Valdemar chama de “golpistas” condenados no 8/1 e pede desculpas após repercussão

Posicionamento publicado nos perfis institucionais do PL qualifica a depredação do patrimônio público em 8 de janeiro de 2023 como uma ação "desordenada" que desembocou em condenações "desproporcionais"

Equipe InfoMoney

Jair Bolsonaro e o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto (Foto: Beto Barata/ PL)
Jair Bolsonaro e o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto (Foto: Beto Barata/ PL)

Publicidade

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, utilizou o termo “golpistas” para se referir aos condenados pelo 8 de janeiro de 2023 e se retratou após repercussão negativa entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

“Essa expressão foi mencionada pelos repórteres durante a conversa, razão pela qual a utilizei, mas que não reflete minha opinião pessoal sobre o que aconteceu naquele dia”, afirmou Valdemar, por meio de nota oficial do PL. 

Durante entrevista na GloboNews, Valdemar foi questionado se o projeto de lei de anistia pelo 8 de janeiro, que seria votado nesta terça-feira (29) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, mas teve sua tramitação adiada, está vinculado ao apoio do PL, a maior bancada da Câmara, a um candidato à sucessão de Arthur Lira (PP-PI) no comando da Casa. 

Continua depois da publicidade

“Eu entendo que não há como incluir o Bolsonaro. Seria só aos golpistas”, respondeu Costa Neto. “O processo do Bolsonaro nem foi julgado ainda”.

O posicionamento publicado nos perfis institucionais do PL qualifica a depredação do patrimônio público em 8 de janeiro de 2023 como uma ação “desordenada” que desembocou em condenações “desproporcionais”.

“Analisando minha fala, é evidente que não acredito que os eventos de 8 de janeiro tenham se configurado como um golpe de Estado. Na verdade, considero que foram ações desordenadas que, infelizmente, resultaram em condenações severas, chegando a 17 anos de prisão, o que enfatizei durante a entrevista como sendo extremamente desproporcional. Peço desculpas pelo equívoco gerado”, esclareceu Valdemar. 

Continua depois da publicidade

O perfil do partido também publicou um trecho de uma entrevista em que Valdemar rechaça o uso do termo “golpista” para qualificar os manifestantes que invadiram e depredaram as sedes do Três Poderes. 

No recorte, o dirigente do PL prefere o uso da expressão “bagunceiro”. “É um golpista com pedaço de pau? Só no Brasil. Golpe é com metralhadora, com tanque de guerra. Aquilo não foi golpe nunca. Aquilo foi um bando de bagunceiros que têm de ser condenados, mas não a 17 anos”, afirma Valdemar.

(Com Estadão Conteúdo)