Simone Tebet vai ajudar na transição na área de desenvolvimento social; veja nomes já anunciados

Função da senadora estará ligada a pautas como o combate à fome e à pobreza, bem como programas sociais, como o Auxílio Brasil

Anderson Figo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao lado da senadora Simone Tebet (MDB) em campanha (Foto: Ricardo Stuckert)

O vice-presidente eleito e coordenador do governo de transição, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou nesta terça-feira (8) que a senadora Simone Tebet (MDB) será coordenadora de desenvolvimento social da transição.

Tebet ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 4,9 milhões de votos válidos (4,16% do total), e declarou apoio ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dois dias depois do resultado. Ela foi peça-chave na campanha do petista no segundo turno, ajudando-o a vencer Jair Bolsonaro (PL) por 50,9% a 49,1%.

A função da senadora na transição está ligada a pautas como o combate à fome e à pobreza, bem como programas sociais, como o Auxílio Brasil. A campanha de Tebet foi bastante marcada pelo foco no social.

“Nós temos dois desafios grandes: um é a economia e o outro é o social. Eles não disputam, eles são sinérgicos. Eles se somam, se complementam. Eles não são excludentes. É preciso ter uma agenda de eficiência econômica e de competitividade, e do outro lado uma rede de proteção social que é extremamente importante. Então, a Simone, com sua experiência e com a sensibilidade e força da mulher, vai trabalhar conosco na área do desenvolvimento social”, disse Alckmin.

O vice-presidente eleito afirmou que o fato de Tebet ajudar na transição não significa que ela comandará um ministério durante o novo governo Lula. O nome da senadora já foi especulado para assumir ministérios como o da Educação e o da Agricultura.

PSD e MDB

A presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann, anunciou hoje que convidou o PSD e o MDB para integrarem a equipe de transição. Por lei, o governo eleito tem direito a 50 cargos para este time. Do lado do atual governo, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, está responsável pela transição.

Gleisi se reuniu em Brasília pela manhã com o presidente do MDB, o deputado Baleia Rossi, e formalizou o convite. Horas depois, no Twitter, Gleisi informou que teve uma “ótima conversa” com o presidente do PSD, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, e que também formalizou um convite para que o partido participe da transição.

“O deputado Antônio Brito foi indicado para compor o Conselho. Mais tarde o PSD indicará os membros que integrarão o governo de transição”, contou a deputada.

Outros nomes

A própria Gleisi vai trabalhar na transição de governo cuidando das relações institucionais com partidos. Ela coordenou a campanha de Lula nas eleições deste ano e já foi ministra da Casa Civil, no governo de Dilma Rousseff (PT).

A esposa do presidente eleito, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, irá coordenar os preparativos da posse presidencial e será a responsável pelas decisões da cerimônia de 1º de janeiro de 2023.

Segundo a TV Globo, o ex-ministro Aloizio Mercadante irá coordenar os trabalhos dos núcleos temáticos da transição. Ele coordenou o programa de governo de Lula nas eleições deste ano e, também nos governos de Dilma Rousseff, chefiou as pastas de Ciência e Tecnologia; Educação; e Casa Civil.

A apuração da TV Globo diz ainda que o ex-deputado federal Floriano Pesaro deverá cuidar de todo o processo administrativo da transição de governo. Ele foi secretário estadual quando Alckmin governou São Paulo.

O deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP) afirmou em uma rede social que irá integrar a equipe de transição, na área de cidades e habitação. Ele disputou a presidência da República em 2018, com 0,5% dos votos válidos no primeiro turno, e apoiou Lula em 2022.

Na área econômica, os nomes dos economistas Andre Lara Resende, Persio Arida, Guilherme Mello e Nelson Barbosa têm sido especulados para integrarem a equipe de transição, mas ainda não houve nenhum anúncio oficial.

Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.