Dilma Rousseff e Vladimir Putin fazem reunião na Rússia e defendem transações sem uso de dólar

Dilma, atual presidente do Banco dos Brics, acompanha a Cúpula Rússia-África, fórum econômico com diversos líderes mundiais em São Petersburgo

Equipe InfoMoney

Dilma Rousseff e Vladimir Putin, em encontro em Moscou em 2012 (Foto: Getty Images)

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Atual chefe do New Development Bank (NDB) – conhecido como “Banco do Brics” -, a ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff se reuniu nesta quarta-feira (26) com Vladimir Putin, presidente da Rússia.

Dilma acompanha a Cúpula Rússia-África, fórum econômico com diversos líderes mundiais em São Petersburgo e que começa efetivamente na quinta-feira (27). Ela aproveitou a ocasião para realizar reuniões com Putin e o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.

Em nota antes da reunião na plataforma X, como o Twitter passou a ser chamado, Dilma confirmou que teria reuniões com Putin e Ramaphosa, enquanto rejeitou a especulação de que o banco do Brics pudesse fazer novos empréstimos a Moscou, num contexto de sanções internacionais por conta da guerra na Ucrânia.

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“O NDB reiterou que não está considerando novos projetos na Rússia e opera em conformidade com as restrições aplicáveis nos mercados financeiros e de capitais internacionais. Quaisquer especulações sobre tal assunto são infundadas”, destacou a nota.

Segundo ela, Dilma iria discutir a próxima Cúpula dos BRICS, que será realizada na África do Sul, tratando de temas como a expansão de membros do NDB e outros assuntos.

“Cabe destacar que a expansão dos membros do NDB não tem os mesmos requisitos e critérios aplicáveis à expansão dos membros do grupo geopolítico BRICS. Hoje o banco já tem entre seus membros Bangladesh, Egito e Emirados Árabes Unidos”, apontou.

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Durante a reunião com Putin, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, Dilma atacou a hegemonia do dólar em transações internacionais e defendeu o uso de moedas locais, como o yuan chinês, em trocas entre países emergentes.

Putin, em declaração ao lado de Dilma após o encontro, criticou mais abertamente o uso do dólar como moeda internacional e não entrou nos detalhes da conversa com a ex-presidente brasileira.

“As relações dos países do Brics estão se desenvolvendo em moedas nacionais, parece-me que o banco pode desempenhar um papel significativo.”