Polícia algema bolsonaristas golpistas após invasão ao Congresso, STF e Planalto

Imagens mostram os invasores sendo algemados e escoltados pela polícia (veja no vídeo acima).

Equipe InfoMoney

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A equipe de segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) e da tropa de choque conseguiram retomar as sedes dos Três Poderes após radicais bolsonaristas terem invadido os edifícios e depredado os interiores dos locais mais cedo neste domingo.

Imagens mostram os invasores sendo algemados e escoltados pela polícia (veja no vídeo acima).

Mais de 100 pessoas foram detidas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PDCF) depois de atos antidemocráticos na tarde deste domingo em Brasília. Segundo a instituição, todos são suspeitos de participar de atos criminosos de invasão das sedes dos Três Poderes da República.

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A PCDF também informou no Twitter que equipes de papiloscopistas, peritos criminais e médicos legistas estão em prontidão para atender a situações de flagrante decorrentes da detenção dos suspeitos de cometer atos criminosos na Esplanada dos Ministérios.

Os manifestantes conseguiram invadir o plenário do STF, a sede do Congresso Nacional e o Palácio do Planalto na tarde deste domingo.

Num eco da invasão do Capitólio por apoiadores de Donald Trump em 6 de janeiro de 2021, bolsonaristas de um movimento que pede um golpe contra Lula quebraram vidros do Palácio do Planalto e subiram até pelo menos o terceiro andar, na antessala do gabinete presidencial.

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Vestidos de verde amarelo, os manifestantes sentaram na mesa do presidente da Câmara. No Supremo, chegaram até ao plenário, onde acontecem os julgamentos, até serem retirados pela segurança, em cenas de vandalismo e violência sem precedentes na capital desde a redemocratização.

“Nós achamos que houve falta de segurança. Todas as pessoas que fizeram isso serão encontradas e serão punidas”, afirmou Lula em pronunciamento à imprensa, na qual disse que os manifestantes tem inspiração fascista e são antidemocráticos.

Desde a vitória de Lula, grupos bolsonaristas pedem uma ilegal intervenção militar para impedir que ele governe. Bolsonaro, que jamais reconheceu cabalmente a vitória do petista e fez gestos de estímulo aos pró-golpe desde então, está na Flórida desde 30 de dezembro e não se pronunciou até o momento.

“Esse genocida não só provocou isso, não só estimulou isso, como, quem sabe, está estimulando ainda pelas redes sociais, lá de Miami”, disse Lula, referindo-se ao ex-presidente, que, na verdade, está na cidade de Orlando e não Miami.

“Vamos descobrir quem pagou isso”, seguiu o mandatário, e prometeu que também investigará e punirá possíveis “omissões” no governo federal.

Os três locais foram retomados pelas forças de segurança no início da noite, e dezenas de invasores foram detidos, de acordo com a GloboNews.

Lula estava fora de Brasília, em agenda na cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, onde originalmente falaria sobre os afetados pelas fortes chuvas na região.

De lá, o presidente viu a crise em Brasília eclodir, atraindo críticas imediatas para as forças de segurança e inteligência não só federais, mas também do Distrito Federal, que foram incapazes de prevenir os ataques articulados de maneira pública em redes sociais bolsonaristas nos últimos dias e semanas.

Além de pequenos contingentes próprios, as sedes dos Três Poderes é resguardada pelas forças de segurança do Distrito Federal, onde fica Brasília, sob o comando do governador Ibaneis Rocha (MDB), um aliado de Bolsonaro que acomodou na secretaria de Segurança do DF Anderson Torres, que foi até dezembro ministro da Justiça da gestão bolsonarista.

Em meio à crise, Ibaneis disse que estava colocando todo o contingente de segurança para combater as invasões. Depois, demitiu Torres, horas antes de Lula decretar intervenção federal nas forças de segurança do DF, intensificando a ação da polícia para retomar o controle dos prédios públicos.

Enquanto nas primeiras horas da crise, autoridades dos Três Poderes cobravam uma reação dura das forças de segurança pública, sem efeito maior, o procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou a imediata abertura de um inquérito criminal para responsabilizar os envolvidos.

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão do ex-secretário do DF, que viajou para Orlando, nos Estados Unidos, antes das invasões. Em entrevista ao portal UOL, ele disse estar de férias com a família e afirmou que não se encontrou com Bolsonaro, que está na mesma cidade.

(com Reuters e Agência Brasil)

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