Penhor: CEF aumenta para R$ 100 mil limite para empréstimo

No primeiro quadrimestre do ano, a linha de crédito emprestou 7,5% mais que o registrado no mesmo período do ano passado

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SÃO PAULO – A CEF (Caixa Econômica Federal) aumentou o limite máximo por cliente para os empréstimos sob penhor, de R$ 50 mil para R$ 100 mil.

Nos primeiros quatro meses do ano, quando o limite era de R$ 50 mil, a linha de crédito emprestou R$ 1,896 bilhão, número que corresponde a um aumento de 7,5% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 1,763 bilhão). Já os contratos efetivados no primeiro quadrimestre ultrapassam 2,8 milhões.

“A alteração no limite máximo torna o produto ainda mais atrativo para os clientes. Apesar da maioria dos empréstimos de penhor ser de valores mais baixos, verificamos que existe uma parcela dos clientes que possui bens de maior valor e que passa agora a ter maiores limites para contratação”, afirmou o superintendente nacional de clientes pessoa física renda básica da CEF, Humberto Magalhães.

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Para este ano, a instituição têm R$ 7,8 bilhões disponíveis para concessão de empréstimo sob penhor, número 38,8% maior que o do ano passado. O banco espera realizar aproximadamente 9,54 milhões de contratos em 2010.

Cuidados
Embora concorde que o penhor é uma boa opção frente às demais linhas de crédito, por conta dos juros mais baixos, o diretor do Ibedec (Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo), Geraldo Tardin, fez um alerta sobre o pagamento.

“É importante estar atento às datas de pagamento do empréstimo, porque, senão, o consumidor vai perder o bem”, afirmou, em outra ocasião. Renato Diz, da Caixa, também dá um conselho: “Quem não precisa de recurso não deve tomar nenhum tipo de empréstimo”.

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O juiz assessor da Corregedoria do Tribunal de Justiça de São Paulo, Hamid Charaf Bdine, explicou que a Caixa tem regras específicas para o penhor e que, por isso, os cuidados devem ser no sentido do consumidor ter a certeza de que quer empenhar o objeto. “Se ele não conseguir pagar, o objeto vai a leilão e pouco há o que se fazer no âmbito judicial”.

Ele explicou que o penhor é uma garantia oferecida, ao pegar um empréstimo, e optar por ela é de escolha do consumidor. “Ele não está sendo obrigado a dar o objeto como garantia e, se o faz, não tem como recorrer à Justiça, caso o objeto vá a leilão”, alertou o juiz em outra ocasião.

Contratação
Os prazos de contratação do penhor variam de um a 180 dias. O limite mínimo é de R$ 50 e o máximo é de R$ 50 mil por cliente. O empréstimo corresponde a 85% do valor de avaliação do bem. A taxa de juros é de 2,03% ao mês.

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Já no micropenhor, o empréstimo tem limite de R$ 1,5 mil, com taxas de juros de 1,7% ao mês e prazo mínimo para o pagamento de até 180 dias, em múltiplos de 30 dias.

Perfil
De acordo com levantamento da CEF, o penhor de joias é usado por 70% dos entrevistados para o pagamento de dívidas pessoais.

As mulheres representam 74% dos clientes, sendo que 55% têm entre 35 e 50 anos. Quando se trata da renda média mensal familiar, 51% dos clientes ganham entre cinco e 20 salários mínimos.