TCU fará história, diz Nardes: “quem está no poder há 12 anos não aceita contestações”

Relator das contas de Dilma Rousseff afirmou ao Valor que 2015 tem sido o seu ano mais duro no Tribunal

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o relator das contas da presidente Dilma Rousseff no TCU (Tribunal de Contas da União), Augusto Nardes, afirmou que o Tribunal de Contas fará história ao julgar as contas. “O TCU fará história”. 

Para ele, “quem está no poder há 12 anos não aceita contestações”, referindo-se ao clima hostil em torno do julgamento. Nardes acredita que as crises política e econômica estão se aprofundando e afirma que impeachment é um problema do Congresso. 

O jornal destaca que, após três pedidos de extensão de prazo para o governo se defender, Nardes está em vias de agendar o julgamento. O relator e sua equipe devem começar a elaborar o voto que será levado para deliberação do plenário. Espera-se que o julgamento ocorra em 14 ou 21 de outubro. 

Masterclass

O Poder da Renda Fixa Turbo

Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Na entrevista, Nardes afirmou que 2015 tem sido seu ano mais duro no Tribunal – ele está lá há 10. A possibilidade de rejeitar as contas expôs os ministros a muitas pressões. 

“Em 80 anos, é a primeira vez que se faz o contraditório. Isso muda a história. O tribunal sai muito maior do que antes”, afirma, ressaltando que a sociedade foi “a maior prejudicada” pelos 12 anos em que o Congresso Nacional deixou de julgar as contas do governo.

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.