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SÃO PAULO – Mesmo com a previsão de aumento na arrecadação para o ano que vem em torno de R$ 17,7 bilhões, não será possível reajustar o salário mínimo para R$ 580, como pediram as centrais sindicais.
A declaração foi feita pelo relator do Orçamento da União, senador Gim Argello (PTB-DF). Segundo ele, com a arrecadação extra, será preciso atender a 11 novas demandas, no valor total de R$ 30 bilhões – algumas delas inadiáveis, em razão de decisões judiciais.
Segundo informações da Agência Câmara, Argello disse que o valor de R$ 540 está garantido. O projeto de lei orçamentária prevê o valor de R$ 538 e os R$ 2 adicionais foram negociados com o governo.
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Cada R$ 1 de aumento no mínimo representa um gasto de R$ 286,4 milhões para o governo federal.
Dilma
O senador vai se reunir na próxima semana com a presidente eleita Dilma Rousseff, para discutir o novo valor do mínimo.
Atualmente, o critério adotado pelo governo para reajustar o salário mínimo é baseado na inflação do ano anterior e na variação do PIB (Produto Interno Bruto) dos dois anos anteriores. Dilma, porém, em seu primeiro pronunciamento ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira (3) declarou que, como o PIB de 2009 foi zero devido à crise internacional, ela poderia avaliar uma forma de fazer uma compensação.