Ação da Embraer sobe 4% após parceria, Ultrapar salta 7% com possível venda da Oxiteno; Petrobras avança 2% com petróleo

Confira os destaques da B3 na sessão desta terça-feira (1)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – As ações das empresas ligadas a commodities foram destaque na sessão desta terça-feira (1) em um dia de novos recordes para o Ibovespa, também impulsionado pelo PIB do Brasil acima do esperado, com alta de 1,2% na comparação trimestral.

A Vale (VALE3, R$ 113,20, -1,38%) chegou a subir 2%, mas perdeu força aos poucos e acabou fechando o dia em queda. Enquanto isso, as siderúrgicas tiveram ganhos expressivos, com destaque para a CSN (CSNA3, R$ 47,41, +5,54%), que subiu mais de 5%, em meio ao dia de forte recuperação do minério. Em Dalian, a alta do contrato futuro do minério de ferro foi de mais de 7% impulsionados por notícias de que o polo siderúrgico de Tangshan planeja aliviar exigências de cortes de produção em usinas.

As ações das petroleiras tiveram movimentos mistos, com a PetroRio (PRIO3, R$ 19,66, -0,35%) recuando e a Petrobras (PETR3, R$ 27,23, +2,18%; PETR4, R$ 27,29, +1,56%) subindo, em sessão de valorização do petróleo. Os preços do petróleo Brent fecharam em território positivo, avançando 1,76%, a US$ 70,54 em meio ao otimismo sobre as perspectivas de crescimento da demanda. A alta foi impulsionada à medida que a economia global se recupera.

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Além disso, a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, grupo conhecido como OPEP+, ajudou a manter o petróleo em alta na sessão. A organização manteve seu acordo de produção de petróleo após reunião realizada nesta terça-feira.

Havia no mercado a expectativa por possíveis ajustes, diante da valorização recente dos barris. De acordo com a Opep+, foi observado um “fortalecimento contínuo dos fundamentos do mercado, com a demanda de petróleo mostrando sinais claros de melhora e os estoques da OCDE caindo à medida que a recuperação econômica continua na maior parte do mundo diante dos programas acelerados de vacinação”.

Entre as maiores altas, a BRF (BRFS3, R$ 28,22, +9,55%) voltou a chamar atenção ao subir até 11%. Por volta das 16h, os papéis tiveram a negociação suspensa, entrando em leilão para uma operação de “block trade” (leilão agendado por um grande investidor para se desfazer de uma quantidade de ações), com a venda de 2,89% do capital da companhia por um valor de R$ 28,75. Assim, a operação teria movimentado, a princípio, R$ 675 milhões.

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De acordo com informações do site Brazil Journal, a corretora que organizou a “venda em bloco” foi o JPMorgan, a mesma que foi usada pela Marfrig (MRFG3, R$ 18,48, +0,60%) para levar a sua exposição ao capital da BRF em 24% do capital social

Também na ponta positiva, atenção para a Embraer (EMBR3, R$ 17,98, +4,05%), com ganhos de 4%: a Eve Urban Air Mobility Solutions Inc., criada pela companhia, e a Halo anunciaram nesta terça-feira uma parceria para o desenvolvimento de produtos e serviços de Mobilidade Aérea Urbana (UAM) nos Estados Unidos e no Reino Unido. A parceria inclui um pedido de 200 unidades do veículo elétrico de pouso e decolagem vertical (eVTOL) da Eve. As entregas estão previstas para começarem em 2026.

Outro destaque foi a Ultrapar (UGPA3, R$ 20,70, +7,25%), saltando cerca de 7%: segundo o Estadão, com a disputa afunilada entre o fundo de private equity (que compra participação de empresas) Advent, a fabricante norte-americana de produtos químicos Stepan e a tailandesa Indorama, a venda da química Oxiteno pelo Grupo Ultra deve ser concluída até o fim de junho. A transação, que ajudará a dona da rede de postos Ipiranga a concentrar seus negócios no mercado de óleo e gás, injetará em seu caixa cerca de US$ 1,5 bilhão.

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Confira mais destaques:

Vale (VALE3, R$ 113,20, -1,38%) e minério 

Os futuros de referência do minério de ferro na China saltaram mais de 7% nesta terça-feira, na terceira sessão consecutiva de rali, impulsionados por notícias de que o pólo siderúrgico de Tangshan planeja aliviar exigências de cortes de produção em usinas.

O governo de Tangshan realizou um debate na segunda-feira, avaliando reduzir os níveis de restrição à produção de algumas usinas que terminaram modernizações para reduzir emissões, segundo o estatal Securities Times, que citou notícias na mídia.

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O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian DCIOcv1, para entrega em setembro, saltou 7,3%, para 1.170 iuanes (US$ 183,53) por tonelada.

Embraer (EMBR3, R$ 17,98, +4,05%)

Criada pela Embraer, a Eve Urban Air Mobility Solutions Inc. e a Halo anunciaram nesta terça uma parceria para o desenvolvimento de produtos e serviços de Mobilidade Aérea Urbana (UAM) nos Estados Unidos e no Reino Unido. A parceria inclui um pedido de 200 unidades do veículo elétrico de pouso e decolagem vertical (eVTOL) da Eve. As entregas estão previstas para começarem em 2026.

Em nota à imprensa, a Embraer destaca que essa encomenda representa uma das maiores na indústria de mobilidade aérea urbana e posiciona a Halo como parceira de lançamento da Eve, tanto no mercado dos EUA como no do Reino Unido. A Eve é uma empresa independente criada pela Embraer para acelerar o desenvolvimento do ecossistema de Mobilidade Aérea Urbana (UAM) em todo o mundo.

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Segundo o acordo, a Halo, empresa líder em operações de táxi aéreo de helicóptero nos EUA e no Reino Unido, irá trabalhar com a Eve para desenvolver uma nova operação de eVTOL em ambos os países.

“Acreditamos que a Eve está projetando uma aeronave que está bem preparada para a certificação inicial e, além disso, apresenta um histórico comprovado de produção”, afirma na nota Kenneth C. Ricci, diretor do Directional Aviation, fundo de investimento do qual a Halo faz parte.

Segundo ele, “o excelente legado de design, certificação e produção de aeronaves que a Embraer traz para este eVTOL posicionam a Eve com vantagens importantes no cenário competitivo.

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Eletrobras (ELET3, R$ 44,83, +2,26%; ELET6, R$ 44,56, +2,25%)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), decidiu nomear Marcos Rogério (DEM-RO) relator da Medida Provisória da Eletrobras.

Segundo a equipe da XP Política, o senador era tido como a melhor opção pelo Palácio do Planalto e já teve reuniões com integrantes do governo sobre o tema. A estratégia é evitar alterações que possam comprometer a velocidade de aprovação da MP, cuja validade vai até 22 deste mês.

Outros dois senadores haviam entrado na disputa para a vaga: Eduardo Braga e Davi Alcolumbre. Mas, em uma articulação entre Pacheco e o governo junto à base, que envolveu também o atendimento a demandas dos senadores no âmbito do orçamento, o martelo acabou sendo batido.

Está prevista para amanhã uma sessão temática sobre a MP e a expectativa entre governistas é que o texto seja votado na próxima semana.

Itaúsa (ITSA4, R$ 11,27, +3,97%)

A Itaúsa, holding dona do Itaú Unibanco (ITUB4), informou na segunda-feira que fará um investimento adicional de R$ 1,2 bilhão na companhia de saneamento Aegea. A Itaúsa explicou que operação foi acordada com os demais acionistas da Aegea e será feita por meio de um aporte de capital com emissão de ações preferenciais classe D da Aegea, conversíveis em ações ordinárias, e aporte de capital com emissão de ações preferenciais classe A com direito a voto em sociedades de propósito específico (SPEs).

Os aumentos de capital vêm após o consórcio com a Aegea, ter vencido o leilão para concessão dos Blocos 1 e 4 da companhia de saneamento fluminense Cedae, no fim de abril. Com o novo investimento, a Itaúsa passará a deter 10,2% do capital votante da Aegea, sendo 34,57% das ações preferenciais classe D e 5,54% das ações preferenciais classe A das SPEs.

Petrobras (PETR3, R$ 27,23, +2,18%; PETR4, R$ 27,29, +1,56%)

A Petrobras informou na véspera que foi efetivada a renúncia do conselheiro de administração Marcelo Gasparino da Silva, que havia sido eleito por meio de processo de voto múltiplo em assembleia de acionistas ocorrida em 12 de abril. A renúncia de Gasparino, representante de minoritários, foi inicialmente comunicada apenas quatro dias após a assembleia, depois de o conselheiro afirmar que renunciaria para provocar nova eleição do colegiado, alegando problemas nos procedimentos da assembleia que o elegeu.

A companhia também comunicou que concluiu ontem a venda da totalidade de sua participação de 51% no capital da sociedade Eólica Mangue Seco 2 para a Mangue Seco Participações S.A., investida do FIP Pirineus, atual sócio com 49% de participação acionária. A operação foi concluída com o pagamento nesta data de R$ 34,2 milhões para a Petrobras, já com os ajustes previstos no contrato de compra e venda de ações.

Segundo o fato relevante da companhia, a operação está alinhada à estratégia de otimização de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à maximização de valor para os seus acionistas.

Além disso, a Petrobras obteve licença do órgão ambiental federal Ibama para a instalação da segunda plataforma definitiva do campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos, e para seu sistema de coleta e escoamento associado, de acordo com publicação no Diário Oficial da União de segunda. A licença tem validade até 12 de maio de 2025. A plataforma Mero 2, chamada de FPSO Sepetiba, está prevista para entrar em operação em 2023, de acordo com o plano de negócios da empresa.

Raízen e Cosan (CSAN3, R$ 24,04, +2,87%)

A empresa brasileira de energia Raízen pretende entrar nos próximos dias com pedido para realização de uma oferta inicial pública de ações (IPO, na sigla em inglês), disse a companhia em fato relevante na noite de segunda-feira.

Joint venture entre o grupo brasileiro de infraestrutura Cosan e a petroleira anglo-holandesa Shell, a Raízen disse ainda que decidiu descontinuar projeções financeiras para alinhar sua política de divulgações a procedimentos adotados por seus auditores e consultores na preparação para o IPO.

A Raízen informou que “possui a intenção de protocolar perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), nos próximos dias”, o pedido de registro do IPO da Raízen Combustíveis, com listagem de ações preferenciais no Nível 2 da bolsa B3.

BRF (BRFS3, R$ 28,22, +9,55%)

A maior processadora de frango do Brasil, BRF, disse que as carnes cultivadas que estão em desenvolvimento em parceria com uma empresa israelense podem estar disponíveis comercialmente em 2023 ou 2024, de acordo com o CEO da companhia, Lorival Luz.

A carne cultivada é produzida in vitro usando células animais ao invés do abate. O método é sustentável, utiliza menos água por exemplo, disse o executivo durante um painel de alimentos sustentáveis realizado na última segunda-feira.

JBS (JBSS3, R$ 30,84, +1,95%)

A companhia de alimentos JBS foi alvo, no último domingo, de um ataque cibernético organizado que afetou servidores que dão suporte a seus sistemas de TI na América do Norte e na Austrália, informou a companhia na segunda-feira, admitindo a possibilidade de atrasos em algumas transações devido ao incidente.

Segundo comunicado publicado pela JBS, foram tomadas ações imediatas após o ataque, com a suspensão de todos os sistemas afetados, a notificação de autoridades e a ativação da rede global de profissionais de TI da companhia, além de especialistas externos, para resolução do problema. A empresa disse que seus servidores de “backup” não foram afetados pelo incidente, acrescentando que trabalha para restaurar os sistemas o mais rápido possível.

Durante a tarde, a vice-secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse que a JBS notificou o ataque no último domingo. Em conversa com repórteres a bordo do avião presidencial, a porta-voz explicou que a empresa foi alvo de uma ofensiva ransomware, em que os criminosos bloqueiam acesso ao sistema infectado e cobram espécie de resgate para a liberação.

Jean-Pierre disse que a filial da processadora brasileira nos Estados Unidos revelou que os hackers estão ligados a uma quadrilha “provavelmente baseada na Rússia”.

Segundo ela, autoridades americanas “estão diretamente engajadas com o governo russo para expressar a mensagem de que estados responsáveis não refugiam criminosos de ransomware”.

A secretária acrescentou que a Casa Branca ofereceu assistência e está em contato constante com as lideranças da JBS e que o Departamento de Energia está avaliando os possíveis impactos do ataque na oferta de carne no país.

Ultrapar (UGPA3, R$ 20,70, +7,25%) 

Com a disputa afunilada entre o fundo de private equity (que compra participação de empresas) Advent, a fabricante norte-americana de produtos químicos Stepan e a tailandesa Indorama, a venda da química Oxiteno pelo Grupo Ultra deve ser concluída até o fim de junho, apurou o Estadão. A transação, que ajudará a dona da rede de postos Ipiranga a concentrar seus negócios no mercado de óleo e gás, injetará em seu caixa cerca de US$ 1,5 bilhão.

O Ultra colocou à venda no fim do ano passado tanto a Oxiteno quanto a sua rede de farmácias Extrafarma, vendida há poucas semanas para a Pague Menos (PGMN3), por R$ 700 milhões. No caso da Oxiteno, o Bank of America foi contratado pela companhia para conduzir a operação. Na última sexta-feira, ocorreu a entrega das propostas firmes de compra pelo ativo, disse uma fonte próxima à operação.

A Oxiteno produz defensivos agrícolas e matérias-primas usadas para a fabricação de detergentes, por exemplo. Concentra 11 unidades industriais no Brasil, nos Estados Unidos, no México e no Uruguai, 5 centros de pesquisa e desenvolvimento e 8 escritórios comerciais nas Américas, na Europa e na Ásia.

O Grupo Ultra, segundo fontes, pretende seguir nos negócios onde encontra sinergia, relacionados ao mercado de óleo e gás, incluindo nesse bloco os postos Ipiranga, a Ultragaz e a Ultracargo. Um dos focos do grupo é investir em refino; a companhia está na disputa pelo controle das refinarias colocadas à venda pela Petrobrás.

Procuradas, as partes envolvidas na disputa pela Oxiteno não comentaram.

BB Seguridade (BBSE3, R$ 24,09, +2,95%)

Segundo informações do Valor Econômico, o presidente da BB Seguridade, Marcio Hamilton, deve deixar o comando da empresa para Amauri Vasconcelos, ex-diretor-superintendente do fundo de pensão da antiga Nossa Caixa. Segundo a publicação, o nome de Vasconcelos já está sendo analisado pela Casa Civil.

Totvs (TOTS3, R$ 34,04, -1,25%)

O Itaú BBA retomou a cobertura da Totvs com uma avaliação outperform e um preço-alvo para 2021 de R$ 43,4 por ação. A empresa é uma de suas “top picks” (escolhas favoritas) no setor de tecnologia.

Ambev (ABEV3, R$ 18,77, +4,57%)

A XP elevou o preço-alvo para as ações da Ambev de R$ 17,15 para R$ 20, reiterando recomendação de compra para os ativos.

“Seguimos otimistas com a capacidade da empresa de capturar mais valor por meio de inovação tecnológica (Zé Delivery e BEES) e mix de portfólio (lançamentos de novos produtos e via marcas consagradas no exterior), apesar do processo lento de reabertura de bares e restaurantes e constante pressão cambial e dos preços altos das commodities”, afirmam os analistas.

Natura (NTCO3, R$ 53,58, +3,94%)

O Bradesco BBI avaliou que as ações da Natura estão sendo negociadas a preços excessivamente descontados. A empresa continua como uma de suas “top picks” (ações favoritas) devido à performance forte das marcas Natura e TBS, a marca global de alto crescimento Aesop, otimismo quanto à Avon e valoração atraente, com taxa anual de crescimento composta (CAGR, na sigla em inglês) do Ebitda em 15%, com possibilidade de crescimento na China e no resto da Ásia.

O banco afirma que há uma forte argumentação a favor da valorização dos papéis da Natura, apesar do fato de que são vistos como caros. Os analistas avaliam que alguns investidores possam não estar convencidos sobre a possibilidade de melhorar o desempenho da Avon, mas que os primeiros sinais têm sido positivos e que devem impulsionar os papéis.

A empresa se saiu bem na pandemia, com desempenho acima da média do mercado. O banco acredita que o modelo de vendas diretas, com presença digital e vendas em redes sociais no Brasil e em mercados como Reino Unido e Austrália se tornou mais relevante. Para 2022, o Bradesco BBI espera vendas robustas.

Assim, o banco mantém recomendação outperform (perspectiva de valorização acima da média do mercado) e preço-alvo para 2021 em R$ 65, alta de 26% frente o fechamento de segunda.

Vivara (VIVA3, R$ 53,58, +3,29%)

De acordo com notícias da Exame, a Vivara está próxima de selar sua primeira grande transação de M&A em uma fusão com uma das mais tradicionais joalherias do país, a H.Stern, fundada em 1945, no Rio de Janeiro, por Hans Stern.

A XP aponta que, se confirmado, “veríamos o movimento como positivo pois reforçaria nossa tese de consolidação, enquanto removeria um importante competidor do setor”. Os analistas mantêm recomendação de compra para VIVA3 e preço alvo de R$ 33,0 por ação.

O Itaú BBA também aponta que, a princípio, o movimento seria positivo para a Vivara, embora dependa do fechamento do negócio e das condições de preço. Os analistas avaliam que a crise do Covid-19 enfraqueceu o ambiente competitivo, criando um cenário favorável em termos de fusões e aquisições para a empresa.

“Nesse sentido, além de complementar o portfólio da Vivara, o fechamento da transação seria um passo importante para consolidar sua posição de liderança no fragmentado mercado de joias no Brasil. Além disso, o fato de a H. Stern ter presença internacional também amplificaria os caminhos de crescimento da Vivara no longo prazo, apesar de a Vivara ainda não ter know-how para operar no exterior. Em suma, continuamos construtivos em relação à história de investimento e reiteramos nossa recomendação outperform para a Vivara e preço alvo de R$ 34 por ação”, apontam os analistas.

Log CP (LOGG3, R$ 31,72, +6,98%)

Ontem, a LOG CP anunciou a venda do galpão BTS Extrema com uma área bruta locável de aproximadamente 77 mil m² para o fundo imobiliário BLMG11 (gerido pela BlueMacaw) pelo montante total de R$273 milhões (ou R$3.547/m²), implicando em uma sólida margem bruta de 44%. O pagamento será realizado em duas parcelas: i) R$192 milhões já pago; ii) R$81 milhões a ser pago nos próximos cinco meses, mediante a conclusão das obras;

“Apesar de vermos a venda como positiva e em linha com a estratégia do fundo de desenvolver e depois reciclar o portfólio como forma de financiar o robusto plano de crescimento (“Todos por 1.4”), mantemos nossa visão mais conservadora com a ação dado o valuation e continuamos com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 40,40 por ação”, afirmam os analistas da XP.

O Itaú BBA também aponta a notícia como positiva porque reforça a perspectiva de valorização a partir da estratégia de reciclagem de portfólio da empresa, dada a margem de 44% da transação. O banco afirmou que a estratégia de reciclagem da LOG CP é positiva, e disse acreditar que a transação impulsionará os papéis da empresa.

Já segundo o BBI, outro ponto importante do negócio é o fato de que a empresa vendeu o projeto a uma outra empresa e não ao seu próprio fundo de investimento, o que fortalece a liquidez do mercado para esse tipo de ativo. O banco reafirma sua recomendação outperform para a LOG, com preço-alvo em 2021 em R$ 42.

Mercado Libre (MELI34, R$ 58,94, -2,74%)

O Morgan Stanley realizou uma reunião virtual com o presidente do MercadoLibre Fintech, Osvaldo Gimenez, em que discutiu tendências em relação crédito, pagamentos e carteira móvel. O banco afirmou que enxerga espaço aberto para as operações Mercado Pago e Mercado Crédito do Mercado Livre, com vantagens para a escala latino-americana dos negócios, links entre e-commerce e marketplace e dados de consumo e vendas.

O banco disse que o Mercado Livre vê espaço para ampliar o número de clientes que usam o Mercado Crédito, com destaque para compradores. Parte da estratégia gira em torno de melhorar os dados de apoio a decisões de empréstimo.

No Mercado Livre, todos os produtos de crédito foram lucrativos no primeiro trimestre, com exceção do crédito ao consumidor no Brasil, em grande medida devido a uma avaliação equivocada sobre o crédito ao consumidor no Brasil com o fim do auxílio emergencial.

No Brasil, períodos entremeados por auxílio e lockdowns sem auxílio contribuem para um comportamento de altos e baixos dos indicadores. Mas o engajamento na carteira móvel continua a crescer. O Mercado Livre afirma que houve um impulso no terceiro trimestre com verbas do auxílio. Para atrair usuários à carteira móvel, o Mercado Livre emprega tanto métodos tradicionais de propaganda quanto links com o marketplace, com medidas de fidelidade, como pontos e descontos direcionados para usuários que utilizam determinadas funções.

O banco mantém recomendação overweight para a ação do Mercado Livre negociada na Nasdaq, com preço-alvo de US$ 2.260 para os papéis MELI, ante o fechamento de US$ 1.368,67 na sexta.

B3 (B3SA3, R$ 17,70, +0,91%)

O Bradesco BBI fez reunião com executivos da B3. O banco diz que o mercado evoluiu nos últimos anos, e que a B3 reconhece que discussões mais atualizadas são necessárias. Há discussões sobre blocos maiores de negociações, e não há definições sobre o tamanho do bloco.

Os gestores disseram acreditar que há espaço para atualizar as regulações atuais, mas reforçaram que essa atualização não deve prejudicar a formação de preços.

Os gestores avaliaram que corretoras e plataformas de investimento têm sido centrais no processo de propagação de informações financeiras, e de promoção do crescimento do mercado avulso de investimentos. Investidores avulsos continuam a corresponder a uma parcela significativa não só do mercado secundário, mas também do primário.
O tíquete médio deverá continuar a recuar em relação a novos clientes do varejo marginal, mas a tendência de que mais clientes do varejo migrem para equities continua.

A gestão não acredita que a alta dos juros reverterá a tendência observada nos últimos dois ou três anos, por acreditar que o crescimento é estrutural, e não causado pela redução recente dos juros.

Lojas Americanas (LAME4, R$ 21,40, +7,59%)

Segundo informações do Estadão, o serviço de retirada no mesmo dia teve aumento de 363% na Lojas Americanas no primeiro trimestre de 2021, em comparação com o mesmo período do ano passado. A opção permite que o cliente compre do sortimento das mais de 1.700 lojas físicas da Americanas pelo app ou site e retire na unidade de sua preferência no mesmo dia, sem custo de frete. A iniciativa registrou 1,4 milhão de pedidos no período, sendo 55% alavancado pela Páscoa.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.