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A consolidação do mercado de assessoria de investimentos arrefeceu nos últimos anos, mas deve acelerar o ritmo em 2025, projeta Guilherme Champs, advogado especialista em direito societário e focado no mercado financeiro.
O escritório que fundou em 2018 já atuou em mais de 300 operações de lá para cá. Entre elas, a fusão das operações da Faros e da Private, negócio que envolveu um patrimônio de R$ 8 bilhões, fechado em 2020.
Atualmente, Champs trabalha em quatro negociações entre escritórios de investimentos que somam aproximadamente R$ 20 bilhões sob custódia.
“É um movimento natural de um mercado que expandiu e agora passa a se consolidar em uma seleção natural de players”, explica o advogado, que se refere principalmente às fusões e incorporação entre as assessorias de investimentos. “Essa tendência deve continuar se acentuando porque hoje o business de assessoria está cada vez mais complexo, e ser um bom assessor não significa necessariamente que você é um bom empresário”, observa.
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Projeções para os negócios em 2025
Embora em andamento, o movimento de consolidação do mercado de assessoria de investimentos perdeu força nos últimos dois anos, afirma Champs, que atribui o arrefecimento da tendência ao cenário macroeconômico.
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“O cenário de juros elevados prejudica investimentos de maior risco e comprar uma empresa é um negócio que embute risco”, explica. “[Os negócios] que tivemos foram transações que já estavam contratadas e tiveram suas conclusões”, contextualiza.
Mas mesmo com a manutenção das taxas de juros em patamares elevados, o advogado relata uma mudança significativa de humor neste semestre e aposta em um cenário mais positivo para fusões e incorporações entre escritórios de investimentos no ano que vem.
“De junho para cá, houve uma melhora no ambiente de negócios e percebemos aqui no escritório aumento no número de contratos de confidencialidade (primeiro passo para novas transações)”, revela. “Sentimos que 2025 tende a ser um ano melhor e há uma expectativa do mercado nesse sentido”, reflete.
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Para Champs, a mudança de humor na virada do semestre pode ter tido relação com tendência de corte dos juros nos Estados Unidos – que acaba servindo de referência para outros mercados. Na época, ele também observava um ambiente menos tenso no campo político.
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Consolidação necessária
Independentemente dos juros e em maior ou menor ritmo, Champs vê como inevitável a consolidação dos escritórios de investimentos dada a própria expansão do segmento.
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“Haja vista que, às vezes, uma operação é muito forte em um tipo de produto e precisa ganhar força no mercado mais competitivo”, detalha. “Desta forma, esta operação vai acabar se juntando com uma outra que é complementar pra ganhar escala”, finaliza.
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