Um cartão amarelo para os escritórios que querem virar corretora

A regra é clara: conselho do Arnaldo Cezar Coelho não se dispensa

Josué Guedes

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Texto originalmente enviado aos assinantes da newsletter Stock Pickers no sábado, 26 de junho de 2021. Para recebê-la, clique aqui.

Se a lista de jogadores de futebol que entraram para a história por sua habilidade é pequena, a de jogadores que se tornaram bons técnicos é menor ainda.

Como disse Ronaldinho Gaúcho, jogo é jogo, treino é treino.

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Falando nele, Ronaldinho é um daqueles que, sem dúvida, marcou época no mundo do futebol. Quem não lembra da sua estreia na seleção brasileira ou aquele clássico gol feito na copa de 2002 contra a Inglaterra (até hoje não sei se ele chutou mesmo direto para gol)?

Apesar disso, parece que a ideia de se tornar técnico não está nos planos do Rei dos rolês aleatórios (e se tivesse: será que se destacaria?).

Por outro lado, alguns jogadores que não fizeram tanta fama nos gramados acabaram se tornando grandes técnicos.

Muricy Ramalho, por exemplo, apesar de ter afirmado que jogava 10x melhor do que os jogadores do São Paulo, não fez uma grande história como jogador. Porém, sem clubismo, se firmou como um dos maiores técnicos do futebol brasileiro.

Justiça seja feita: Muricy chegou a ser cotado para a seleção brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1978, na Argentina, mas teve a carreira atrapalhada por uma série de lesões no joelho.

Como jogador, Muricy acumulou 3 campeonatos em 11 anos. Já como técnico, levantou 17 vezes o caneco de campeão.

Resumindo: um jogador excepcional não necessariamente será um bom técnico (e vice-versa).

No último episódio do Stock Pickers, conversamos com Arnaldo Cezar Coelho, 78 anos, que, para muitos, é “apenas” o primeiro árbitro brasileiro a apitar uma final de Copa do Mundo e que depois de se aposentar dos gramados virou comentarista na TV.

Mas o que nem todos sabem é que Arnaldo teve uma longa carreira como corretor: começou no banco Multiplique, depois virou sócio da Corretora Liquidez por mais de 20 anos, até ser vendida.

Arnaldo é uma delas pessoas que não tem como você não admirar: teve uma origem muito humilde e conseguiu transformar uma profissão nada promissora, árbitro de futebol, em uma alavanca para vários outros negócios.

E, além disso, criou uma profissão nova para árbitros que aposentam o apito, comentarista de futebol na TV.

Apesar de ter aposentado o uniforme de juiz há bastante tempo, durante nossa resenha, Arnaldo levantou um cartão amarelo para vários escritórios que estão querendo virar corretora.

Segundo Arnaldo, uma coisa é ser agente autônomo. Outra coisa é ser dono de corretora.

E Arnaldo pode falar isso com propriedade: administrou uma corretora, a Liquidez, durante mais de 20 anos.

Arnaldo nos explicou que se o agente autônomo quiser ir embora às 18h, quando a bolsa já fechou, ele pode, porque já cumpriu as obrigações dele (é claro que muitos assessores trabalham bem mais do que isso e até durante o final de semana). Por outro lado, um dono de corretora não tem essa opção. Tem que trabalhar após o pregão, porque só vão poder fazer reunião após o fechamento da bolsa. Sem contar quando ocorre algum problema operacional e vira-se noites para resolver.

Isso não é muito comum, mas também não é tão raro, haja vista que a bolsa no dia 10/06  registrou problemas técnicos nos sistemas com efeito em posições e isso tirou o sono de muitos donos de corretoras que viraram a noite para resolver o problema.

É por isso que Arnaldo acha que muitos agentes que estão pensando em criar uma corretora irão descobrir que eram felizes e não sabiam, porque se depararão com uma enorme quantidade de trabalho que nem imaginavam.

“Isso é um conselho que eu estou dando para os agentes autônomos”, concluiu Arnaldo.

Longe do Stock Pickers querer ensinar alguma coisa para os escritórios que tem mais dinheiro sob gestão do que muita gestora do Brasil. Mas uma coisa que valorizamos no programa é ouvir aqueles que tem mais experiência para aprender com seus erros e acertos.

E no quesito experiência, Arnaldo é um professor.

90 minutos com Arnaldo Cézar Coelho…

Certamente você já sabe que o Arnaldo Cezar Coelho é um ícone do futebol e da televisão brasileira. O que muita gente que repete bordões como “A regra é clara” e “Pode isso, Arnaldo?” não sabe é que ele também tem uma vasta e relevante história no mercado financeiro brasileiro.

Nos 90 minutos de episódio (mais uns quatro de acréscimos), Arnaldo relata trajetória como árbitro, como empresário do mercado financeiro e como unia os dois — como um jogo no Mato Grosso do Sul que culminou na aquisição de um banco.

A REGRA É CLARA: quem não assistir esse Stock Pickers com o Arnaldo Cezar Coelho, vai comer poeira!

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O que o Arnaldo lê?

Pedimos uma indicação de leitura para o grande Arnaldo e ele acrescentou De cu pra lua, autobiografia de Nelson Motta, à nossa Biblioteca que já soma mais de 200 livros recomendados.

Aproveite para visitá-la: Biblioteca Stock Pickers.

Josué Guedes
CMO do Stock Pickers