Internet por satélite de Musk vai custar R$ 530 no Brasil; reservas estão liberadas

Musk busca resolver o problema de conexão de internet especialmente em áreas rurais, onde a rede de fibra óptica, por exemplo, tem dificuldade de chegar

Giovanna Sutto

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A Starlink, operadora de satélite, braço da SpaceX, do bilionário Elon Musk, divulgou os preços para contratação da internet da empresa, após aval da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para o fornecimento de internet no Brasil. 

É possível fazer uma pré-reserva do serviço, que promete velocidades de download de 150-500 Mbps e latência de 20-40ms, direto no site da empresa. Os custos ao consumidor são de cerca de R$ 9.400 no ano.

O valor inclui a assinatura mensal (R$ 530 por mês), o hardware que é necessário para a conexão e comprado separadamente (R$ 2.670 pago uma única vez), e o frete, que muda a depender do endereço, (mas em uma simulação para a Av. Chedid Jafet, em São Paulo, sairia R$ 365), sem contar os impostos e uma taxa de importação.

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As informações estão disponíveis no site da Starlink, que para mostrar os preços pede um endereço. O site também avisa que o serviço deve começar a estar liberado em meados de 2022.

A Internet da Starlink, de acordo com informações da empresa, funciona enviando informações através do vácuo do espaço, onde se desloca mais rapidamente do que em cabos de fibra óptica, o que a torna mais acessível a mais pessoas e locais.

Veja o kit: 

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(Reprodução/ site Starlink)

O projeto Starlink

Com a Starlink, Musk busca resolver o problema de conexão de internet especialmente em áreas rurais, onde redes mais potentes, como a fibra óptica, tem dificuldade de chegar.

No entanto, os custos para oferecer um serviço desse tipo são altos. Mesmo nos EUA, o preço da assinatura custa US$ 99, mais US$ 499 do equipamento, fora o frete e impostos – inclusive, a empresa ainda tem prejuízos com as vendas dos equipamentos.

A Starlink, que vem sendo desenvolvida sob o chapéu da SpaceX, vem de anos de aprimoramentos – e depois de garantir quase US$ 885,5 milhões em fundos de subsídios da Comissão Federal de Comunicações (FCC, em inglês) no fim de 2020 – a Starlink acelerou o ritmo em 2021.

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Em janeiro de 2021, após três anos de lançamentos bem-sucedidos, o projeto ultrapassou 1.000 satélites colocados em órbita. Hoje, a empresa já possui quase 2.000 satélites funcionais em órbita.

Segundo um post no Twitter, Musk afirma que a Starlink já enviou mais de 100.000 terminais de internet via satélite para clientes em 14 países.

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A cobertura da empresa no fornecimento de internet está limitada a regiões selecionadas em países específicos. A expectativa é de que o mapa de cobertura crescerá consideravelmente à medida que mais satélites puderem fornecer a internet.

De acordo com Musk, a lista de países já atendidos inclui os EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Áustria, Holanda, Irlanda, Bélgica, Suíça, Dinamarca, Portugal, Austrália e Nova Zelândia. O contrato de pré-reserva, como no Brasil, conta com outros países como Itália, Polônia, Espanha e Chile.

Apesar da magnitude do projeto, ainda há um caminho a percorrer – a Starlink deve precisar de pelo menos 10 mil satélites em órbita antes de poder oferecer serviço completo para o mundo todo e já sinalizou que quer até 42 mil satélites funcionando.  No momento, são apenas cerca de 20% do caminho percorrido.

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.