Governo e Legislativo devem tentar encontrar solução sobre mínimo, diz Garibaldi

O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, será moderador entre o comando peemedebista e o Executivo

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SÃO PAULO – O ministro da Previdência Social, Garbaldi Alves Filho (PMDB-RN), afirmou nesta quarta-feira (5) que seria melhor o governo e o legislativo “sentarem-se à mesa” para tentar encontrar uma solução sobre o salário mínimo.

Alves Filho quer se tornar moderador entre o comando peemedebista, que quer rever o valor do salário mínimo de R$ 540, e o Executivo, que se nega a reavaliar o reajuste, segundo a Agência Brasil. “Estou investido, aliás eu me investi desse papel de moderador nessa hora, uma vez que não recebi essa delegação de ninguém, porque eu sei o que representa para a Previdência esses números”, afirmou o ministro.

O ministro ainda afirmou que tentará um acordo no Congresso, para que os cofres da Previdência Social não sejam ainda mais sobrecarregados a partir de uma revisão da medida provisória que eleve o salário mínimo para mais de R$ 540.

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“Desejamos e isso é óbvio o melhor para o trabalhador, mas nós não queremos ver o País numa situação de dificuldade a partir do que o salário mínimo representa como indexador. Indexador de salário, indexador de aposentadorias e pensões, uma série de números que dependem do salário mínimo”, afirmou Alves Filho.

Como representando do PMDB, Alves Filho não está convencido de que R$ 540 seja o valor máximo que o governo pode conceder aos trabalhadores em 2011 e cabe a ele, como ministro, defender e tentar entrar em acordo.

Não mais que R$ 540
A afirmação acontece um dia depois de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dizer que propostas de salário mínimo diferentes de R$ 540 serão vetadas.

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“O salário mínimo de R$ 540 é o cumprimento de uma política de aumento salarial que foi acertada com os trabalhadores, portanto, ela deve ser posta em prática. Se vier alguma coisa diferente, nós vamos simplesmente vetar”, afirmou o ministro. 

Segundo Mantega, um aumento acima de R$ 540 causaria um aumento do gasto da Previdência e a deterioração das contas públicas, dificultando o resultado fiscal pretendido.

A Medida Provisória, assinada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fixa o salário mínimo em R$ 540 em 2011, só será analisada pelo Legislativo no próximo mês, já que a Constituição determina que os trabalhos do Legislativo só sejam iniciados no dia 2 de fevereiro.