Pfizer divulga bula de vacina para profissionais de saúde e desaconselha vacina para gestantes

O documento também não recomenda a aplicação do imunizante em crianças menores de 16 anos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Neste domingo (6), a Pfizer enviou um documento com as informações sobre sua vacina contra a Covid-19 para profissionais de saúde do Reino Unido. O principal destaque da bula é que ela recomenda que o imunizante não seja aplicado em grávidas ou mulheres que estão amamentando.

“Atualmente, os dados disponíveis sobre o uso desta vacina em mulheres grávidas são limitados. Se você está grávida ou está amamentando, acha que pode estar grávida ou planeja ter um bebê, peça recomendação médica antes de receber esta vacina. Como precaução, você deve evitar engravidar até pelo menos 2 meses após a vacina”, diz o texto.

O Reino Unido se tornou o primeiro país a anunciar a aprovação da vacina da Pfizer, desenvolvida em parceria com a BioNtech, na última quarta-feira (2).

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Ainda segundo o documento, a vacina não é recomendada para crianças menores de 16 anos e há um alerta para possíveis efeitos colaterais, caso a pessoa tiver alergia a algum ingrediente usado na vacina. O imunizante contém sódio e potássio.

O governo inglês anunciou que iniciaria a vacinação nesta semana e recebeu uma primeira remessa de doses prontas na semana passada. Matt Hancock, secretário de Saúde do Reino Unido, afirmou que as doses serão distribuídas o mais rápido possível, e que “vários milhões” de doses devem chegar ao longo de dezembro.

Conforme uma nota da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA, na sigla em inglês) do Reino Unido, a aprovação da vacina foi feita com base em uma “revisão contínua” dos dados disponíveis que começou em outubro.

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Contratempos

A Pfizer anunciou na última quinta-feira (3), que deve embarcar metade das doses da sua vacina contra a Covid-19 originalmente planejadas para 2020, depois de descobrir que as matérias-primas usadas no início da produção não atendem aos seus padrões.

Serão produzidas até 50 milhões de doses de vacina em 2020 para todo o mundo, em vez das 100 milhões previstas, e 1,3 bilhão de doses até o final de 2021.

Os Estados Unidos já têm uma acordo fechado com a empresa para comprar 100 milhões de doses ainda este ano, pelo valor de US$ 1,95 bilhão (cerca de R$ 10,1 bilhões).

Eficácia

A vacina da Pfizer apresentou uma eficácia de 95% contra a Covid-19, segundo dados da fase três dos testes – embora os dados ainda não tenham sido publicados em revista científica.

Na prática, se uma vacina tem 95% de eficácia, isso significa dizer que 95% das pessoas que tomam a vacina ficam protegidas contra aquela doença.

A vacina da Pfizer é uma das quatro que está sendo testada no Brasil.

Até o momento, apenas quatro vacinas no mundo, das dez que estão na fase três de testes, a última antes da aprovação, apresentaram resultados de eficácia: a vacina da Pfizer em parceria com a BioNTech (95% eficaz); a da Moderna (94% eficaz); a da Oxford em parceria com a Astra Zeneca (até 90% eficaz, mas com resultados questionados posteriormente) e a vacina Sputinik V, do laboratório russo Gamaleya (92% de eficácia).

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