Prefeitura de SP começa a pagar auxílio emergencial para 1,2 milhão de pessoas; veja critérios

O benefício de renda básica emergencial será dado durante três meses: março, abril e maio

Mariana Fonseca

(Gustavo Mellossa/Getty Images)

Publicidade

SÃO PAULO – A Prefeitura de São Paulo começará o pagamento de R$ 398 milhões em auxílio emergencial. O benefício de renda básica emergencial será dado para cerca de 1,2 milhão de pessoas durante três meses: março, abril e maio. Serão três parcelas de R$ 100 a R$ 200.

O anúncio foi realizado por Bruno Covas (PSDB), prefeito de São Paulo, durante coletiva realizada nesta quinta-feira (25).

Os créditos dessa renda básica emergencial começarão a ser depositados já nesta quinta-feira para os que tenham final 1 e 2 no Número de Identificação Social (NIS). Na sexta-feira (26), o valor será depositado aos que tenham final 3 e 4. Na segunda-feira, 5 e 6. Terça-feira, 7 e 8. Na quarta-feira, 9 e 0.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

O benefício de R$ 100 mensais irá para 480.177 famílias cadastradas no Bolsa Família ou para comerciantes ambulantes e informais que não estão cadastrados no programa, mas que preenchem critérios de participação, ou têm Termo de Permissão de Uso vigente, ou estão cadastrados no sistema “Tô Legal”. Pessoas com deficiência receberão R$ 200 por mês.

Os públicos atendidos pela renda básica emergencial correspondem a 1.287.422 pessoas. O pagamento será feito por meio da Caixa Econômica Federal. O banco manterá 133 agências abertas apenas para atender aqueles que têm direito ao benefício. O valor também pode ser usado por meios digitais, pelo aplicativo da Caixa.

Auxílios emergenciais em diversas cidades brasileiras

São Paulo não é a única cidade a oferecer um auxílio emergencial regionalizado. Nesta quarta-feira (24), a prefeitura do Rio de Janeiro anunciou um auxílio de R$ 100 milhões para cerca de 900 mil pessoas, chamado de Auxílio Carioca.

Continua depois da publicidade

Segundo a Agência Brasil, cerca de 50 mil famílias inscritas no programa Família Carioca vão receber R$ 12 milhões, uma média de R$ 240 por família, até a próxima quarta-feira (31).

Também serão beneficiados 643 mil alunos da rede municipal de ensino, por meio do Cartão Alimentação, no valor de R$ 108,50 por estudante. 23 mil famílias mais pobres, inscritas no Cadastro Único do governo federal, receberão R$ 200 mensais por família. Segundo a prefeitura, são famílias que não recebem nem o Família Carioca nem o Bolsa Família. Por fim, a quarta vertente do Auxílio Carioca será destinada a 13 mil vendedores ambulantes cadastrados na prefeitura, que receberão R$ 500 mensais.

Segundo o jornal Valor Econômico, oito capitais brasileiras anunciaram ou já estão operando programas de transferência de renda para combater os efeitos econômicos da pandemia. Somados, tais programas devem pagar mais do que R$ 1 bilhão, de acordo com o jornal.

As parcelas vão de R$ 100 a R$ 500 e o tempo de concessão desses benefícios vai de um mês até 13 meses. O programa com maior valor e maior duração pertence a Niterói, no Rio de Janeiro. A região começou a pagar um auxílio de R$ 500 em abril de 2020, e deve estendê-lo até julho de 2021.

Covid-19: mais oxigênio, leitos e vacinas

A Prefeitura de São anunciou a aquisição de 19 miniusinas de oxigênio, que serão colocadas em unidades de saúde para combater o colapso no setor, causado pela pandemia do novo coronavírus. A capacidade de produção será de 900 cilindros de oxigênio por dia. Entre equipamentos e instalação, o custo será de cerca de R$ 9,5 milhões para a prefeitura.

Edson Aparecido, secretário da Saúde, afirma que as miniusinas viabilizam a operação de 596 leitos de enfermaria e 211 unidades de terapia intensiva (UTI). Sete miniusinas ficarão prontas até 15 de abril. As 12 restantes, até 30 de abril.

Além de oxigênio, mais leitos para Covid-19 serão inaugurados. A nova lista contém 60 UTIs e 180 leitos de enfermaria. Fora do tratamento para Covid-19, 55 leitos serão criados para receber pacientes de outras enfermidades. Os leitos serão abertos ao longo de abril.

Uma novidade apresentada na coletiva desta quinta-feira foi a data de vacinação contra Covid-19 para profissionais de saúde com 53 anos ou mais de idade. A imunização começará no dia 29 de março. Na mesma data, serão vacinados usuários em situação de rua cadastrados em centros de acolhida;  profissionais de cemitérios públicos e privados.

A coletiva desta quinta-feira também retomou anúncios de vacinação contra Covid-19 que já tinham sido feitos em coletiva do governo de São Paulo na última quarta-feira (24).

Cerca de 180 mil profissionais da área de segurança da poderão ser vacinados a partir do dia 5 de abril em todo o estado. Incluídos na lista estão policiais militares, bombeiros, membros da Guarda Civil Metropolitana e agentes penitenciários, todos da ativa.

Professores e outros profissionais da educação podem receber a vacina no estado a partir do dia 12 de abril. Eu uma primeira fase, serão contemplados profissionais a partir de 47 anos, incluindo escolas estaduais, municipais e privadas, da educação infantil ao ensino médio. Professores da rede privada terão que comprovar ligação profissional com alguma escola nos últimos dois meses para receberem a dose.

O governo também antecipou em um dia, para sexta-feira (26), a vacinação de idosos entre 69 e 71 anos. Esse grupo contempla cerca de 910 mil pessoas. Essa vacinação já tinha sido antecipada outras vezes.

Mariana Fonseca

Subeditora do InfoMoney, escreve e edita matérias sobre empreendedorismo, gestão e inovação. Coapresentadora do podcast e dos vídeos da marca Do Zero Ao Topo.