Base governista na Câmara e no Senado diz que mínimo não será negociado

"O salário mínimo é o resultado de um acerto feito entre o governo e as centrais. Vai continuar dessa forma", disse Romero Jucá

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SÃO PAULO – O aumento do salário mínimo, de R$ 510 para R$ 545, não deve sofrer qualquer alteração, segundo afirmam os líderes da bancada governista tanto na Câmara dos Deputados, como no Senado Federal.

Tanto Romero Jucá (PMDB-PR), líder no Senado, como Cândido Vaccareza (PT-SP), líder na Câmara, descartam a possibilidade de negociar um salário mínimo acima do valor previsto para este ano ou mesmo alterar as regras acordadas pela gestão do ex-presidente Lula para corrigir esses valores.

“O salário mínimo é o resultado de um acerto feito entre o governo e as centrais. Vai continuar dessa forma”, disse Jucá.

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A previsão é de que, em duas semanas, a matéria seja votada no Senado. Na Câmara, o projeto de lei que trata do valor do salário mínimo deve ser votado na próxima quarta-feira (16).

Oposição
A oposição, que, segundo publicado pela Agência Brasil, levantou a bandeira da redução dos gastos públicos nos últimos oito anos, agora se vê diante da reivindicação de valor maior que os R$ 545 e a manutenção da defesa da austeridade fiscal. O líder do DEM, José Agripino Maia (RN), disse que essa “é uma questão para ser examinada como uma prioridade para a área social”.

Ele lembrou, inclusive, que a própria presidente preservou os investimentos sociais do corte de R$ 50 bilhões no orçamento, anunciados nesta semana. Dessa forma, acredita ele, cabe ao Executivo um esforço concentrado para também conceder um salário mínimo maior que os R$ 545 encaminhados ao Congresso.