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Uma nova rota internacional da Azul está prestes a entrar em operação. Em dezembro deste ano, a companhia aérea vai começar a operar voos diretos para Assunção, capital do Paraguai, a partir de quatro cidades brasileiras. Campinas (SP) e Curitiba (PR) terão voos regulares, enquanto Recife (PE) e Florianópolis (SC) vão contar com a rota somente durante períodos de alta temporada. O novo destino é anunciado em momento de retomada de voos da companhia para o exterior.
“Circunstâncias na cadeia de suprimentos fizeram com que nossa disponibilidade de aeronaves diminuísse e tivéssemos que fazer alguns ajustes na malha”, explicou nesta segunda-feira (15) Vitor Silva, gerente de planejamento e estratégia da Azul ao IM Business. Desde o último mês de março, a aérea não realiza mais voos para os Estados Unidos saindo de Belo Horizonte e Recife. Mas a partir de junho, os trechos para Fort Lauderdale e Orlando, na Flórida, devem ser retomados.
“Nunca cancelamos as vendas do futuro. Sempre tivemos a expectativa que seria algo temporário e mantivemos as vendas a partir de junho, inclusive crescendo mais à frente. Eu diria que passamos por um pequeno solavanco e hoje estamos voltando ao patamar normal, o que permite inclusive fazer uma ampliação de voos internacionais”, afirma Silva.
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A Azul espera ampliar a oferta de assentos em 11% em 2024 com a chegada de novos aeronaves. “Temos uma parceria próxima com a Embraer, por sermos um dos maiores clientes da empresa, e a situação que ela tem é de menos incerteza na entrega de aeronaves. Nisso estamos privilegiados, de não ter tanto risco de atrasos”, afirmou Alex Malfitani, CFO da Azul, em entrevista ao Por Dentro dos Resultados, do InfoMoney, no final de março.
A Azul informou que os voos para Assunção vão ser realizados por dois modelos: o Embraer E2, com capacidade para 136 passageiros, e o A320, da Airbus, que comporta até 174 ocupantes.
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“O Paraguai é um dos países que mais cresce na América do Sul atualmente e a oferta de assentos do mercado aéreo não tem acompanhado isso”, disse Silva, durante o anúncio do novo destino à imprensa. “O país é o quarto maior emissor de turistas para o Brasil, que chegam, em sua maioria, pelo eixo rodoviário e não por transporte aéreo”.
Onde a concorrência não está
A escolha de Assunção como novo destino internacional também replica uma estratégia da companhia no mercado doméstico: operar destinos onde há baixa concorrência de outras companhias aéreas.
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“Se fossemos depender de destinos óbvios, dividiríamos demanda. A rentabilidade não seria a mesma e o risco de entrar para depois sair, é muito grande. Queremos criar rotas perenes”, afirma o executivo.
A ideia também é abrir uma loja da Azul Viagens no Paraguai, para a distribuição de pacotes de viagem. “Não vamos vender só o voo. Vamos vender hotel, transfer e todas as atividades daquele destino, o que é uma nova oportunidade de receita. Fora a Azul Cargo”.
Questionado sobre o apetite da Azul por novos destinos fora do país, Silva explica que o foco da companhia ainda é o mercado doméstico e isso não deve mudar no médio prazo. “Os destinos internacionais são necessários para que haja um equilíbrio da malha. […] Nossa penetração internacional é comedida, mas ela vai crescendo aos pouquinhos”, diz o executivo.
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Atualmente, a companhia opera voos diretos para sete cidades no exterior: Paris, Lisboa, Orlando, Fort Lauderdale, Curaçao, Montevidéu e Punta Del Leste.