Genesis contrata banco de investimentos Moelis para lidar com possível falência

O CEO da controladora da empresa cripto revelou que a Genesis tem um passivo de cerca de US$ 575 milhões

CoinDesk

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A Genesis Global Capital contratou o banco de investimentos Moelis & Company para explorar estratégias para lidar com a recente crise do mercado cripto, incluindo uma possível falência. A informação foi publicada pelo The New York Times na terça-feira (22). O jornal ouviu três pessoas familiarizadas com a situação.

Nenhuma decisão final foi tomada e a empresa ainda pode evitar um pedido de falência, disse a reportagem.

A Genesis passou grande parte de novembro lutando para levantar novo capital ou chegar a um acordo com os credores, graças à sua exposição ao colapso da exchange de criptomoedas FTX.

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A unidade de empréstimos institucionais da empresa foi forçada na semana passada a suspender resgates e novas entradas de clientes. A Genesis também divulgou anteriormente que sua unidade de derivativos tinha cerca de US$ 175 milhões em fundos bloqueados em sua conta de negociação na FTX.

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Como resultado, a controladora da empresa, o Digital Currency Group (DCG), optou por fortalecer o balanço patrimonial da Genesis com uma injeção de capital de US$ 140 milhões.

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Em junho, a Genesis supostamente sofreu perdas de centenas de milhões de dólares devido a empréstimos feitos ao fundo de hedge cripto falido Three Arrows Capital (3AC).

Separadamente na terça, o fundador e CEO do DCG, Barry Silbert, disse em nota enviada aos acionistas que o DCG tem um passivo de aproximadamente US$ 575 milhões para a Genesis Global Capital, com vencimento em maio de 2023.

“Nos últimos dias, houve conversas sobre empréstimos entre a Genesis Global Capital e o DCG”, escreveu Silbert. “Para quem não sabe, no curso normal dos negócios, o DCG tomou dinheiro emprestado da Genesis Global Capital da mesma forma que centenas de firmas de investimento em cripto. Esses empréstimos foram sempre estruturados em condições normais de mercado e precificados de acordo com as taxas de juros vigentes.”

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Atualmente, continuou ele, “o DCG tem um passivo para com a Genesis Global Capital de cerca de$ 575 milhões, com vencimento em maio de 2023. Esses empréstimos foram usados para financiar oportunidades de investimento e para recomprar ações do DCG de acionistas não funcionários em transações secundárias destacadas anteriormente nas atualizações trimestrais dos acionistas.”

Silbert também falou para os investidores que há ainda uma nota promissória de US$ 1,1 bilhão com vencimento em junho de 2032, citando que ela estava relacionado a passivos da Genesis associados ao fundo 3AC.

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“Além dos empréstimos entre empresas da Genesis Global Capital com vencimento em maio de 2023 e da nota promissória de longo prazo, a única dívida do DCG é uma linha de crédito de US$ 350 milhões de um pequeno grupo de credores liderados pela Eldridge (holding norte-americana)”, escreveu Silbert. Ele acrescentou que o DCG levantou apenas US$ 25 milhões em capital social e está a caminho de gerar US$ 800 milhões em receita neste ano.

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