Veja o que os líderes dos partidos na Câmara estão falando sobre o impeachment

Leonardo Picciani, Afonso Florence, Antonio Imbassahy e Aguinaldo Ribeiro falaram sobre o processo

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Líderes partidários realizam a discussão sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff na sessão da Câmara dos Deputados que votará processo. Antes, o relator da Comissão Especial do Impeachment, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), reapresentou os principais pontos de seu parecer, favorável ao impedimento da presidente.

Os 25 líderes de partidos com representação na Casa poderão fazer considerações e orientar suas bancadas para a votação. O primeiro líder a falar foi o líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), porque o partido tem a maior bancada da Casa. Veja a fala dos primeiros líderes partidários: 

Leonardo Picciani – Líder do PMDB na Câmara
Em discurso no Plenário da Câmara, o líder do PMDB na Casa Leonardo Picciani (RJ) afirmou que amanhã o Brasil terá uma nova realidade.

Oferta Exclusiva para Novos Clientes

Jaqueta XP NFL

Garanta em 3 passos a sua jaqueta e vista a emoção do futebol americano

Ele diz que a sigla optou por apoiar o impeachment por entender que as circunstâncias que o país vive hoje e as circunstâncias que sustentam o pedido em discussão “estão preenchidas”. O deputado é um dos poucos peemedebistas que votará contra o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em conclusão, ele pede que, no dia seguinte, seja possível que as partes possam construir um diálogo em prol da recuperação do país.

Afonso Florence – Líder do PT na Câmara
Em seu discurso, Florence defendeu o governo Dilma Rousseff e afirmou que “ficou nítido que não há crime de responsabilidade. A voz das ruas repercute nesse plenário, somada à ausência de crime de responsabilidade. A cada momento, deputados indecisos revelam que vão votar ‘não'”, diz o deputado Afonso Florence (BA), líder do PT na Câmara.

Ele pediu ainda que, a partir de amanhã, o país seja “pacificado”, com a aplicação do programa eleito no segundo turno de 2014 e “com o fim das pautas-bomba”. “Não ao impeachment, impeachment é golpe”, finalizou.

Antonio Imbassahy – Líder do PSDB na Câmara
Líder da bancada do PSDB na Câmara, o deputado Antonio Imbassahy (BA) fez um discurso priorizando o efeito histórico das decisões de seus parlamentares sobre o futuro do Brasil. Segundo ele, este domingo marca como os deputados preferirão ficar marcados para a história. “É fundamental que cada um de nós tenha a consciência do seu papel e da responsabilidade nessa hora. Hoje é o dia decisivo em que vamos escolher o Brasil que queremos daqui para frente”, afirmou na tribuna do plenário. “Pelo voto dado, seremos julgados para sempre. Cada um pode escolher de que forma quer entrar para a História”.

Segundo o parlamentar, quem votar a favor entra pela porta da frente para a História, ao passo que quem votar contra, pela porta dos fundos. Constaram na retórica do tucano menções a escândalos de corrupção relacionados às investigações da Operação Lava Jato e o que ele acusa como uso de propina para irrigar a campanha eleitoral por parte do PT na última disputa. 

Aguinaldo Ribeiro – Líder do PP na Câmara
O líder do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB) afirmou que vota sim à admissibilidade do processo de impeachment de Dilma. 
“Não iremos decepcionar o povo brasileiro”, destacou o deputado. 

 “O Brasil precisa seguir em frente. A partir de agora mais do que nunca o Brasil precisa se unir. Deputado afirma que “o crime de responsabilidade é apenas parte do problema”, destacou. 

Aelton Freitas – Líder do PR na Câmara
Líder do PR na Câmara, Aelton Freitas (MG) diz que partidos políticos não podem estar ligados a seitas e a patrulhamentos. Ele orientou o seu partido contra o impeachment, mas admitiu dissidências e os votos favoráveis à continuidade do processo e disse que eles serão respeitados pelo partido. “Somos o partido que garantiu a divergência no impeachment”. “Rejeitamos qualquer forma de ideologia exclusiva, opressora ou obediente a uma visão hermética sobre a realidade. O PR é de natureza plural, ampla e irrestrita”, disse, em seu discurso. “Por conseguinte, trata-se de uma legenda em que não se pode esperar o fundamentalismo para a resolução de divergências”, completou.

Rogério Rosso – Líder do PSD na Câmara
O líder do PSD Rogério Rosso, presidente da Comissão do Impeachment, fala agora. Ele lembra que a comissão fez 11 reuniões, com mais de 50 horas de debates. Rosso diz que o país está vivendo uma tempestade perfeita, com crise política, econômica e moral. Ele defendeu que não cabe à Câmara dos Deputados o julgamento da presidente, mas sim ao Senado Federal. Na semana passada, o parlamentar deu uma entrevista exclusiva ao InfoMoney, no qual explicou sua decisão de votar pela admissibilidade do pedido de impeachment contra Dilma Rousseff. Para ler, clique aqui.

Fernando Coelho Filho – Líder do PSB na Câmara
Fernando Coelho Filho falou do sentimento de frustração da legenda com o governo Dilma e critica a situação atual. 

Pauderney Avelino – Líder do DEM na Câmara
Líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), anuncia voto do partido a favor do impeachment. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.