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Muitos fundos em um

Para os que não querem analisar e acompanhar o mercado, investir em fundo de fundos imobiliários é uma opção.
Por  Arthur Vieira de Moraes
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Continuando uma série de artigos que vem tratando dos negócios imobiliários que os fundos exploram, após escrever sobre escritórios, condomínios logísticos e shopping centers, hoje o tema será fundos de fundos.

Já está claro que cada negócio imobiliário possui características bem diferentes e que investir em FII é uma maneira indireta de investir em imóveis. Mas existe também a forma indireta de investir nos fundos imobiliários, por meio dos fundos de fundos imobiliários.

Quem por algum motivo não quer ou não sabe escolher em quais FII investir tem a opção de investir num fundo de fundos, deixando a cargo de um gestor a tarefa de selecionar quais e quando comprar e vender cotas de FII.

São várias as opções desse tipo de fundo. Como não investem em imóveis propriamente ditos foram apelidados de “fundos de papel”. São idênticos aos demais FII, as cotas são negociadas em bolsa, pagam rendimentos que são isentos de IR para pessoas físicas, tudo igual, apenas não possuem “tijolos” no patrimônio e sim cotas de outros FII.

 

O que esperar de um Fundo de fundos imobiliários

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Existem cerca de 10 fundos de fundos sendo negociados na BM&FBovespa e eles são bem distintos, de forma que não se pode traçar uma expectativa em comum. Alguns fundos são de carteira livre, em que qualquer ativo pode ser incluído no patrimônio, os mais recentes já são referenciados no IFIX e, portanto, investem primordialmente nos fundos que façam parte da carteira teórica do índice. Há fundos que repassam integralmente aos cotistas os rendimentos recebidos, outros possuem políticas que possibilitam a retenção dos rendimentos.

Talvez a única característica em comum é que são todos de gestão ativa, o que significa que os gestores buscam lucros também com o giro da carteira, comprando e vendendo as cotas sempre que julgarem conveniente.

 

Riscos e vantagens

O principal risco para o investidor é o de mercado, risco de as cotas desvalorizarem. Claro que ao investir em cotas de outros FII tais fundos, indiretamente, assumem todos os riscos específicos de cada negócio imobiliário, mas o investidor não conhece em detalhes a carteira do fundo, portanto não tem como avaliar os riscos indiretos.

A vantagem mais clara desta modalidade é a praticidade, fundo de fundos é a maneira mais simples e diversificada de investir em FII. Outro ponto interessante é o tributário. Quando o gestor vende cotas com lucro o fundo não paga imposto de renda e o lucro pode ser distribuído aos cotistas na forma de rendimentos, que também são isentos para as pessoas físicas.

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O que impacta preços

Muitas taxas. Um fundo de FII paga taxa de administração para todos os outros fundos em que investe e ainda cobra taxa de administração dos seus próprios cotistas. Essa sobreposição de cobranças pode pesar sobre o resultado do fundo de FII. Além disso é comum a existência de taxa de performance se renderem acima de determinado parâmetro, tal qual o IFIX.

 

Fique de olho

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Conheça a politica de investimentos e de distribuição de rendimentos do fundo de fundos, avalie a liquidez das cotas e preste atenção às taxas de administração e performance.

 

PS.: Notaram que o InfoMoney passou a dar destaque para o IFIX? Vejam no topo da página, ao lado dos índices das bolsas mundiais, a pontuação e variação do IFIX. 

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