Tebet projeta entregar 3 das 5 rotas de integração sul-americana até 2026

A expectativa é a de que o Brasil possa quase dobrar a produção para vender à América do Sul. Além do tempo de transporte, a ministra do Planejamento também prevê que produtos asiáticos podem ficar mais baratos

Equipe InfoMoney

Ministra do Planejamento, Simone Tebet, fala durante reunião de cúpula do Mercosul, no Rio de Janeiro
07/12/2023
REUTERS/Pilar Olivares
Ministra do Planejamento, Simone Tebet, fala durante reunião de cúpula do Mercosul, no Rio de Janeiro 07/12/2023 REUTERS/Pilar Olivares

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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), afirmou, nesta quinta-feira (18), que o governo federal tem “condições” de entregar, até 2026, três das cinco rotas que constam no programa da Rota da Integração.

De acordo com Tebet, a Rota da Integração consta no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e, portanto, não vai impactar o fiscal nem criar dívidas ao país.

Até 2026, o governo espera interligar o Brasil com vários países da América do Sul no aspecto comercial e chegar mais rápido à China e ao mercado asiático. Nesse sentido, a ministra citou, por exemplo, a carne, a agroindústria e a celulose.

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“A Rota da Integração é tudo que queremos para o Brasil”, disse Tebet, em participação no programa Bom dia, Ministra, da EBC. “Significa mais emprego, mais renda, mais qualidade de vida.”

Segundo ela, a rota pode diminuir o tempo de transporte de cargas em torno de 10 dias, “por baixo”. “Em alguns casos, estamos falando em reduzir o tempo em até três semanas”, comentou Tebet.

A expectativa é a de que o Brasil possa quase dobrar a produção para vender à América do Sul. Além do tempo de transporte, a ministra também prevê que produtos asiáticos podem ficar mais baratos.

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Eis um resumo de cada rota:

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1) Rota Ilha das Guianas, que inclui integralmente os estados de Amapá e Roraima e partes dos territórios do Amazonas e do Pará, articulada com a Guiana, a Guiana Francesa, o Suriname e a Venezuela;

2) Rota Multimodal Manta-Manaus / Paita-Manaus, contemplando inteiramente o estado Amazonas e partes dos territórios de Roraima, Pará e Amapá, interligada por via fluvial à Colômbia, Peru e Equador;

3) Rota do Quadrante Rondon, formado pelos estados do Acre e Rondônia e parte do Pará e Amazonas, além de toda a porção oeste de Mato Grosso, conectada com Bolívia, Peru e parte do Chile;

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4) Rota de Capricórnio, desde os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, ligada, por múltiplas vias, a Paraguai, Argentina e Chile; e

5) Rota Porto Alegre – Coquimbo, abrangendo o Rio Grande do Sul, integrada à Argentina, Uruguai e Chile.

(Com Estadão Conteúdo)