BRF e Marfrig de olho na venda de ativos; 4 notícias de Petrobras, Itaú elevado e outros destaques do mercado

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta quarta-feira (27)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em uma sessão que promete ser de liquidez reduzida, principalmente durante a tarde, o mercado fica de olho no noticiário movimentado para a Petrobras, BRF e Marfrig podendo vender ativos, além do Santander Brasil aprovando dividendos intercalares e um grande acionista da Azul de olho na venda de ações. Confira no que ficar de olho nesta quarta-feira (27):

Petrobras (PETR3;PETR4)

O Bradesco BBI iniciou sua cobertura de Petrobras com recomendação “neutra”, rebaixando ainda seu preço-alvo para os papéis PETR4 de R$ 23 para R$ 18 – o que ainda implica potencial de alta de 12% em relação aos R$ 16,04 do último fechamento.

Além disso, o Conselho da Petrobras elegeu o executivo Rafael Grisolia como novo diretor financeiro da companhia, entrando no lugar de Ivan Monteiro, que desde o início do mês se tornou o novo presidente da companhia.

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Grisolia já trabalhou na área financeira da Esso, Cremer, do Grupo Trigo e da Inbrands, e atua como diretor executivo financeiro e de relações com investidores da Petrobras Distribuidora desde agosto do ano passado. Seu novo mandato tem prazo de acabar no dia 26 de março de 2019, junto com o dos demais membros da diretoria financeira da petrolífera.

A estatal ainda informou que acertou a venda de distribuidoras no Paraguai para a Copetrol, estimando a venda em R$ 1,45 bilhão. 

Por fim, a Petrobras alterou o preço da gasolina nas refinarias de R$ 1,8783 o litro para R$ 1,9027 o litro, segundo informações no website da empresa. O preço do diesel mantido em R$ 2,0316 o litro. Os preços antes de impostos válidos a partir de 28 de junho. 

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Recomendações

Além da recomendação do Bradesco BBI para Petrobras, o Safra elevou a recomendação do Itaú Unibanco (ITUB4) para outperform (desempenho acima da média), com preço-alvo de R$ 49,50, enquanto a Itaúsa (ITSA4) foi elevada a outperform com preço-alvo de R$ 12. 

Operadores de saúde

Atenção para uma notícia que pode mexer com as ações de operadoras de planos de saúde. A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) publicou nesta quarta  no Diário Oficial da União decisão que autoriza as operadoras a reajustarem os planos de saúde individuais em até 10%. A resolução é retroativa a 1º de maio deste ano e vale até 29 de abril de 2019.

A Justiça chegou a limitar o reajuste em 5,72% (percentual equivalente à inflação atual medida pelo Índice IPCA para o segmento de saúde e cuidados pessoais) a pedido do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor ), mas a liminar foi derrubada 10 dias depois, autorizando o percentual de 10% oficializado agora. Em 2017, o percentual de correção definido foi de 13,55%.

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JSL (JSLG3) e Movida (MOVI3)

O Conselho de Administração da Movida aprovou compromisso de subscrever e
integralizar o valor mínimo de R$ 200,3 milhões, equivalente a 32 milhões de novas ações ON, no contexto do aumento de capital da controlada Movida Participações, segundo comunicado. O Conselho da Movida aprovou aumento do capital social de R$ 312,6 milhões, com possibilidade de homologação parcial, mediante emissão privada de 49,9 milhões de novas ações ON ao preço de emissão de R$ 6,26 por ação, segundo outro comunicado.

O aumento de Capital permitirá que a companhia continue executando seus planos de negócios e atuando, de forma bem posicionada, no mercado de locação de veículos, com crescentes oportunidades. O aumento de capital visa fortalecer sua estrutura de capital num momento de instabilidade político-econômica do país. 

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Elétricas

O leilão da Aneel de 28 de junho pode criar boa oportunidade para Taesa (TAEE11), Alupar (ALUP11) e Equatorial (EQTL3), diz o Itaú BBA em relatório, notando que as companhias têm tido dificuldades de vencer leilões recentemente, dadas as propostas agressivas de grupos internacionais. Transmissão Paulista (TRPL4) teve o preço-alvo elevado de R$ 73 para R$ 77, em razão da relação risco/recompensa mais atraente.

Santander (SANB11)

O Conselho de administração do banco aprovou a distribuição de dividendos intercalares de R$ 0,07649556233 por ação ordinária, R$ 0,08414511856 por ação preferencial e R$ 0,16064068089 por unit – totalizando R$ 600 milhões. As ações passam a ser negociadas ex-dividendos a partir do dia 5 de julho, e o pagamento está marcado para o dia 27 de julho.

Pão de Açúcar (PCAR4)

O conselho de administração do GPA aprovou em reunião realizada na terça-feira a venda de dois centros de distribuição na região metropolitana de São Paulo, informou a empresa em comunicado. 

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As unidades que serão vendidas são o centro de distribuição 01, no quilômetro 18 da rodovia Anhanguera, e o centro de número 04, na estrada Turística do Jaraguá. A companhia citou a “reorganização da estrutura logística da companhia” e que a alienação dos centros faz parte de uma das “etapas da reorganização”.

BR Distribuidora (BRDT3)

A BR Distribuidora definiu que o presidente da companhia, Ivan de Sá, vai acumular interinamente o cargo de Diretor Financeiro e de Relações com Investidores. Ele vai substituir Rafael Salvador Grisolia, que foi anunciado há pouco como novo Diretor Financeiro e de RI da Petrobrás.

A eleição de um novo diretor Financeiro e de RI da BR Distribuidora acontecerá após um processo de seleção, que está em andamento com empresa de headhunter.

BRF (BRFS3)

A BRF poderá retomar estratégia de venda de ativos para estancar parte dos problemas enfrentados com a paralisação de algumas unidades, reflexo da Operação Carne Fraca, diz Coluna do Broad, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo. 

O aumento de capital de até R$ 4 bilhões também foi considerado, mas visto com ceticismo por alguns acionistas, segundo a coluna. Mesmo grupo de acionistas considera que algo precisa ser feito e que Pedro Parente tem de agir rapidamente
BRF já vinha estruturando venda de alguns frigoríficos a um grande grupo chinês, mas o negócio foi interrompido no início de junho, diz a coluna sem revelar o nome do grupo asiático.

A companhia teria voltado atrás, exigindo do comprador que levasse um lote de frigoríficos para concluir a transação. A BRF disse que sua posição de caixa é robusta e que, portanto, não há necessidade de aumento de capital, segundo o jornal.

Marfrig (MRFG3)

A Marfrig recebe proposta de firma do Arkansas por Keystone, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg. Cinco empresas apresentaram ofertas vinculantes para comprar os ativos da Keystone Foods, fornecedora norte-americana de nuggets de frango para o McDonald’s de propriedade da Marfrig. A companhia estuda as ofertas e deve concluir o processo em breve, disseram as pessoas; a Marfrig não quis comentar.

Azul (AZUL4)

A chinesa Hainan Airlines anunciou nesta quarta-feira que planeja vender sua participação remanescente na companhia aérea brasileira Azul, mas sem dar mais detalhes. 

A Hainan, parte do conglomerado HNA, vendeu em abril parte de sua fatia na Azul para uma subsidiária da United Continental por US$ 138,3 milhões. A Hainan disse que a venda foi uma decisão estratégica em função das condições do mercado de ações e que ajudaria a empresa a manter a liquidez e manter a reestruturação de ativos nos trilhos.

A HNA, o conglomerado de serviços de aviação para serviços financeiros, tem vendido imóveis no exterior e alguns de seus maiores investimentos financeiros e estratégicos após uma onda de aquisições de 50 bilhões de dólares nos últimos dois anos. A Azul é a terceira maior aérea do Brasil, atrás da unidade brasileira da Latam e da Gol.

Weg (WEGE3)

O Conselho de Administração da Weg aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio no valor total de R$ 82.156.357,99, correspondente a R$ 0,039176471 por ação. Farão jus ao pagamento os investidores com ações da companhia em 29 de junho, com os papéis passando a negociar na forma “ex” a partir de 2 de julho.

Suzano (SUZB5)

A Suzano aprovou a emissão de R$ 4,68 bilhões em debêntures, em regime de garantia firme de colocação que terá vencimento em 8 anos. A remuneração será de 112,50% do CDI e os recursos serão integralmente usados para parcela em dinheiro da aquisição das ações da Fibria, informou a companhia.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.