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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira (1) que as discussões para a privatização da Sabesp (SBSP3) devem começar na primeira quinzena deste mês.
“Vamos começar os estudos, mas é difícil estimar um prazo para que a privatização ocorra”, explicou Freitas, ao fim de sua participação na XP Agro Conference, que reúne lideranças do setor em São Paulo.
O governador destacou que deverá contar com a parceria do Banco Mundial na estruturação do modelo de concessão e que haverá diálogo com os prefeitos atendidos pela Sabesp para que a privatização avance.
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“Nós queremos levar água mais barata aos paulistas”, defendeu. Freitas estimou que a formatação do modelo de concessão deverá demorar cerca de dois anos.
Porto de Santos
O governador de São Paulo destacou também a necessidade de diversificação dos modais de transporte no país e, em especial, do estado. Tarcísio de Freitas voltou a defender a necessidade da privatização do porto de Santos, que poderia destravar R$ 20 bilhões em investimentos.
“Meu trabalho agora é convencer o governo federal que precisa fazer a privatização do porto de Santos. Pode transformar a Baixada Santista e transformar o porto no maior hub de contêineres da América Latina. É um ótimo projeto. Vamos jogar esse projeto para baixo do tapete por uma questão ideológica?”, questionou Freitas.
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O governador se mostrou contrário à proposta do ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, de “fatiar” a concessão do porto.
“Perde potência nos investimentos. Não faz sentido repassar os serviços separadamente, sendo que o ganho vem da concessão completa, é o que vai trazer o investimento”, defendeu.
O governador paulista disse que teve retorno positivo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, sobre o tema. “Eles disseram que não são a favor, mas não se oporiam a analisar a proposta, estamos tentando mostrar para eles que podemos fazer história com essa concessão”, afirmou.
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Por fim, Freitas lembrou da necessidade de privatizações de outras autoridades portuárias pelo país, bem como o investimento em ferrovias.