel produzido a partir de óleo de soja.

O banco avalia que a redução poderia afetar negativamente a demanda por etanol e biodiesel e, consequentemente, por óleo de soja e de milho. De acordo com o Bradesco BBI, 40% da demanda de grãos dos Estados Unidos vem da indústria de biocombustíveis do país, que responde por 10% da demanda global por grãos.

Caso se materialize, o banco diz avaliar que a redução seria positiva para a BRF, para a qual mantém recomendação neutra e preço-alvo de R$ 32, o que também beneficiaria Marfrig, com avaliação outperform e preço-alvo de R$ 25, e JBS, com avaliação outperform e preço-alvo de R$ 38. Isso porque este cenário poderia levar a preços mais baixos do que o mercado espera para milho e soja, beneficiando frigoríficos. De acordo com o BBI, o milho responde por dois terços da alimentação dos animais, e a soja, por um terço. Os custos com alimentação são 30% dos custos totais da BRF, e 12% daqueles da JBS.

O banco também destaca que há uma correlação historicamente alta entre os preços do milho e do trigo, já que ambos podem ser usados como carboidratos na composição da alimentação na indústria animal. O cenário de queda nos preços dos grãos pode levar a custos menores do que o esperado para a fabricante de macarrão e biscoitos M.Dias Branco, que avalia como outperform, com preço-alvo de R$ 34.

Banco Inter (BIDI11, R$ 62,35, -2,73%)

O conselho de administração do Banco Inter aprovou oferta primária de units com esforços restritos da ordem de R$ 5,5 bilhões. Cada unit é formada por 1 ação ordinária e 2 ações preferenciais de emissão do Inter. O preço por unit foi fixado no valor de R$ 57,84 e o preço por ação foi fixado no valor de R$ 19,28.

Com base no preço fixado por unit, o montante total da oferta, incluindo o lote adicional, pode alcançar R$ 5,5 bilhões. A divulgação do volume final da oferta está previsto para 24 de junho.

Pague Menos (PGMN3, R$ 12,79, +2,48%), Dimed (PNVL3, R$ 20,88, +1,36%)

O Itaú BBA atualizou suas previsões para o setor de farmácias no Brasil. O banco diz que a Pague Menos é sua escolha favorita para o setor, devido a um múltiplo de preços sobre o lucro (P/E) atrativo, de 27,3 vezes, e integração da Extrafarma, que pode acelerar a taxa de crescimento anual composta (CAGR) dos rendimentos por ação, que o banco estima de 30% para o período entre 2022 e 2025. O banco mantém recomendação outperform para a Pague Menos, com  preço-alvo em 2022 de R$ 16.

O banco mantém avaliação outperform para a Dimed, mas reduziu suas estimativas para rendimentos por ação em 13% para 2021 e 23% para 2022, devido a mais pressões sobre a lucratividade. O banco acredita que a empresa enfrenta maior concorrência de São João e RD no Sul. O preço-alvo em 2022 é de R$ 27.

PetroReconcavo (RECV3, R$ 18,01, +4,10%)

O Itaú BBA iniciou a cobertura da PetroReconcavo com recomendação outperform e preço-alvo para 2021 de R$ 25, ou potencial de alta de 44% frente o fechamento da véspera. O banco avalia que a empresa oferece uma combinação entre bom histórico e crescimento, com mais de duas décadas de experiência em recuperar campos onshore.

O banco espera que a empresa cresça significativamente nos próximos anos, devido à recuperação de ativos, novas oportunidades em campos, especialmente de gás natural e oportunidades de crescimento inorgânico.

Rumo (RAIL3, R$ 20,50, -1,20%)

O Credit Suisse repercutiu dados da Rumo, que informou na segunda crescimento de 8,5% na receita por quilômetro de frete na comparação anual. A Operação Norte teve crescimento de 10% na comparação anual, e a Operação Sul, de 5%.

Segundo o Credit, para atingir os patamares mais baixos apontados na guidance (conjunto de previsões e planos divulgados pela empresa) para 2021, a Rumo precisa ter nos últimos sete meses de 2021 uma performance 17% superior a de 2020. Até o momento, a performance foi 12% superior. O banco mantém avaliação outperform para a Rumo, com preço-alvo de R$ 25.

Arco (NASDAQ: ARCE)

O Credit Suisse espera que a Arco mostre uma forte recuperação em ACV em 2022. O banco acredita que a recente desaceleração e revisão para baixo da guidance para o valor de contrato anual (ACV, na sigla em inglês) têm relação com o cenário macroeconômico, e que a antecipação do calendário de vacinação contra a Covid em algumas regiões, como o estado de São Paulo, pode impulsionar as vendas. O banco espera que a Arco passe pela pandemia mais forte do que entrou.

O Credit reduziu o preço-alvo da Arco de US$ 55 para US$ 46, frente aos US$ 31,23 negociados na segunda pelos papéis ARCE na Nasdaq. E reduziu a previsão para a receita líquida ajustada em 2021 em 4%, para R$ 307 milhões. O Credit mantém recomendação outperform para a empresa.

Energisa (ENGI11, R$ 48,89, -0,49%)

O Morgan Stanley realizou uma reunião virtual com o CFO da Energisa, Maurício Botelho, e com o diretor de regulação, Fernando Maia. O banco afirma que a Energisa está analisando oportunidades de leilões e fusões e aquisições no setor de transmissão e no de geração. O banco diz que, desde a elevação da avaliação em março de 2021, vê a Energisa como uma das melhores ações do setor.

O banco avalia que, apesar da recuperação de 12% nos preços das ações nos últimos três meses, os papéis ainda acumulam queda de 5% desde o início de 2021. O banco vê a perspectiva de valorização especialmente atrativa para a empresa. O Morgan Stanley mantém avaliação overweight e preço-alvo de R$ 57 para os papéis ENGI11.

Eletrobras (ELET3, R$ 44,63, -1,52%;ELET6, R$ 45,00, +1,01%)

A contratação compulsória de termelétricas a gás conforme o previsto na medida provisória de privatização da Eletrobras poderá promover economia de R$ 8 bilhões ao ano aos consumidores, afirmou na segunda a Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado). A associação considerou despesas e benefícios com a contratação das térmicas, além do atual cenário de crise hidrológica.

Os investidores devem ficar de olho na apresentação do relatório de Marcos Rogério (DEM-RO) da MP da companhia, que pode ser divulgado nesta terça. O Senado tem sessão convocada para a votação, na quarta-feira, da medida provisória que trata da privatização da Eletrobras.

A medida provisória precisa ter sua tramitação concluída no Congresso Nacional até o dia 22 de junho, quando perde sua validade.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.