Marca Daslu é vendida por R$ 10 milhões em leilão disputado

Valor ficou bem acima do lance mínimo de R$ 1,4 milhão; empresa começou a ruir em 2005, quando a criadora foi presa por sonegação fiscal

Estadão Conteúdo

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A marca Daslu foi arrematada por R$ 10 milhões, em um leilão realizado pela casa Sodré Santoro, no processo judicial de falência da marca. Foram 32 lances pelo ativo, e o valor ficou bem acima do lance mínimo de R$ 1,4 milhão.

O nome do comprador não foi imediatamente revelado, mas deve ser incluído no processo judicial nos próximos dias, e a concretização da venda depende do pagamento do valor.

“O processo mostrou que a Daslu ainda tem valor – e não é pouco valor”, afirmou a leiloeira Mariana Sodré Santoro Batochio. A Sodré Santoro foi a responsável pela venda da marca Mappin para a Marabraz em 2010 e, recentemente, ex-funcionários da casa “ressuscitaram a marca Mesbla.

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A Daslu foi criada por Eliana Tranchesi e cresceu a partir dos anos 90, em um momento em que as marcas de luxo internacionais praticamente não tinham presença no Brasil. A Daslu oferecia serviços especializados para suas clientes, em um estilo “casa de patroa”, com vendedoras uniformizadas e que tratavam as consumidoras como se estivessem em uma mansão.

A empresa chegou a ter 700 empregados e a inaugurar a Villa Daslu, um edifício neoclássico construído por R$ 100 milhões, mas o castelo da Daslu começou a ruir em 2005, quando Eliana foi presa por sonegação fiscal.

A companhia entrou em recuperação judicial em 2010, com dívidas de R$ 80 milhões, e antes de ir à falência chegou a ficar por um período nas mãos do fundo Laep, de Marcos Elias (que já enfrentou vários questionamentos na Justiça e foi dono da Parmalat no país). Eliana morreu em 2012.

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