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Por Carol Vieira*
No setor de seguros, estamos habituados a pensar em proteção de maneira direta: proteger financeiramente, proteger famílias, proteger trajetórias. Mas há também uma dimensão de proteção que acontece de forma sistêmica, quando as empresas contribuem para fortalecer o tecido social que sustenta as comunidades. É nesse ponto que os projetos incentivados ganham relevância estratégica dentro da cultura organizacional.
Segundo dados do Ministério da Cultura, mais de R$ 4,7 bilhões foram destinados a projetos incentivados apenas em 2023. Esse fluxo de recursos mostra como as leis de incentivo se tornaram uma ferramenta estruturante de política pública, capaz de aproximar o capital privado das necessidades sociais em áreas como cultura, esporte, saúde e inclusão. Para além da dedução fiscal, esse modelo se consolidou como um mecanismo eficiente de descentralização de oportunidades e de estímulo à economia criativa e comunitária.
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Dentro das organizações, o tema também tem um papel importante. Empresas que investem em projetos incentivados reforçam sua responsabilidade social de forma prática, indo além de discursos ou compromissos abstratos. Essa prática ajuda a construir uma cultura corporativa mais sensível ao impacto, mais conectada ao território e mais coerente com as expectativas da sociedade. Para os colaboradores, esse alinhamento cria sensação de pertencimento e propósito compartilhado, dois elementos associados de forma comprovada ao engajamento e à retenção de talentos.
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No Grupo MAG, essa visão se integra ao propósito de proteger o futuro das pessoas. Apoiamos projetos que dialogam com temas estruturais como saúde pública, inclusão produtiva, envelhecimento ativo e acesso à cultura. São iniciativas que, direta ou indiretamente, fortalecem as dimensões essenciais da proteção social, que acreditamos fazer parte do nosso papel enquanto companhia com quase dois séculos de atuação no país.
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A agenda de ESG também amplia a relevância dos projetos incentivados como ferramenta de transformação. Em vez de depender exclusivamente de ações filantrópicas, as empresas podem utilizar mecanismos regulados, auditáveis e alinhados a políticas públicas, garantindo governança, transparência e continuidade. É uma forma de canalizar recursos para iniciativas que já passaram por critérios técnicos e que, por isso, tendem a apresentar maior potencial de impacto.
Vale lembrar que o investimento incentivado funciona como uma ponte: aproxima as necessidades sociais, a capacidade financeira e o propósito corporativo. Quando bem utilizado, gera valor coletivo, reduz desigualdades e contribui para ambientes sociais mais saudáveis, criativos e inclusivos. É uma forma inteligente de ampliar o alcance do impacto sem aumentar a carga tributária e sem retirar recursos de outras prioridades da empresa.
Projetos incentivados, portanto, não devem ser encarados apenas como uma ferramenta fiscal, pois, de fato, não são só isso. Representam uma estratégia de fortalecimento da cultura organizacional e um compromisso concreto com o desenvolvimento sustentável. Em um país de desafios complexos, proteger o futuro envolve também apoiar iniciativas que constroem, no presente, as bases de uma sociedade mais justa e preparada para o que vem adiante.
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*Carol Vieira é diretora de Parcerias Estratégicas do Grupo MAG