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SÃO PAULO – Com a queda na produção de petróleo do México reduzindo as receitas do governo local, os analistas do Morgan Stanley acreditam que a economia do país esteja caminhando rumo a “déficts insustentáveis”.
De acordo com a equipe de análise do banco, o México precisa refrear seus gastos caso queira manter o seu saldo sob controle, visto que a produção de petróleo, que representa 37% de suas exportações, vem apresentando sucessivas quedas desde o ano passado.
Além disso, segundo o Ministro da Energia daquele país, a quantidade exportada da commodity pode diminuir 20% até 2017, caso a companhia Petroleos Mexicanos, principal produtora da região, não encontre novos campos de extração.
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Reforma tributária é necessária
Na visão dos analistas, uma reforma na legislação tributária do país é a principal ferramenta que pode ser utilizada no momento para impedir perdas mais significativas no médio prazo.
Porém, essa é uma questão delicada na atual conjuntura política do México, visto que o atual presidente do país, Felipe Calderón, viu uma forte diminuição de parlamentares do seu partido – Partido da Ação Nacional – na câmara após a eleição para a renovação da bancada do governo no último dia 5 de julho, o que torna a aprovação de novas leis ou reformas estipuladas pela situação mais difíceis de serem alcançadas.
Rating
Devido ao cenário atual incerto da economia mexicana, especula-se que os ratings do país podem sofrer novos ajustes negativos nas próximas avaliações realizadas pelas agências de classificação de risco.
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Vale destacar que uma das agências, a Standard & Poor’s, cortou a nota da dívida do México para BBB+, três níveis abaixo do grau de investimento e a mesma nota concedida pela Fitch.
Déficit
O Morgan Stanley finaliza sua análise prevendo para uma das principais economias da América Latina um déficit público próximo de 6% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2015, diante de suas próprias premissas macroeconômicas e perspectivas para o crescimento do país no período. Em termos comparativos, o déficit público atual representa cerca de 2% do PIB.