“Não seja excessivamente pessimista”: como a Verde e a Ibiuna estão se posicionando para buscar retornos nos próximos meses

Luiz Parreiras, sócio e gestor da Verde, e Rodrigo Azevedo, sócio e CIO da estratégia macro da Ibiuna, falaram sobre o tema no episódio 157 do Stock Pickers

Equipe Stock Pickers

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Apesar do início do segundo semestre ter começado com uma valorização significativa das bolsas, ainda não há clareza se esse movimento de alta será sustentável por mais tempo, dado que a possibilidade de recessão nos EUA, inflação alta ao redor do mundo e outras condições macroeconômicas deterioradas ainda estão no radar dos investidores e podem pressionar diversas classes de ativos.

Neste sentido, no episódio #157 do Stock Pickers, transmitido direto da Expert XP 2022, os gestores da Verde e Ibiuna discutiram sobre os temas de bolsas, juros e inflação, sobre o panorama do Brasil, Europa e Estados Unidos, contribuindo com uma visão macro e micro sobre como eles estão se posicionando nessas diferentes regiões.

Bolsas

Para o Parreiras, o nível de pessimismo dos mercados foi exagerado no primeiro semestre e isso gerou oportunidades para alocação em ações nos Estados Unidos, porém com cautela, pois acredita que há uma possibilidade de recessão no país.

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Além dos outros tipos de ativo que ele investiu, pontuou como os gestores devem fazer na situação em que estamos. “O nosso trabalho enquanto gestores é construir portfólios que sejam razoavelmente robustos, sem exagerar na dose de risco, sem tentar ser herói. Eu acho que é o momento para ter cautela, mas sem ser excessivamente pessimista”, disse ele no Stock Pickers.

No Brasil, ele acredita que as melhores oportunidades da bolsa estão nas empresas que não são do setor financeiro e de commodities, aquelas que têm o maior peso no índice do Ibovespa.  Neste episódio 157, Luiz Parreiras disse que está posicionado em empresas de consumo e alta renda como Vivara (VIVA3) e Grupo Soma (SOMA3), como também players de consumo mais básico como Assaí (ASAI3), além de outras no setor de energia e saúde.

Juros

O Fed está enfrentando um grande desafio de conter a maior inflação dos últimos 40 anos, aumentando sua taxa de juros. Porém, talvez a medida não seja suficiente, sinaliza Rodrigo Azevedo.

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“A pergunta relevante olhando para frente é: Já balançou bastante ou ainda não?” diz Azevedo, se referindo à atuação do banco central americano. “Nossa avaliação é que a inflação vai cair nos EUA, mas vai se estabilizar no patamar muito mais alto daquilo que é o objetivo do Fed [de 2% ao ano]. Nossa avaliação é que fique entre 3,5% a 4,0% após todos os choques que estamos presenciando e não conseguirá derrubar a inflação com a taxa de juros que está precificada pelo mercado.” afirma gestor.

Inflação

Sobre a perspectiva de inflação, Rodrigo Azevedo acredita que a política monetária global, em que a maioria dos bancos centrais estão direcionando seus esforços na mesma direção, vai surtir efeito na diminuição da inflação nos próximos 6 a 12 meses.

“Já estamos vendo uma virada para baixo dos [preços dos] bens tradables (commodities), o que vai ajudar os bancos centrais do mundo inteiro se esse movimento se preservar diante de uma desaceleração mundial. Mas a chave agora é o que acontece com o setor de no tradable (serviços), e aí os bancos centrais que estão mais avançados terão um impacto mais cedo, aumentando a chance de trazer a inflação para baixo”, afirma Azevedo. Ele ainda ressalta que o aperto monetário reage com defasagens.

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Para mais detalhes sobre a visão de Luiz Parreiras, sócio e gestor da Verde, e Rodrigo Azevedo, sócio e CIO da estratégia macro da Ibiuna, confira o episódio 157 do Stock Pickers.