Governo deverá fazer cortes no Orçamento, caso reajuste de 7,7% seja mantido

A decisão de vetar ou não o reajuste de 7,7% é do presidente Lula, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega

Publicidade

SÃO PAULO – Caso seja mantido o reajuste de 7,7% para os aposentados, será preciso fazer novos cortes de despesas no Orçamento, que atingem este ano, aproximadamente, R$ 31,8 bilhões, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

De acordo com o ministro, se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetar o reajuste de 7,7%, será sugerido um abono aos benefícios, que ajudará a manter o reajuste de 6,14%, que está em vigor desde janeiro deste ano por MP (Medida Provisória).

“Isso ainda está indefinido, mas, se o presidente vetar a proposta do Congresso Nacional de 7,7%, o que prevalece é o reajuste de 3,5%, que é da inflação do período. Só que nós estamos pagando 6,14%”, afirmou Mantega, segundo a Agência Brasil.

Masterclass

O Poder da Renda Fixa Turbo

Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Decisão
Mantega ainda afirmou que a decisão de vetar ou não o reajuste de 7,7% é do presidente Lula, que está avaliando apenas fatores econômicos e políticos.

“Não temos condições de dar esses aumentos que foram aprovados pelo Congresso Nacional. Para darmos o aumento de 7,7%, teremos que fazer novos cortes no Orçamento”, concluiu.

A situação
Desde o início do ano, os beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que recebem acima do salário mínimo esperam a decisão sobre qual reajuste será aplicado. Na MP enviada ao Congresso, o percentual era de 6,14%, o que está sendo aplicado desde janeiro, mas Câmara e Senado aprovaram o de 7,7%.

Continua depois da publicidade

Em reunião realizada na segunda-feira (24), o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, concluiu que o presidente não está certo sobre o veto a esse reajuste, que traria uma grande despesa ao orçamento da União. Apesar disso, ele acredita que o presidente não permitirá a aplicação do percentual maior. 

Bernardo e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, aconselharam o veto, mas o presidente disse que precisaria ouvir outras pessoas antes de tomar a decisão.