Suposta delação de Delcídio repercute na Câmara dos Deputados

O líder do Democratas, deputado Pauderney Avelino (AM), afirmou que delação mostra que o senador não agia sozinho; vice-líder do PT, deputado Henrique Fontana (RS), afirmou que é preciso a confirmação das supostas denúncias de Delcídio

Equipe InfoMoney

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A suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) divulgada pela revista Istoé nesta quinta-feira (03) repercutiu na Câmara dos Deputados. Na matéria, Delcídio teria citado o ex-presidente Lula e acusado a presidente Dilma Rousseff de interferir na Operação Lava Jato.

O líder do Democratas, deputado Pauderney Avelino (AM), afirmou que delação do ex-líder do governo no Senado mostra que ele não agia sozinho. “Sempre se presumiu que o Delcídio não estava agindo sozinho, isso vai ficar claro quando a delação dele vier a público. E já diz, pelo que a gente já leu, que há envolvimento da presidente [Dilma] com relação à nomeação de ministros, para beneficiar eventualmente réus na Lava Jato e envolvimento em Pasadena. Ele conhece muito o que aconteceu nos bastidores, portanto, o que acreditamos é que essa delação do Delcídio está mais uma vez colocando a crise e a Lava Jato no colo da presidente Dilma e abraça Lula definitivamente”.

O vice-líder do PT, deputado Henrique Fontana (RS), afirmou que é preciso a confirmação das supostas denúncias de Delcídio, mas espera que as investigações atinjam todos. “No nosso governo, não temos medo nenhum de passar o País a limpo. Aliás, a mais profunda investigação sobre corrupção da história do Brasil está ocorrendo neste momento. A reivindicação que nós temos, que é óbvia, é que essa investigação sobre corrupção não pode ser usada para alimentar uma crise política, e muito menos ser feita de forma antirrepublicana. Nós temos que investigar a corrupção que ocorreu nos governos do PSDB, do PT, fora de governos, no setor privado. Temos que investigar, por exemplo, o que várias matérias dizem sobre uma offshore que adquiriu uma grande residência da família Marinho. Do mesmo jeito que o presidente Lula e Fernando Henrique Cardoso devem ser investigados se houver algum indício, a família Marinho deve ser investigada”, declarou.

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PIB
Pauderney e Fontana também divergiram quanto às causas do resultado do PIB em 2015, divulgado nesta quinta. Segundo o IBGE, é o pior resultado em 25 anos. 

Para o líder do Democratas, a queda era esperada. “O Brasil está na contramão do mundo. Não adianta colocar a culpa na crise internacional, não adianta jogar e culpar outros países. É preciso um ajuste fiscal para valer e o governo está sem rumo. Se com popularidade não fez o ajuste, agora , fraco, não tem como fazer. Falta investimento”, criticou Pauderney.

Para Fontana, o resultado do PIB é fruto da crise internacional e da crise política no País, que impediu a aprovação de medidas importantes do ajuste fiscal: “A política econômica foi vitoriosa até o final de 2014. Claro que cometemos erros graves, mas com Eduardo Cunha presidente, a oposição alimentando a crise politica, com a ideia de asfixia da economia, estão dificultando a retomada do crescimento”.

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