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O dia é de correção no mercado de criptomoedas após um rali que chegou a recuperar cerca da metade do que havia sido perdido na queda brusca de ativos digitais no último final de semana. O Bitcoin (BTC) não conseguiu superar os US$ 52 mil, nível visto como uma possível resistência, e chegou a perder os US$ 50 mil, preço apontado por analistas como crucial para manter neste momento.
Às 7h53, o Bitcoin é negociado a US$ 49.569, em queda de 3,9% nas últimas 24 horas. Na semana, as perdas já passam de 13%. No entanto, o preço chegou a atingir US$ 49.300 momentaneamente em algumas corretoras.
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Segundo a casa de análise Santiment, dados da blockchain sugerem que o crash do mercado teve origem principalmente no comportamento de investidores de varejo com “mãos fracas”. Com o receio de que o preço caísse mais após realização de lucros de grandes investidores, esses usuários teriam desfeito suas posições e criado as condições para a liquidação de traders alavancados que provocou o recuo mais brusco na madrugada de sábado (4).
Por fim, o cenário teria sido resultado do “aumento do FUD [medo, incerteza e dúvida] entre alguns detentores de BTC”, disse a Santiment em relatório. Embora novas perdas de curto prazo não estejam descartadas, há confiança entre especialistas de que a estrutura de alta se mantém intacta para médio e longo prazos.
Outras criptos com maior valor de mercado caíam mais no começo da manhã, caso de Solana (SOL), que foi a US$ 188, e Cardano (ADA), que era negociada a US$ 1,38 e já acumulava perdas de cerca de 30% nos últimos 30 dias em meio à falta de entrega de uma plataforma de contratos inteligentes funcional.
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As que registram as maiores perdas eram Radix (XRD), Kadena (KDA), Wonderland (TIME), Nexo (NEXO) e Decentraland (MANA), operando entre 7% e 10% negativos. Criptomoedas ligadas a projetos de metaverso também recuaram nesta manhã, com destaque também para Gala (GALA) e The Sandbox (SAND), que cediam entre 7% e 8% por volta das 7h.
Outros ativos eram negociados na contramão, com alta de até dois dígitos. A Tezos (XTZ) disparou quase 30% após anúncio de que a blockchain será usada pela Ubisoft para emitir NFTs de jogos. Além disso, a Polygon (MATIC) bateu US$ 2,48 um dia antes de um evento muito esperado por possivelmente trazer novidades relevantes para o projeto, incluindo seu papel no futuro do Ethereum – o cofundador Vitalik Buterin tem presença marcada.
Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h53:
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Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Bitcoin (BTC) | US$ 4.277,67 | -3,9% |
Ethereum (ETH) | US$ 4.277,67 | -3,0% |
Binance Coin (BNB) | US$ 574,31 | -2,8% |
Solana (SOL) | US$ 185,17 | -8,5% |
Cardano (ADA) | US$ 1,35 | -7,5% |
As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:
Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Tezos (XTZ) | US$ 5,42 | +25,1% |
Chainlink (LINK) | US$ 22,34 | +11,6% |
EOS (EOS) | US$ 3,61 | +10,9% |
Spell Token (SPELL) | US$ 0,01855260 | +8,4% |
Polygon (MATIC) | US$ 2,48 | +6,8% |
As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:
Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Radix (XRD) | US$ 0,291758 | -9,8% |
Kadena (KDA) | US$ 10,92 | -9,5% |
Wonderland (TIME) | US$ 5.445,88 | -8,6% |
Nexo (NEXO) | US$ 2,33 | 7,7% |
Decentraland (MANA) | US$ 3,74 | 7,3% |
Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:
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ETF | Preço | Variação |
Hashdex NCI (HASH11) | R$ 54,90 | +1,64% |
Hashdex BTCN (BITH11) | R$ 68,40 | +2,24% |
Hashdex Ethereum (ETHE11) | R$ 72,99 | +0,69% |
QR Bitcoin (QBTC11) | R$ 17,90 | -0,55% |
QR Ether (QETH11) | R$ 17,52 | +0,57% |
Veja as principais notícias do mercado cripto desta quarta-feira (8):
Meta de novo na mira de reguladores por carteira digital Novi
Reguladores de diversos órgãos dos Estados Unidos voltaram a cobrar a Meta por mais informações sobre o funcionamento da carteira digital Novi, que ainda está em fase de testes. Funcionários do governo americano apontam que o produto aceitaria depósitos de dólares de usuários, o que em tese exigiria uma licença bancária específica para o seu funcionamento.
Atualmente, a Novi detém uma licença para operar como uma empresa de serviços financeiros de acordo com a lei federal dos EUA, além de permissão em 38 estados e no Distrito de Columbia para atuar como transmissora de valores. Já os reguladores de Nova York classificam a empresa como um truste de propósito limitado.
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Paira ainda um receio de que a stablecoin que irá alimentar o ecossistema da Novi sofra problemas de liquidez, o que também obrigaria os reguladores a investigar o serviço por mais tempo.
Por esses motivos, reguladores dos setores bancário, de proteção ao consumidor e antitruste pediram que a Meta volte a suspender o lançamento da carteira digital até segunda ordem.
Binance e outras corretoras são afetadas por falhas no Amazon Web Services
Corretoras de criptomoedas como a Binance e a Coinbase relataram problemas no login de usuários em suas plataformas por conta de uma pane no Amazon Web Services (AWS), o serviço de hospedagem em nuvem da Amazon, na terça-feira (7).
No Brasil, usuários relataram problemas no processamento de pagamentos e saques via Pix em diversas plataformas. A fintech Pactual, que é responsável por processar as transações via Pix para a Binance e outras corretoras, emitiu um comunicado a seus clientes informando sobre falhas no sistema.
Até mesmo a exchange descentralizada dYdX foi afetada, com usuários se queixando da aparente falta de descentralização da corretora. Em nota, a empresa afirmou que “infelizmente, ainda existem algumas partes da exchange que dependem de serviços centralizados”, como o AWS, mas disse estar comprometida a buscar “a descentralização total” do protocolo.
Dogecoin e Ethereum entre as notícias mais buscadas em 2021
A alta das criptomoedas em 2021 fez a Dogecoin (DOGE) e o Ethereum (ETH) despontarem entre as 10 notícias mais pesquisadas no Google, a principal plataforma de buscas do mundo.
Segundo o ranking da empresa divulgado na terça-feira (7), as buscas por notícias sobre a Dogecoin registram o quarto maior volume do ano no mundo, atrás apenas de “Afeganistão”, “Ações da AMC” e “Vacina da Covid”.
A Dogecoin ganhou destaque principalmente no primeiro semestre após disparada que chegou a 14.000% de janeiro a maio, quando a meme coin (ou shitcoin) bateu sua máxima histórica de US$ 0,73, impulsionada por declarações do CEO da Tesla, Elon Musk. O salto deu origem a novos milionários, incluindo um brasileiro, encorajando outras pessoas a tentarem o mesmo caminho mesmo contra a recomendação de especialistas.
Já o Ethereum ganhou fama por ser a plataforma que serviu de base para a criação de aplicativos de finanças descentralizadas (DeFi) e depois para os NFTs. Como consequência, o preço do ativo disparar praticamente o triplo do Bitcoin no ano. No segundo semestre, as buscas também foram impulsionadas pela expectativa de subida após uma importante atualização implementada em agosto.
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