Black Friday tá on: veja alertas para fazer boas compras hoje e passar longe de ciladas financeiras

Evite o impulso e se informe sobre como comprar sem estourar o orçamento seguindo as recomendações do Procon-SP

Agência Brasil

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Esta sexta-feira (24) é a data da 13ª edição da Black Friday no Brasil. Desde o início de novembro e especialmente hoje, o varejo apresenta ofertas e condições especiais de pagamento aos consumidores.

Apesar da empolgação, para evitar compras desnecessárias e que ultrapassem o orçamento, é importante estar alerta para compras por impulso e sem planejamento, que podem comprometer o orçamento familiar.

Segundo a Akatu, organização que propõe reflexões sobre consumo consciente, o consumidor deve aproveitar as promoções de produtos de que realmente precisa, mas é preciso evitar cair em tentações que sejam prejudiciais para ele, à sociedade e ao meio ambiente. O Akatu ressalta que empresas e comerciantes conseguem induzir o consumidor a comprar com estímulos que eles nem registram conscientemente.

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A farmacêutica Fernanda Souza conta que evita a busca por informação comercial. “Tento evitar exposição à propaganda para não me induzir a um consumo, porque o marketing sabe trabalhar muito bem para nos induzir a uma compra que você não precisa. Então, eu tento fugir mesmo.” Diante disso, a relação dela com a Black Friday é de distância.

“Eu tento não cair numa cilada nunca seguindo firme na minha decisão de comprar aquilo que eu preciso. Se dá para esperar, se é uma roupa que ainda dá pra esperar mais um período, eu espero. Se é algum outro item de cosmético, se não é extremamente essencial, eu aguardo. Tudo pensando no planejamento familiar e no consumo que a gente já tem aqui em casa, que é enorme, com relação ao cuidado com os filhos”, acrescentou.

Rodrigo Tritapepe, diretor de atendimento do Procon-SP, alerta que muitas dívidas são adquiridas após uma concessão de crédito ou cartão de crédito ao consumidor. “A facilidade do crédito faz com que o consumidor entre em descontrole e caia no endividamento”, disse.

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Ele pontuou etapas para que os consumidores avaliem suas compras:

“Ele vai precisar ter certeza de que, naquele período, aquela oferta está sendo de verdade uma condição especial. Para isso, existem sites de monitoramento de preços que fazem isso. Uma busca rápida pela internet você vai encontrar sites que podem fazer uma pesquisa, por exemplo, de seis meses da variação do preço”, orienta.

Além de perfis mais organizados, como o de Souza, outra fatia da população já não pensa em consumir na data. Exemplo disso é a professora Cíntia Faccini, que não pretende comprar nada nesta Black Friday.

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“Não acho necessariamente importante, porque com tempo e paciência é possível encontrar muitos itens mais baratos em outras épocas também. Mas acho interessante, porque geralmente é possível comprar com um bom desconto, em uma época certa”, conta. Para evitar cair em propagandas enganosas sobre promoções, ela afirma que aposta na boa e velha pesquisa de preço.

De fato, uma análise da consultoria McKinsey mostra que cada vez mais o evento do varejo está diluído, com mais promoções disponíveis ao longo do ano. Isso facilita processos logísticos, por exemplo, ao evitar a concentração de vendas em apenas um período do ano.

O que fazer se tiver problemas?

Em problemas relacionados às compras, Rodrigo Tritapepe, diretor de atendimento do Procon-SP, orienta que o consumidor procure o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa e faça o registro.

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Caso não seja solucionado, o passo seguinte é procurar o Procon. Com a demanda registrada no órgão especializado, a empresa tem dez dias para resolver o problema. Se a solução não for concluída, o consumidor poderá procurar o Judiciário como última via.

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