Reservatórios das hidrelétricas têm melhor patamar desde 2012, diz ONS

Diretor-geral do órgão diz que reservatórios chegarão ao período seco com níveis médios de armazenagem entre 40% e 50%, contra 17% em 2021

Equipe InfoMoney

Usina de Itaipu da Eletrobras (Foto: Divulgação)

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Depois da pior crise hídrica em 91 anos, vivida em 2021, o Brasil tem a melhor situação nos reservatórios das usinas hidrelétricas desde 2012, afirma Luiz Ciocchi, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS).

Segundo Ciocchi, os reservatórios chegarão ao período seco deste ano com níveis médios de armazenagem entre 40% e 50%, ante 17% no mesmo período do ano passado. “Desde 2012, não tinha uma situação tão confortável como temos agora”

“A chuva foi boa no tempo chuvoso, toda a estação úmida que começou no ano passado começou na hora certa, enquanto em 2020/2021 atrasou bastante”, afirmou o executivo.

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O diretor-geral do ONS diz que as usinas termoelétricas, que chegaram a responder por metade da geração de energia do país em 2021, serão pouco usadas em 2022 (no momento, mesmo no período seco, elas são responsáveis por pouco mais de 14% da energia gerada).

Como são mais caras para produzir energia, as termoelétricas exigem o acionamento das bandeiras tarifárias que elevam o preço das contas de luz. O mudança da bandeira escassez hídrica para a verde, em abril deste ano, levou a uma redução de cerca de 20% no custo da energia elétrica no país.

Controle de vazão

Ciocchi diz que a “tranquilidade” de 2022 não foi causada por chuvas mais intensas, mas sim por uma melhor gestão da vazão de algumas usinas. O controle de vazão teve como foco as bacias do Rio Grande e do Rio Paraná, consideradas a “caixa d’água” do Brasil.

A usina de Furnas, maior reservatório do país, chegou a atingir 80% do volume total, mas agora começou a perder volume (o que deve ocorrer até novembro, início do próximo período chuvoso).

Em São Paulo, ele diz que as usinas de Jupiá e Porto Primavera também reduziram a vazão para poupar energia para o período seco, após uma “ampla discussão” com a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama).

Segundo o diretor-geral do ONS, era impossível fazer a administração desses reservatórios com a liberação de 4,9 mil metros cúbicos de água por segundo das usinas. “Hoje, está em 3,9 mil metros cúbicos — e já chegou a operar em 2,9 mil.”

(Com Estadão Conteúdo)

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