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Os resultados dos quatro bancões de capital aberto da Bolsa parecem ter trazido algum alívio para seus acionistas no terceiro trimestre de 2020.
Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander tiveram crescimento do lucro líquido em relação ao trimestre passado e os números de inadimplência de seus clientes, visto como possível ameaça por causa da pandemia, não se mostraram uma ameaça tão grande. Desde outubro, Santander, Itaú e Bradesco são os papéis com maiores altas, entre 24% e 31%.
Isso quer dizer, portanto, que os problemas acabaram? Não é bem assim. Por isso trouxemos dois analistas especializados em bancos para discutir o assunto Marcel Campos e Thiago Sallum.
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Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, Banco do Brasil, Bradesco e Itaú tiveram queda nos lucros de entre 23% e 29%. Além disso, o cenário de inadimplência permanece confuso, uma vez que muitos clientes tiveram prazos alargados e o auxílio emergencial trouxe mais renda para possíveis devedores. Tudo isso sem falar da concorrência das fintechs e a chegada do Pix.
O que esperar então das ações dos bancos para os próximos meses em 2021?
Para Sallum, os bancos ainda têm bastante tempo para ganhar dinheiro. “Essas mudanças [trazidas pelas fintechs] acreditamos que virão, mas mais devagar que o mercado imagina”, diz. “Os bancos ainda têm muito tempo para ganhar dinheiro e achamos que nesses níveis de preço dá para ganhar dinheiro junto com eles”.
Hoje Sallum tem posições em Banco do Brasil, Itaú e Bradesco que totalizam cerca de 12% do patrimônio. “Continuamos gostando da posição com os preços que estão hoje. Se aumentar 30%, vamos mudar nossa opinião. Assim como podemos aumentar a posição se as ações caírem 20%”, completa.
A questão, portanto, está no preço. Para ouvir o debate completo, é só clicar no play.
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