Preço da gasolina e do diesel deveria subir R$ 0,28 e R$ 0,17 para voltar à paridade internacional

Preço do petróleo e derivados voltou a subir no mercado internacional, após alguns meses de alívio que permitiram quedas nos combustíveis no Brasil

Estadão Conteúdo

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Após alguns meses de alívio na cotação do petróleo, o que permitiu à Petrobras (PETR3;PETR4) reduzir o preço dos seus principais combustíveis antes do primeiro turno das eleições presidenciais, a commodity e seus derivados voltaram a subir no mercado internacional.

A defasagem média no preço da gasolina atingiu 8% e no do diesel chegou a 3% na terça-feira (4), antes mesmo da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que decidiu cortar a produção em 2 milhões de barris por dia (bpd) a partir de novembro — a maior redução desde 2020.

Para voltar à paridade internacional, os preços da gasolina e do diesel deveriam subir R$ 0,28 e R$ 0,17 por litro no Brasil, respectivamente, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

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A diferença no caso do diesel é bem mais alta no porto de Aratu, na Bahia, onde a defasagem chega a 5%). Já no porto de Araucária, no Paraná, a gasolina é negociada 12% abaixo do mercado internacional.

Pressão sobre a Petrobras

O último reajuste da gasolina anunciado pela Petrobras ocorreu há pouco mais de 1 mês (queda de 4,8% no preço nas refinarias) e o do diesel, há cerca de 2 semanas (redução de 4,1%).

Desde o final de junho, a estatal já reduziu 4 vezes o preço da gasolina e 3 o do diesel, devido à queda nos preços do petróleo. O barril da commodity, que chegou a ser negociado há meses por US$ 120, está sendo negociado por volta dos US$ 90 atualmente.

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Membros da diretoria da Petrobras têm sido pressionados pelo governo Bolsonaro para que não haja reajustes nos preços dos combustíveis até o 2º turno da eleição, marcado para o dia 30. Mas analistas do setor já veem risco de que o preço do petróleo suba para a casa dos US$ 100 nos próximos dias.