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2021: o ano que o mercado de cripto se integrou à sociedade

Os últimos doze meses foram marcados pela institucionalização de cripto - mas muito mais coisas também aconteceram nesse mercado
Por  Gustavo Cunha -
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Estamos chegando ao fim do ano. Por isso, nada melhor do que fazer um apanhado do que aconteceu no mercado cripto neste 2021.

Como tudo em cripto, o ano foi muito intenso. Não faltou volatilidade, idas e vindas. Mas o caminho rumo a uma maior adoção dessa tecnologia pelo mundo se consolidou.

O principal ponto de 2021 se refere à institucionalização de cripto. Seja pelo IPO da Coinbase, que hoje vale quase a mesma coisa que a NYSE (a principal Bolsa americana); pela criação dos ETFs no mercado brasileiro; pela aceleração de compra de bitcoins pela MicroStrategy; pela utilização do Bitcoin como uma das moedas oficiais de um país – por tudo isso a direção rumo a uma maior sinergia entre mercado financeiro e cripto se fez sempre presente.

Tivemos também o avanço em várias frentes do desenvolvimento das moedas digitais dos bancos centrais mundo afora, com o BIS (Banco dos Bancos Centrais) indicando para todos os BCs que eles deveriam analisar isso, e a China aumentando os testes de sua moeda digital (DCEP).

O Brasil, que já está bem adiantado no processo de digitalização da moeda, intensificou a discussão sobre o Real Digital, inclusive com um LIFT dedicado somente a esse tema acontecendo em 2022.

Em termos de preço, o Bitcoin valia na virada de 2020 para 2021, US$ 29 mil e o Ethereum, abaixo de US$ 1.000. Com a volatilidade, não é fácil prever em quanto estarão na virada deste ano, mas os preços do momento em que escrevo estão em US$ 49 mil e US$ 4.100, respectivamente, colocando-os entre os ativos de maior valorização do período.

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2021 também foi o ano das memecoins, com uma festa sendo gerada em volta dos tokens associados a cachorros: Dogecoin, Shiba e por aí vai. Fortunas foram feitas e perdidas nos movimentos desses tokens

Tivemos também a tão esperada proliferação de NFTs. O OpenSea, principal marketplace de NFTs, havia negociado em 2020 algo ao redor de US$ 24 milhões. Em 2021, já foram negociados na plataforma mais de US$ 10 bilhões.

Em 2021, também tivemos novamente a China banindo a mineração de Bitcoin em seu território e proibindo a existência de exchanges por lá. O que parecia ser uma preocupação em relação à rede Bitcoin se tornou rapidamente em uma das melhores coisas que poderiam acontecer na questão de impacto ambiental da mineração, já que muitas dessas máquinas foram transferidas para os EUA e passaram a utilizar mais formas de energias renováveis.

Outro aspecto importante foi a proliferação de outras redes de blockchain. Muitas já estavam por aí, mas o crescimento de redes como Solana, Polkadot, Cardano, Avalanche, Binancechain, Polygon, entre inúmeras outras deixou claro que o mundo para frente será de multi-chains, onde fatores como interoperabilidade se tornam essenciais.

Neste ano também houve passos importantes nas duas principais redes, com a atualização taproot do Bitcoin e a rede Ethereum acelerando para mudar a sua forma de consenso de prova de trabalho (proof of work) para prova de propriedade (proof of stake), ganhando escala.

O DEFI também não poderia ficar de fora dessa lista, após ter um crescimento exponencial em 2021, tendo virado o ano com um valor de investimentos alocados de aproximadamente US$ 20 bilhões, devendo fechar 2021 com mais de US$ 230 bilhões. Um crescimento de mais de 10 vezes. Além disso, inovações trazidas pelos protocolos que começam a ser conhecidos como DEFI 2.0 trazem um potencial imenso para 2022.

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Como qualquer outra tecnologia, o caminho de cripto nunca será linear. O que 2021 nos mostra é que não há mais volta. Daqui para frente, cada vez mais cripto fará parte da nossa vida. E para quem ainda não deu o primeiro passo, fica a dica…. corra para aprender sobre esse mercado!

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Gustavo Cunha Autor do livro A tokenização do Dinheiro, fundador da Fintrender.com, profissional com mais de 20 anos de atuação no mercado financeiro tradicional, tendo sido diretor do Rabobank no Brasil e mais de oito anos de atuação em inovação (majoritariamente cripto e blockchain)

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