“Warren vs. Biden” e impeachment devem marcar debate democrata nos EUA

Encontro será o primeiro após a abertura de processo de impeachment contra Trump envolvendo Joe Biden

Rodrigo Tolotti

(Montagem/Shutterstock)

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SÃO PAULO – Ainda falta muito para julho de 2020, quando o Partido Democrata dos Estados Unidos irá definir seu candidato para a eleição, mas os últimos 30 dias mostraram que a corrida eleitoral já está bem quente.

Em 12 de setembro, quando aconteceu o terceiro debate democrata, o cenário mostrava três candidatos com força: Joe Biden, Elizabeth Warren e Bernie Sanders, sendo que o primeiro começava a despontar como favorito para disputar contra Donald Trump o pleito de 2020. Mas para o encontro marcado para a noite desta terça-feira (15) muita coisa mudou.

No principal assunto, nestes 33 dias teve início um processo de impeachment contra o atual presidente. Mais do que ser usado pelos democratas como forma de atacar Trump, este assunto será importante porque envolve quem até então era o líder de todas as pesquisas, o ex-vice-presidente Joe Biden.

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O processo surgiu exatamente porque Trump teria pedido para o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, descobrir se Biden atuou para encerrar uma investigação contra seu filho, Hunter. Ou seja, o assunto não só pesou para o atual presidente, mas também é bastante delicado para o candidato democrata, e deve ser usado por seus adversários.

Outra mudança de cenário está no “alvo” a ser batido. Nos últimos debates, Biden era o líder em todas as pesquisas e, portanto, concentrava os ataques de outros candidatos. Porém, com o surgimento do caso de impeachment e também por suas propostas chamativas, a senadora Elizabeth Warren agora é quem lidera a corrida democrata.

Ela não só será alvo de seus colegas de partido, como deve travar um embate pessoal com Biden para mostrar a força que tem. Warren deve ser desafiada a mostrar mais de suas propostas, principalmente após mostrar que, se eleita, irá comprar briga com grandes empresas como a Amazon. Outro ponto importante é sua intenção de cobrar impostos de dois centavos para cada dólar acima de US$ 50 milhões de grandes fortunas, o que não impacta a classe média nem mesmo pessoas ricas, o que tem atraído muitos simpatizantes para sua campanha.

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Por fim, este debate também marca o retorno do senador Bernie Sanders, que segue correndo por fora na disputa, se mantendo como terceiro na corrida democrata. Com 78 anos, ele é o candidato mais velho e precisa mostrar que é saudável para governar a maior economia do mundo. Há duas semanas ele sofreu um infarto e desde então ficou em sua casa em Vermont.

No encontro desta terça, no estado de Ohio, serão 12 candidatos, dois a mais que no debate do mês passado. As novidades são a deputada Tulsi Gabbard e Tom Steyer, ativista bilionário que participa de seu primeiro debate.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.