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Supley expande produção de suplementos e quer ir à Bolsa para financiar aquisições

Empresa de suplementos projeta faturamento de R$ 1,1 bilhão para 2024 e vai ampliar fábrica com investimento de R$ 10 milhões

Mitchel Diniz

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A Supley, fabricante de suplementos de marcas como Max Titanium, Probiótica e Dr. Peanut, continua a investir para ampliar sua capacidade produtiva. Neste ano, deverá desembolsar R$ 9,8 milhões para agregar mil metros quadrados à sua fábrica em Matão, no interior de São Paulo. Com a ampliação, espera aumentar em até 65% a produção nas linhas de envase de potes voltados aos produtos de maior relevância para a empresa: whey protein e creatina.

A CEO da empresa, Mariane Morelli, afirma que, nos últimos três anos, a Supley intensificou investimentos em tecnologia e galpões, para suportar novas linhas de produção. Em 2023, a a empresa já havia dedicado R$ 7 milhões à automatização de seu parque fabril, com aquisição de maquinário, e à ampliação de espaços para recebimento de matéria-prima e produtos acabados.

Hoje, a Supley tem uma fábrica de 20 mil metros quadrados e um centro de distribuição em Matão. A Dr. Peanut também conta com uma unidade fabril em Curitiba, na capital paranaense. A empresa adquiriu 50% da fabricante de pasta de amendoim no início de 2023, com recursos do próprio caixa.

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No ano passado, a Supley faturou R$ 967 milhões, e com a produção ampliada, a meta é superar R$ 1 bilhão em 2024.

“Nossa expectativa é que o mercado de suplementos dobre de tamanho nos próximos cinco anos”, afirmou Mariane ao IM Business. “Estamos nos preparando para suportar esse crescimento de forma orgânica e inorgânica, com a possibilidade de aquisições de novas marcas que possam fazer sentido no nosso portfólio. O mercado é bastante pulverizado”.

A Supley também vende seus produtos fora do Brasil, em países como Chile, Bolívia, Emirados Árabes Unidos, Angola e Portugal. Moçambique, Equador, Paraguai, Canadá e Japão são os próximos mercados onde a empresa pretende entrar.

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Nos Estados Unidos, mercado considerado altamente competitivo, fechou parceria com duas empresas locais para distribuir suplementos: Ativa Brands e Single Packet. A companhia informa já ter investindo US$ 200 mil em registro de produtos no exterior.

“Nosso faturamento no exterior não representa um percentual muito grande das nossas receitas. Não desperdiçamos oportunidades fora, mas focamos muito nossas energias no Brasil”, afirma a CEO.

Sem detalhar os números, Mariane afirma que a Supley bateu recorde de margem Ebitda no ano passado, “com alavancagem baixa, inferior a 0,2 vez”, conta. “Temos capacidade de caixa e nível de endividamento adequado para continuar investindo”

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IPO é prioridade

Mariane fundou a empresa com os amigos Carlos Philipe e Alberto Moretto quando os três ainda eram adolescentes. Após criar a marca Max Titanium, a Supley comprou a Probiótica, em 2018, e se tornou líder em vendas de whey protein e creatina no país. Agora, sonha em ser a primeira empresa brasileira de suplementos listada na Bolsa.

“IPO é a nossa prioridade e temos preparado a empresa para isso, tanto na parte de governança quanto de números”, afirma Mariane. “É claro que não depende só da gente, mas também de uma janela mercadológica que, conforme nos contam os bancos, poderia se abrir ainda este ano”.

A Supley quer ir à Bolsa para capitalizar investimentos de maior porte e que extrapolam a capacidade de financiamento próprio da companhia.

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“Hoje, mapeamos empresas que faturam de R$ 50 milhões a R$ 100 milhões, pois são valores que condizem com nossa capacidade de caixa. No mercado de capitais a gente consegue recursos suficientes para aquisições de R$ 200 milhões a R$ 300 milhões”, afirma a CEO.

“As empresas do segmento estão muito valorizadas, no mundo inteiro. É preciso um capital adicional para fazer essas aquisições”.

Parceria interrompida

Entre o fim de 2023 e o começo deste ano, a Supley teve que gerenciar uma crise de imagem, depois que o fisiculturista e influenciador fitness Renato Cariani passou a ser investigado pela Polícia Federal por desvio de produtos químicos para a produção de drogas. Cariani atuava como embaixador das marcas do grupo e chegou a se apresentar como sócio da Supley durante entrevista a um podcast, o que foi prontamente desmentido pela empresa.

A Supley esclareceu que negociava um acordo de “media for equity” com o influenciador. Cariani ganharia uma participação na empresa como pagamento pelo seu trabalho de divulgação das marcas.

Após a denúncia, a negociação foi interrompida e todas as ações de marketing que envolviam o influenciador foram suspensas, enquanto a empresa aguardava os desdobramentos da investigação. Cariani virou réu por tráfico de drogas e a Supley informou que hoje não tem qualquer tipo de parceira com ele.

IM Business

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados