Serra critica falta de entrosamento de equipe econômica do governo Lula

Candidato defendeu mudanças nas políticas de juros, câmbio e responsabilidade fiscal para o desenvolvimento do país

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SÃO PAULO – O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, criticou nesta segunda-feira (26) a atual equipe econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que não age de forma integrada, segundo o tucano. A fim de priorizar o desenvolvimento do país, Serra defendeu mudanças nas políticas de juros e câmbio.

“Temos que ter uma equipe econômica integrada, e não uma que atire em três direções contraditórias entre si. Uma que arrecada muito, outra que aumenta juros e outra que gasta feito louca”, disse o candidato durante debate promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Emresariais), em São Paulo.

Ele discorreu sobre o que chama de tripé maligno da economia, formado pela maior taxa de juros real do mundo, a maior carga tributária entre os países em desenvolvimento e baixo índice de investimento governamental. Serra, porém, defendeu o tripé bom, composto pela flexibilidade cambial, fixação de metas de inflação e responsabilidade fiscal.

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O ex-governador de São Paulo também aproveitou o encontro para negar mais uma vez a fama de centralizador e afirmar que saberá delegar tarefas à sua equipe, que será formada por “gente boa e entrosada”.

Por fim, o candidato criticou os entraves econômicos, que dificultam o investimento em infraestrutura. “O Brasil tem uma infraestrutura muito ineficiente, falta dinheiro e planejamento”, disse. Ao comentar os gargalos em aeroportos, defendeu as concessões daqueles que são rentáveis à iniciativa privada e, ao mesmo tempo, acusou o governo federal de lotear politicamente a Infraero.

Dilma
Serra não deixou de alfinetar sua principal adversária na corrida ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff (PT), ao comentar a arrecadação de impostos. A petista, na semana passada, afirmou em entrevista à “TV Brasil” que a carga brasileira não é tão alta, comparada com outros países.

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“A assessoria dela esqueceu de avisar que o Brasil tem que ser comparado com outros países em desenvolvimento, não com a Suíça”, ironizou. 

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