Porto Alegre terá enchente jamais vista, diz governador do Rio Grande do Sul

Até a manhã desta sexta-feira (3), 32 pessoas morreram no estado, 74 estão desaparecidas e outras 56 ficaram feridas, em meio aos impactos de fortíssimas chuvas e inundações

Fábio Matos

Enchentes em Porto Alegre (RS) foram as maiores desde a década de 1940 (Foto: Reprodução/RBS TV)

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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou que a região metropolitana de Porto Alegre (RS) deverá enfrentar, nesta sexta-feira (3), a pior enchente da história da capital gaúcha.

As declarações do chefe do Executivo estadual foram dadas na noite de quinta-feira (2), durante uma transmissão, em vídeo, pela internet. O estado vive uma situação de calamidade pública devido aos estragos causados pelas fortes chuvas e inundações em várias regiões.

Até a manhã desta sexta, de acordo com o boletim mais recente divulgado pelas autoridades gaúchas, 32 pessoas morreram no estado, 74 estão desaparecidas e outras 56 ficaram feridas. Segundo a Defesa Civil, 24,2 mil pessoas estão fora de suas casas: 7.165 pessoas em abrigos e 17.087 desalojados (na casa de familiares ou amigos).

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Até o momento, 235 dos 496 municípios do Rio Grande do Sul foram atingidos, de alguma forma, por impactos causados pelas chuvas, afetando 351,6 mil pessoas.

“Teremos a elevação do [lago] Guaíba em um patamar que nunca vimos e vamos precisar que as pessoas se coloquem em situações de segurança”, afirmou Eduardo Leite.

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Por volta das 20h30 de quinta-feira, o nível das águas do Guaíba já havia igualado os 3,46 metros da enchente de setembro do ano passado. O rio subia, em média, 8 centímetros por hora. A expectativa é a de que o nível de água alcance os 5 metros até o fim desta tarde. A maior marca registrada foi em 1941, quando o Guaíba bateu os 4,75 metros.

Fábio Matos

Jornalista formado pela Cásper Líbero, é pós-graduado em marketing político e propaganda eleitoral pela USP. Trabalhou no site da ESPN, pelo qual foi à China para cobrir a Olimpíada de Pequim, em 2008. Teve passagens por Metrópoles, O Antagonista, iG e Terra, cobrindo política e economia. Como assessor de imprensa, atuou na Câmara dos Deputados e no Ministério da Cultura. É autor dos livros “Dias: a Vida do Maior Jogador do São Paulo nos Anos 1960” e “20 Jogos Eternos do São Paulo”