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SÃO PAULO – Depois da expectativa de uma “tempestade” com a reeleição de Dilma Rousseff (PT), o mercado brasileiro está agora em um estado de depressão leve. Aécio Neves (PSDB), que seria do “partido ideal” para os negócios, “não teve chance”.
No entanto, afirma o Financial Times, ainda há motivos para um sorriso esperançoso ou pontos extras para o Ibovespa: a escolha de Dilma para o ministério da Fazenda. O jornal destaca que ela deve divulgar o seu substituto nas próximas semanas e questiona: será que ela vai escolher um candidato mais pró-mercado ou vai “dobrar” a aposta e ter um ministro fiel? “De qualquer forma, a sua escolha definirá o tom de seu próximo governo”, afirma o jornal, que lista os possíveis candidatos.
Nelson Barbosa
Visto como um dos nomes mais prováveis, Barbosa foi o segundo nome do ministério da Fazenda entre 2011 a 2013. De acordo com a mídia local, ele se dá bem com Dilma, mas deixou o ministério em 2013 por causa de problemas com o secretário do Tesouro Arno Augustin, que é amplamente criticado pela recente “contabilidade criativa” do governo para cumprir as metas fiscais.
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Enquanto Barbosa não é escolha favorita do mercado, ele provavelmente iria representar uma melhoria para a política econômica, especialmente se a demissão de Augustin for um pré-requisito para sua aceitação do cargo, afirma o jornal.
Luiz Carlos Trabuco Cappi
Cappi, presidente do banco Bradesco (BBDC4), daria um impulso imediato para a credibilidade de Dilma entre os investidores, mas os rumores sobre sua possível nomeação sempre parecia mais um desejo do que algo concreto. “Afinal, o PT passou os últimos dois meses da campanha eleitoral demonizar banqueiros”. E, cita o FT, o Valor Econômico informou que Cappi havia recusado o cargo.
Henrique Meirelles
O ex-presidente do Banco Central durante o governo Lula é muito respeitado e tido como um dos favoritos do mercado. No entanto, Dilma parece nunca ter gostado dele. “Sua nomeação não só sugere um retorno à política monetária mais ortodoxa, mas também para mostrar que Dilma está, pelo menos, disposta a suavizar seu estilo de governo”, afirma.
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Aloizio Mercadante
O veterano petista e ministro da Casa Civil do governo Dilma provavelmente continuaria as políticas intervencionistas do governo e faria pouco para acalmar os nervos do mercado, diz o jornal. E, ressalta, mesmo que Mercadante não seja escolhido para o cargo, ele provavelmente vai ter um grande papel na escolha do próximo ministro.
Luciano Coutinho
O chefe do BNDES certamente não sofre com falta de experiência. Alguns brincam que o banco de fomento, na verdade, desempenha um papel maior na economia do que Guido Mantega.
Por essa razão, no entanto, muitos suspeitam que ele faria pouco para reduzir a interferência do governo no setor privado.
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Marcelo Neri
Neri, ministro de assuntos estratégicos e presidente do IPEA, é um acadêmico conhecido por seu trabalho sobre as novas classes médias do Brasil. Com um PhD em economia pela Universidade de Princeton, ele seria uma escolha bem-vinda, mas é mais provável que ele seja considerado para um cargo mais baixo no ministério, segundo a imprensa local.
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